quarta-feira, 1 de abril de 2009

Príons

Príons: os responsáveis pela vaca louca

Uma impossibilidade aparente

O que é, o que é...? Algo que é muito pequeno, que causa infecção, mas não é fungo nem bactéria nem vírus? Algo capaz de organizar cópias de si mesmo, mas que não tem DNA nem RNA? Algo que não pode ser considerado vivo, mas que se espalha rapidamente pelas células que infecta? Por fim, algo que, apesar de ser infeccioso, também pode ser adquirido por hereditariedade?

Quantas contradições na proposta acima! Qualquer pessoa minimamente informada em Biologia dirá, com bastante razão, que ela não tem pé nem cabeça, impossível de se conciliar com o conhecimento atual. Por que essa proposta parece tão absurda? Vejamos os motivos.

Para que uma "partícula" seja infecciosa, ela precisaria ser dotada de vida, já que terá de se reproduzir para poder se espalhar pelas células que irá infectar. Por outro lado, partículas vivas, com capacidade de reprodução, por menores que sejam, têm algum tipo de ácido nucléico, DNA ou RNA, que transmite o "padrão" genético para as partículas-filhas. Outra contradição: doenças podem ser adquiridas pelo contato com um agente infeccioso, como é o caso da tuberculose ou da hepatite; ou podem depender de genes, sendo hereditárias, como o diabete e a hemofilia. Mas nunca são as duas coisas ao mesmo tempo!

Há, no entanto, uma categoria que satisfaz as contradições propostas acima: são os príons, estudados pelo cientista Stanley B. Prusiner, aparentemente responsáveis pela hoje famosa doença da vaca louca. Esses agentes, afirma ele, nada mais são que moléculas de proteínas, que causam doenças degenerativas do sistema nervoso central em animais e no homem, chamadas genericamente de encefalopatias espongiformes. Esse nome se deve ao fato de que são observadas no cérebro dos doentes regiões com verdadeiros "buracos", verdadeiras lacunas de tecido.

Algumas doenças causadas por príons

Em animais, a mais freqüente é chamada de scrapie, e ocorre em ovelhas e cabras, que perdem sua coordenação e acabam ficando incapazes de se manter em pé. Sentem intensa coceira, que faz com que acabem por arrancar sua lã ou seu pêlo. Muito ventilada hoje pelos meios de comunicação é também a doença da vaca louca, que fez com que os ingleses sacrificassem grande parte de seu rebanho bovino. A contaminação do gado ocorria através de ração que continha carne e ossos de ovelhas mortas. O governo britânico baniu em 1988, por causa disso, o uso de rações derivadas de animais. Há uma preocupação bastante grande, na Europa, de que o consumo humano de gado com a doença possa, de alguma forma, contaminar as pessoas.

As doenças causadas por príons na espécie humana são menos conhecidas. Uma delas, chamada Kuru, foi observada apenas em habitantes de uma tribo da Nova Guiné. Ela se caracteriza por uma perda da coordenação e mais tarde por demência, e é sempre fatal. Muito possivelmente, os doentes se contaminaram através de canibalismo ritual: os componentes da tribo costumavam honrar seus mortos comendo seus cérebros. Essa prática, no entanto, foi abolida e hoje a doença praticamente desapareceu. Outra moléstia, a doença de Creutzfeld-Jakob, ocorre no mundo todo; atinge apenas uma pessoa em um milhão, geralmente ao redor dos 60 anos, e acaba por causar demência. Sabe-se que de 10 a 15% dos casos são hereditários; uma certa porcentagem é devida à contaminação decorrente de tratamento médico, como transplantes de córnea, uso de instrumentos cirúrgicos contaminados ou injeção de hormônio de crescimento extraído de hipófises humanas. Há mais algumas doenças raras causadas por príons, que se enquadram nas características das encefalopatias espongiformes.

Príon: proteína, não ácido nucléico!

Já se sabia que tanto o scrapie quanto a doença de Creutzfeld-Jakob podiam ser transmitidos injetando-se extratos de cérebro doente em animais sadios. No início, acreditava-se que essas doenças fossem causadas por vírus de ação muito lenta. No entanto, a radiação ultravioleta, que destrói ácidos nucléicos, não inativava os extratos, que continuavam infecciosos. Isso sugeria uma coisa muito estranha: se o agente da infecção não continha ácido nucléico, não poderia ser um vírus. Prusiner e seus colaboradores descobriram que, ao contrário, as proteínas presentes no extrato eram responsáveis pela infecção; isso porque, ao usarem métodos de desnaturação, que modificam a conformação das proteínas, a capacidade infecciosa do extrato diminuía muito. A proteína do scrapie foi chamada de PrP, que vem de Prion Protein.

Os príons são codificados por genes

Os pesquisadores conseguiram descobrir, em células de mamíferos, o gene que codifica a PrP. Ficou assim estabelecido que este gene não é carregado pelo príon, mas reside nos cromossomos dos camundongos, das cobaias e dos seres humanos estudados! Em outras palavras, nossas células fabricam normalmente a proteína que chamamos de príon, sem que, no entanto, adoeçamos!

Verificou-se, na realidade, que a proteína existe sob duas formas, uma patogênica e a outra não. À forma normal, não-causadora de doença, chamou-se PrPc (PrP celular); a forma patogênica foi chamada de PrPSc (PrP Scrapie). Descobriu-se que, em algumas pessoas, o gene produtor de príons sofreu mutação; nessas pessoas, as encefalopatias espongiformes desenvolvem-se com maior facilidade. A doença, neste caso, comporta-se como hereditária e não como uma infecção adquirida.

Em resumo, pessoas ou animais com o gene normal produziriam o PrP celular, enquanto os indivíduos que possuíssem o gene mutado fabricariam o PrPSc. Faltaria entender, neste caso, como uma doença que parece ser hereditária pode também ser transmitida a outros indivíduos, exatamente como uma infecção.

Príons transmitem infecção

A diferença entre os dois tipos de príons (PrPC e PrPSc) é somente uma questão de configuração molecular. Enquanto o príon celular é uma proteína com uma estrutura dita alfa, em forma de hélice, o príon scrapie tem estrutura beta, em que a hélice se desdobra, formando uma fita esticada.

Um experimento muito elucidador permitiu que se intuíssem os mecanismos que levam os príons do tipo scrapie a se comportarem como agentes infecciosos. O PrP celular, em tubo de ensaio, pode ser convertido em PrP scrapie pela simples mistura de ambos os tipos de proteínas. Tudo se passa como se os príons scrapie, pela sua simples presença, pudessem "convencer" os príons normais a mudarem sua forma molecular, o que geraria um efeito cascata, levando mais e mais príons celulares a se transformarem em príons scrapie.

Esse experimento permite compreender o que se passa quando se injeta extrato de cérebro de animais doentes em animais sãos. O que se está introduzindo são príons do tipo scrapie, que "convencem" os príons celulares normais do receptor a mudar sua configuração molecular. Dessa forma, a doença se desenvolve no receptor, exatamente como se um agente infeccioso estivesse se reproduzindo no seu organismo.

Um dado muito importante reforça essa interpretação. Conseguiu-se por engenharia genética animais de laboratório sem o gene para produzir príons. Assim, esses animais nem sequer produzem o príon "normal" em suas células, o que parece não alterar em nada seu metabolismo (quem sabe o príon seja uma proteína "inútil" ao metabolismo celular?). Quando esses animais recebem extrato de animais doentes (ou seja, contendo príons scrapie), eles não desenvolvem a doença! Isso se explicaria pela ausência de príon celular; estaria faltando a matéria-prima necessária para que a doença se estabelecesse.

Como os príons causam as doenças?

Não se sabe ao certo como o PrP scrapie danifica as células. É muito possível que isso tenha a ver com os lisossomos celulares. Em culturas de neurônios, verificou-se que os PrPSc acumulam-se no interior dos lisossomos, não sendo hidrolisados normalmente pelas proteases. Possivelmente, quando nos tecidos do cérebro, os lisossomos acabam por arrebentar e matam as células; os príons liberados atacariam outras células vizinhas, repetindo-se assim o ciclo. Formariam-se "buracos" no cérebro, que ficaria com aspecto esponjoso (donde o termo encefalopatia espongiforme).

A contradição resolvida

Os príons, em última análise, são moléculas de proteínas normais (PrPc) produzidas nas células dos mamíferos, através de controle dos genes. Quando a molécula adquire uma configuração diferente (PrPSc), ela se torna patogênica. Essa configuração pode ocorrer devido à existência de um gene mutante no indivíduo, que eventualmente desenvolve a doença, neste caso hereditária. Extratos de cérebro de animais doentes, contendo PrPSc, injetados em animais sãos, causam a doença; acredita-se que os PrPSc induzem os príons normais a mudarem de configuração molecular, num efeito cascata, possibilitando o estabelecimento da doença.

Pesquisa e autoria dos professores César, Sezar e Bedaque
(setembro de 1996)

Doença de Creutzfeldt-Jakob (Por Príons)


1. Introdução

A doença de Creutzfeldt-Jakob, embora uma forma rara de demência, ganhou enorme publicidade ao longo dos anos, pelo fato de ser o protótipo de um grupo de doenças relacionadas aos prions e, mais recentemente, pela descrição de uma nova variante possivelmente relacionada à encefalopatia espongiforme bovina (EEB), também conhecida como "doença da vaca louca".


2. Patogênese

As encefalopatias espongiformes são um grupo de enfermidades que acometem tanto homens quanto animais e se caracterizam por longos tempos de incubação (meses a anos) e por um curso sempre fatal.

A doença de Creutzfeldt-Jakob foi descrita pela primeira vez em 1920. Em 1968, foi transmitida com sucesso para chimpanzés, provando a existência de um agente infeccioso. Contudo, este agente era resistente a métodos que inativavam ácidos nucléicos (álcool, formalina, radiação ionizante, nucleases), mas não a métodos que provocavam proteólise (autoclavagem, fenol, detergentes e extremos de pH).

No início da década de 80, foi identificada uma proteína específica nos tecidos de portadores de encefalopatias espongiformes chamada de PrP (proteinase-resistant protein). Prussiner propôs que esta proteína fosse o agente infeccioso e criou o termo prion. Estudos posteriores demonstraram que a PrP associada aos processos patológicos (PrPres) era uma isoforma de uma proteína, normalmente produzida pelo próprio hospedeiro (PrPsen) e cujo gene se localiza no cromossomo 20. Nas doenças associadas a prions, a PrPsen, que possui uma estrutura de a-hélice, sofre uma alteração de conformação passando para uma estrutura de b-placa (PrPres). Esta nova forma acumula-se, então, nos neurônios provocando a morte celular.


3. Epidemiologia e formas clínicas

Atualmente existem quatro formas de doença de Creutzfelt-Jakob: esporádica, iatrogênica, familiar e a nova variante.

A forma esporádica corresponde a 85% dos casos e tem uma incidência de 0,5 a 1,5 casos por milhão a cada ano; não há variação sazonal dos casos e nem fatores de risco associados. A forma familiar é responsável por 10 a 15% dos casos e apresenta um padrão de transmissão do tipo autossômico dominante. A forma iatrogênica foi reconhecida em 1974 após um transplante de córnea. Desde então, novos casos têm sido descritos com uso de enxertos de dura máter, administração de hormônio do crescimento (GH) humano e instrumentos cirúrgicos inadequadamente esterilizados utilizados em neurocirurgias. Em relação à nova variante, existem poucas dezenas de casos descritos e suas particularidades serão comentadas, com maiores detalhes, posteriormente.


4. Manifestações clínicas e diagnóstico

Cerca de 80% dos casos ocorrem em pessoas entre 50 e 70 anos. O início do quadro é variado com um terço dos indivíduos apresentando sintomas vagos como fadiga, alterações do sono ou anorexia. Outro terço inicia com amnésia, confusão mental ou mudança de comportamento. O último grupo apresenta sinais focais como afasia, hemiparesia, ataxia ou amiotrofia. A evolução ocorre rapidamente com degeneração cognitiva e o aparecimento de mioclonias, podendo também aparecer em um número variado de casos outras manifestações como coreoatetose, ataxia ou sinais de acometimento do segundo neurônio motor. Nos estados finais, o paciente fica acinético e pode não haver mais mioclonias. O tempo médio de sobrevida é de 5 meses, e 80% dos pacientes falecem em um ano.

Quanto ao diagnóstico laboratorial, não há alterações nas provas de atividade inflamatória nem anticorpos que neutralizem o agente. No líquor, raramente pode haver um discreto aumento das proteínas, porém sem aumento de células. Mais recentemente, foi observado que o aumento de uma proteína chamada 14-3-3 no líquor de pacientes com quadro de demência progressiva tem sensibilidade de 96% e especificidade de 99% para doença de Creutzfeldt-Jakob.

Em relação ao eletroencefalograma, no início do quadro este pode ser normal, porém, mais tarde, aparecem complexos ponta-onda periódicos bifásicos ou trifásicos superimpostos em um ritmo de fundo lento. Estas alterações têm sensibilidade de 67% e especificidade de 86%.

Exames de imagem não apresentam alterações. Inicialmente, porém, com a progressão as doença, tanto a tomografia computadorizada quanto a ressonância nuclear magnética (RNM) mostram atrofia cerebral generalizada. Além disso, em seqüências em T2 de RNM, pode-se observar sinal hiperintenso nos gânglios da base.

O padrão ouro para o diagnóstico ainda é o estudo histológico do tecido cerebral com colorações imunohistoquímicas para PrPres. Os achados patológicos mais importantes são: a) alterações espongiformes (vacúolos redondos, pequenos, que podem se tornar confluentes), b) astrocitose e c) perda neuronal. Placas amilóides são encontradas em 10% dos casos da forma esporádica, mas são comuns na nova variante da doença. Não se observa infiltrados inflamatórios.

A doença de Creutzfeldt-Jakob deve sempre ser lembrada diante de um quadro demencial associado a mioclonias. Outros diagnósticos diferenciais importantes são sífilis terciária, panencefalite esclerosante subaguda, intoxicação por bismuto, lítio ou brometos, e casos de doença de Alzheimer que apresentam mioclonias. Com apresentação típica, curso rápido e os achados eletroencefalográficos e liquóricos acima descritos, o diagnóstico pode ser determinado com relativa certeza, podendo ser confirmado com biópsia cerebral.


5. A nova variante da doença de Creutzfeldt- Jakob

Em 1986, na Inglaterra, foi descrita uma nova forma de encefalopatia espongiforme no gado bovino. Os animais apresentavam sinais de ansiedade e comportamento agressivo, evoluindo então com ataxia e emagrecimento. A morte ocorria entre duas semanas e seis meses após o início dos sintomas. Devido às alterações de comportamento, esta nova doença recebeu a designação de "doença da vaca louca" ou encefalopatia espongiforme bovina. Nos anos seguintes, houve um aumento explosivo do número de casos, com a grande maioria ocorrendo na Inglaterra. Esses fatos levaram à busca de uma fonte comum para infecção. Após estudos epidemiológicos, verificou-se que a infecção provavelmente ocorreu pela adição de carne de ovelhas no preparo das rações.

O Scrapie é uma forma de encefalopatia espongiforme das ovelhas conhecida há mais de 200 anos. Nunca se comprovou a transmissão desta doença para o homem. O que se acredita é que o gado bovino tenha sido contaminado com o prion responsável pelo Scrapie, e a maior prova desta teoria é que, após a retirada de toda a carne de mamíferos no preparo das rações para o gado, o número de novos casos de EEB vem decrescendo em 40% ao ano.

Como o Scrapie nunca tinha sido associado à infecção em humanos, a princípio se pensou o mesmo em relação a EEB. Entretanto, entre 1994 e 1997, também na Inglaterra, surgiram 22 casos de uma nova forma de encefalopatia espongiforme. Os indivíduos acometidos eram em média mais jovens do que os com Creutzfeldt-Jakob (idade média de 29 anos). O quadro começa com alterações psiquiátricas e sensitivas (parestesias e disestesias), evoluindo com ataxia cerebelar e demência progressiva em todos os casos. O tempo de duração da doença é maior, durando em média 14 meses. Não se observa, ao EEG, as alterações típicas da doença de Creutzfeldt-Jakob, e o estudo neuropatológico revela extensas placas amilóides, semelhantes as do Kuru (outra forma de encefalopatia espongiforme humana descrita na Nova Guiné associada ao canibalismo e hoje extinta).

Até janeiro de 1999, 40 casos dessa enfermidade denominada nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob haviam sido descritos, sendo 39 na Inglaterra e 1 caso na França. Não foi descoberto nenhum fator de risco para a doença, e a hipótese atual é que os pacientes tenham sido contaminados a partir da ingestão de carne bovina contaminada com a encefalopatia espongiforme bovina. As razões para isso são: a) a maior parte dos casos se concentra na Inglaterra, onde também se concentra a grande maioria dos casos de EEB (173.126 contra 626 no resto da Europa); b) quando se injetou no cérebro de macacos um extrato obtido a partir do cérebro de vacas contaminadas com a EEB, estes desenvolveram um quadro muito semelhante à nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob; c) quando inoculados com prions de EEB ou da nova variante, camundongos desenvolveram os mesmos sintomas no mesmo intervalo de tempo (cerca de 250 dias) e apresentavam as mesmas alterações neuropatológicas.


6. Recomendações atuais

As três estratégias atuais para o controle da nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob são baseadas na eliminação dos casos atuais de EEB, eliminação da exposição do homem ao agente da EEB e na redução dos riscos de contaminação do gado pela EEB. As recomendações a seguir são as que vigoram atualmente na Inglaterra:

• Todos os animais suspeitos são mortos e, a seguir, estudados e incinerados.

• Os animais destinados ao abate são examinados e os tecidos onde se encontra a maior quantidade de prions são retirados (cérebro, medula, baço, timo, tonsilas, intestino).

• É proibida a adição de carne de qualquer mamífero em ração de animais de criação.

• Toda a carne para consumo humano deve ser desossada, já que há dados indicando a possível presença do agente da EEB nos gânglios da raiz dorsal e medula óssea.

• O leite é seguro para o consumo humano.

Mesmo com as medidas acima, novos casos da nova variante podem ainda continuar a aparecer nos próximos anos devido ao longo tempo de incubação das encefalopatias espongiformes. O intervalo entre o aparecimento da EEB e o relato dos primeiros casos da nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob foi de oito anos e, nesse tempo, uma quantidade indeterminada de pessoas pode ter sido contaminada.

Todo o alarde gerado pela imprensa provocou uma reação rápida pelos órgãos competentes, principalmente na Inglaterra. No Brasil, mesmo com a busca epidemiológica muito aquém do ideal, não há descrição de nenhum caso e, desta forma, a carne bovina pode ser considerada segura para o consumo humano.


POR Marco Antonio Lima

Fonte: Medcenter.com

Adrenalina Dance Music - Blog do meu amigo Claudinei Roni


Claudinei Roni é um professor amigo meu de matemática, lá do Colégio Encanto e do QI. Ele agora inventou de ser DJ on-line ... risos.

Tá aí seu novo blog sobre música das antigas ... vejam a chamada de seu perfil ...

The Best Of Dance Music!!!

Aqui você encontra o melhor da Dance Music, Euro-Dance, Freestyle e muito mais do que rolou nas décadas de 80 e 90! Seja bem vindo(a)!!!

O Endereço é Adrenalina Dance Music

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Citomegalovírus [Por Dr. Drauzio Varela]

Citomegalovírus
O citomegalovírus (CMV) pertence à família do herpesvírus, a mesma dos vírus da catapora, herpes simples, gerpes genital e do herpes zoster. As manifestações clínicas da infecção pelo CMV variam de uma pessoa para outra e vão desde discreto mal-estar e febre baixa até doenças graves que comprometem o aparelho digestivo, sistema nervoso central e retina.
O citomegalovírus nunca abandona o organismo da pessoa infectada. Permanece em estado latente e qualquer baixa na imunidade do hospedeiro pode reativar a infecção.

Transmissão
O citomegalovírus pode ser transmitido das seguintes formas:
a) por via respiratória – tosse, espirro, fala, saliva, secreção brônquica e da faringe servem de veículo para a transmissão do vírus;
b) por transfusão de sangue;
c) por transmissão vertical da mulher grávida para o feto;
d) por via sexual - neste caso, ele é considerado causador de doença sexualmente transmissível;
e) por objetos como xícaras e talheres – embora esse tipo de transmissão seja pouco comum, ele é possível porque o citomegalovírus não é destruído pelas condições ambientais.
Obs: é quase impossível viver sem ser infectado, em algum momento, pelo citomegalovírus.
O período de incubação varia de alguns dias a poucas semanas.

Sintomas
A infecção pelo CMV pode ser assintomática e passar despercebida, mas o vírus ficará latente, a não ser que uma deficiência imunológica do hospedeiro favoreça sua reativação.
Na fase aguda, a principal manifestação é a citomegalomononucleose, com sintomas semelhantes aos da mononucleose infecciosa: febre, dor de garganta, aumento do fígado e do baço, presença de linfócitos atípicos.

Diagnóstico
Existe exame laboratorial específico para pesquisar anticorpos contra o citomegalovírus. Os anticorpos da classe IgM estão presentes apenas na fase aguda da infecção e os da classe IgG também aparecem na fase aguda, mas persistem por toda a vida.

Complicações
A reativação do quadro infeccioso está associada à deficiência do sistema imunológico. Nos imunodeprimidos, lesões ulceradas e dolorosas podem comprometer todo o aparelho digestivo (boca, garganta, faringe, esôfago, estômago, intestino grosso e delgado).
Nos pacientes com AIDS, a complicação mais comum é a coriorretinite, que pode levar à cegueira, mas existem outras, como comprometimento dos intestinos, do fígado e do sistema nervoso central, que resultam em perda do movimento dos membros inferiores e em mielite e encefalite.

Tratamento
Na fase aguda, o tratamento é sintomático. O uso de antivirais fica reservado para as formas graves da doença e deve ser mantido pelo menos durante um mês. A grande preocupação é com o efeito tóxico dessas drogas sobre os glóbulos do sangue e aos rins.

Recomendações
• Não se descuide do uso de preservativo nas relações sexuais como forma de evitar a transmissão do citmegalovírus;
• Procure não usar copos, xícaras e talheres se não tiver certeza de que foram bem lavados;
• Esteja atento ao fato de ser portador do citomegalovírus, pois ele pode provocar uma infecção aguda se suas reservas imunológicas se esgotarem;
• Lembre-se de que a transmissão vertical do CMV durante a gestação é a principal causa de retardo mental nas crianças. Siga rigorosamente as orientações médicas para evitar que isso aconteça.

Fonte: Site do Dr. Drauzio Varela

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Reflexão - Evolução do Homem

Vamos rir um pouco com esse belo assunto

Evolução do Homem [RESUMO]

A evolução humana

A problemática a controvertida a evolução humana pode ser assim esquematizada:



australopithecus

Os fósseis mais antigos aparentados com o homem são originário do Pleistoceno inferior e são chamados de Australopitecídeos.

O primeiro crânio foi descoberto em 1925 na África Meridional. Tal crânio pertencia a uma criança com 6 anos de idade, com volume craniano pequeno, maxilares robustos e acentuado prognatismo.

Posteriormente, ainda na África, descobriram-se inúmeros restos de esqueletos, de sorte que atualmente dispomos de uma centena de indivíduos, todos pertencentes aos Australepiticídeos. Seu estudo revela uma mistura de caracteres simiescos e humanos. Entre os primeiros salientam-se frente Saiva a volume craniano máximo de 700 centímetros cúbicos.

Dos caracteres humanes evidenciamos a existência de uma bacia e de uma articulação craniana, capazes de assegurar uma postura vertical quase perfeita.

As diferenças entre as amostras mostram a existência de dois gêneros distintos: Austrapolithecus e Paranthropus.

O Paranthropus, mais primitivo, desprovido de fronte, apresentava uma crista sagital, forte proeminência da arcada supra-orbital e, molares maciços, indicando um regime vegetariano.

O Australopithecus era mais evoluído: o crânio apresentava 650 centímetros cúbicos, com arcada supra-orbital pouco acentuada e dentição indicando um regime onívoro. As ossadas a as conchas encontradas junto às amostras demostram que os Australopithecus caçava, pescava, comendo carne e mariscos. O Paranthropus só viveu até a metade do Pleistoceno, ao passo que o Australopithecus, melhor adaptado, prosseguiu sua evolução originando o homo sapiens:

Homo habilis

Em 1960 Louis Leakey encontrou, na África, cerca de seis fósseis e os chamou de Homo habilis. A reconstrução do Home habilis sugere uma criatura com 1,25m de altura, dentes - Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas aos maxilares superior e inferior, cuja atividade principal é a mastigação. Os conhecimentos biológicos são formados desde a pré história, através de fundamentos empíricos. Dentes pequenos e pés semelhantes aos do homem.

Junte com os restos foram encontrados seixos trabalhos com bordos cortantes, indicando que o Homo habilis era capaz de trabalhar a pedra. Essa espécie, datada de 1.700.000 anos é considerado o ancestral da espécie humana.

Homo erectus

O ipedloucura16de Java, um dos mais antigos hominídeos, foi descoberto por Eugene Dubois, em 1891, na região leste de Java. Inicialmente foi chamado de Pithecantropus erectus, nome posteriormente alterado para Homo erectus. A reconstrução esquelética indicou que o adulto atingia 1,70m de altura, pesava 70 quilogramas a tinha um andar semelhante ao ipedloucura16atual.

A capacidade craniana variava de 700 a 1.100 centímetros cúbicos. As arcadas supra-ciliares eram preeminentes e não apresentava queixo, dentes grandes e caninos não ultrapassando os demais dentes. Vivia em cavernas ou abrigos de pedras, por ele construídos. Em 1920 escavações em cavernas próximas a Pequim, Davidson Black encontram o chamado homem de Pequim e deu-lhe o nome de Sinanthropus pekinensis, porém, a descoberta de outros espécimes revelou que se tratava de uma variedade do Homo erectus.O crânio, dotado de protuberâncias supra-erbitais apresentava uma capacidade de 1075 centímetros cúbicos. Ao lado do homem de Pequim foram encontrados objetos talhados em pedra a restes de cinza, provando o conhecimento do fogo.

Homo Sapiens

Há cerca de 70.000 anos atrás, surgiu o Home sapiens, do qual existem numerosas amostras. Ele teria se apresentado em duas superfícies: Homo sapiens neanderthalensis e Homo sapiens sapiens.

O primeiro, homem de Neandertal, foi descoberto no vale de Neander, próximo a Dusseldorf, sendo da constituição forte, cuja altura variava de 1,50 a 1,60m.

Fonte: http://www.colegioweb.com.br/biologia/a-evolucao-humana

Sistema Solar

O Sistema Solar

O sistema solar é um conjunto de planetas, asteróides e cometas que giram ao redor do sol. Cada um se mantém em sua respectiva órbita em virtude da intensa força gravitacional exercida pelo astro, que possui massa muito maior que a de qualquer outro planeta.

Os corpos mais importantes do sistema solar são os oito planetas que giram ao redor do sol, descrevendo órbitas elípticas, isto é, órbitas semelhantes a circunferências ligeiramente excêntricas.


Órbitas elípticas dos planetas do Sistema Solar

O sol não está exatamente no centro dessas órbitas, como pode-se ver na figura, razão pela qual os planetas podem encontrar-se, às vezes, mais próximos ou mais distantes do astro.

Origem do Sistema Solar

O sol e o Sistema Solar tiveram origem há 4,5 bilhões de anos a partir de uma nuvem de gás e poeira que girava ao redor de si mesma. Sob a ação de seu próprio peso, essa nuvem se achatou, transformando-se num disco, em cujo centro formou-se o sol. Dentro desse disco, iniciou-se um processo de aglomeração de materiais sólidos, que, ao sofrer colisões entre si, deram lugar a corpos cada vez maiores, os outros planetas.

A composição de tais aglomerados relacionava-se com a distância que havia entre eles e o sol. Longe do astro, onde a temperatura era muito baixa, os planetas possuem muito mais matéria gasosa do que sólida, é o caso de Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Os planetas perto dele, ao contrário, o gelo evaporou, restando apenas rochas e metais, é o caso de Mercúrio, Vênus, Terra e Marte.

Os componentes do Sistema Solar

O sol

O Sol é a fonte de energia que domina o sistema solar. Sua força gravitacional mantém os planetas em órbita e sua luz e calor tornam possível a vida na Terra. A Terra dista, em média, aproximadamente 150 milhões de quilômetros do Sol, distância percorrida pela luz em 8 minutos. Todas as demais estrelas estão localizadas em pontos muito mais distantes.

As observações científicas realizadas indicam que o Sol é uma estrela de luminosidade e tamanho médios, e que no céu existem incontáveis estrelas maiores e mais brilhantes, mas para nossa sorte, a luminosidade, tamanho e distância foram exatos para que o nosso planeta desenvolvesse formas de vida como a nossa.

O sol possui 99,9% da matéria de todo o Sistema Solar. Isso significa que todos os demais astros do Sistema juntos somam apenas 0,1%.

Composição do Sol

O Sol é uma enorme esfera de gás incandescente composta essencialmente de hidrogênio e hélio, com um diâmetro de 1,4 milhões de quilômetros. O volume do Sol é tão grande que em seu interior caberiam mais de 1 milhão de planetas do tamanho do nosso. Para igualar seu diâmetro, seria necessário colocar 109 planetas como a Terra um ao lado do outro. No centro da estrela encontra-se o núcleo, cuja temperatura alcança os 15 milhões de graus centígrados e onde ocorre o processo de fusão nuclear por meio do qual o hidrogênio se transforma em hélio. Já na superfície a temperatura do Sol é de cerca de 6.000 graus Celsius.

Os planetas

Os planetas não produzem luz, apenas refletem a luz do Sol, que é a estrela do Sistema Solar.

Teorias afirmam que os planetas também foram formados a partir de porções de massa muito quente e que todos estão de resfriando. Alguns, entre eles a Terra, já se resfriaram o suficiente para apresentar a superfície sólida.

Um corpo celeste é considerado um planeta quando, além de não ter luz própria, gira ao redor de uma estrela.

Os planetas têm forma aproximadamente esférica. Os seus movimentos principais são o de rotação e o de translação. Cada planeta possui um eixo de rotação em relação a Sol, o mais inclinado deles é o planeta-anão Plutão, pois seu eixo de rotação em relação ao Sol é de 120º, olhe a figura.

Movimento de Rotação

No movimento de rotação, os planetas giram em torno do seu próprio eixo, uma linha imaginária que passa pelo seu centro. O observador terrestre tem dificuldade de perceber o movimento de rotação da Terra. Para isso deve-se notar que o Sol, do amanhecer ao anoitecer, parece se mover da região leste em sentido oeste. O mesmo acontece, à noite, com a Lua, as estrelas e demais astros que vemos no céu.

O movimento de rotação da Terra dura, aproximadamente 24horas - o que corresponde a um dia. A Terra, por ser esférica, não é iluminada toda de uma vez só. Conforme a Terra gira em torno do seu eixo, os raios de luz solar incidem sobre uma parte do planeta e a outra fica à sombra.

O ciclo dos dias e da noite ocorrem graças a rotação. Enquanto o planeta está girando sobre seu próprio eixo é dia nas regiões que estão iluminadas pelo Sol (período claro) e, simultaneamente, é noite nas regiões não iluminadas (período escuro).


Movimento de Translação

O movimento de translação é executado pelos planetas ao redor do Sol, e o tempo que levam para dar uma volta completa é denominado período orbital. No caso da Terra esse período leva cerca de 365 dias e aproximadamente 6 horas para se completar. A Terra, no seu movimento de translação, forma uma elipse pouco alongada (bem próxima a circular). Já o planeta Netuno traça a sua órbita elíptica de forma bastante alongada.

Em razão do movimento de translação e da posição de inclinação do eixo da Terra, cada hemisfério fica, alternadamente, mais exposto aos raios solares durante um período do ano. Isso resulta nas quatro estações do ano: verão, outono, inverno e primavera. Nos meses de dezembro a março, o Hemisfério Sul - localizado ao sul da linha do Equador - fica mais exposto ao Sol. É quando os raios solares incidem perpendicularmente sobre pelo menos alguns pontos do Hemisfério Sul. É verão nesse hemisfério. Depois de seis meses, nos meses de junho a setembro, a Terra já percorreu metade da sua órbita. O Hemisfério Norte - localizado ao norte da linha do Equador - fica mais exposto ao Sol e, assim, os raios solares incidem perpendicularmente sobre pelo menos alguns pontos do Hemisfério Norte. É verão no Hemisfério Norte.

Enquanto é verão no Hemisfério Norte com os dias mais longos e as noites mais curtas, é inverno no Hemisfério Sul, onde os dias tornam-se mais curtos e as noites mais longas. E vice-e-versa.

Em dois períodos do ano (de março a junho e de setembro a dezembro) ha posições da Terra, na sua órbita, em que os dois hemisférios são iluminados igualmente. É quando ocorrem, de forma alternada nos dois hemisférios, as estações climáticas primavera e outono.

As estações do ano são invertidas entre os hemisférios Sul e Norte. Por isso é possivel, numa mesma época do ano, por exemplo, pessoas aproveitarem o verão numa praia no Hemisfério Sul, enquanto outras se agasalharem por causa de uma nevasca de inverno no Hemisfério Norte.

Nas regiões perto da linha do Equador, tanto em um hemisfério quanto no outro, ocorre constantemente a incidência dos raios do Sol, faz calor durante todo o ano. Há apenas a estação das chuvas e a estação da seca.

Em virtude da "curvatura da Terra" e da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita, os pólos recebem raios de Sol bastante inclinados. Por um longo período do ano, os raios solares não chegam aos pólos; por isso essas são regiões muito frias.

Para os moradores dessas regiões, só há duas estações climáticas:

  • Uma que chamam inverno, ou seja, o longo período em que os raios solares não atingem o pólo;
  • outra chamada verão, quando não acontece o pôr-do-sol durante meses.

Os planetas do Sistema Solar

São oito os planetas clássicos do Sistema Solar. Na ordem de afastamento do Sol, são eles: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

A partir dos avanços tecnológicos que possibilitaram a observação do céu com instrumentos ópticos como lunetas, telescópios e outros, os astrônomos vêm obtendo informações cada vez mais precisas sobre os planetas e seus satélites. Vamos conhecer um pouco a respeito de cada um desses oito planetas do Sistema Solar.

Mercúrio

É o planeta mais próximo ao Sol e o menor do Sistema Solar. É rochoso, praticamente sem atmosfera, e a sua temperatura varia muito, chegando a mais de 400ºC positivos, no lado voltado para o Sol, e cerca de 180ºC negativos, no lado oposto. Mercúrio não tem satélite. É o planeta que possui um movimento de translação de maior velocidade (o ano mercuriano tem apenas 88 dias). O aspecto da superfície é parecido com o da nossa Lua, toda coberta de crateras, originadas da colisão com corpos celestes.

Vênus

Vênus é conhecido como Estrela-D'Alva ou Estrela da tarde por causa de seu brilho e também porque é visível ao amanhecer e ao anoitecer, conforme a época do ano (mas lembre-se que ela é um planeta e não uma estrela).

É o segundo planeta mais próximo do Sol e o planeta mais próximo da Terra. As perguntas intrigantes que este planeta "gêmeo" da Terra nos coloca começam com o seu movimento de rotação própria. Uma rotação completa sobre si mesmo demora 243.01 dias, o que é um período invulgarmente longo. Além disso, enquanto que a maior parte dos planetas rodam sobre si próprios no mesmo sentido, Vênus é uma das exceções. Tal como Urano e Plutão, a sua rotação é retrógrada, o que significa que em Vênus o Sol nasce a leste e põe-se a oeste.

Vênus é um planeta muito parecido com a Terra, em tamanho, densidade e força gravítica à superfície, tendo-se chegado a especular sobre se teria condições favoráveis à vida. Além disso, suas estruturas são muito parecidas: um núcleo de ferro, um manto rochoso e uma crosta. Hoje sabemos que, apesar de ter tido origens muito semelhantes à Terra, a sua maior proximidade ao Sol levou a que o planeta desenvolvesse um clima extremamente hostil à vida. De fato, Vênus é o planeta mais quente do sistema solar, sendo mesmo mais quente do que Mercúrio, que está mais próximo do Sol. A sua temperatura média à superfície é de 460ºC devido ao forte efeito de estufa que acontece a grande escala em todo o planeta e não apresenta água.

Terra

É o terceiro planeta mais próximo do Sol. É rochoso e a sua atmosfera é composta de diferentes tipos de gases, e a sua temperatura média é de aproximadamente 15ºC.

A Terra, até o que se sabe, é o único planeta do Sistema Solar que apresenta condições que possibilitam a existência de seres vivos como os conhecemos. Tem um satélite, a Lua.

Marte

Visto da Terra parece um planeta vermelho, embora na verdade seja mais acastanhado. O seu eixo de rotação tem uma inclinação muito semelhante à do nosso planeta, 25.19º, o que significa que tem estações do ano. Ao contrário de Mercúrio, que está demasiado perto do Sol para que seja facilmente observado, e de Vênus, cuja densa atmosfera e cobertura de nuvens bloqueiam a observação da sua superfície, Marte está relativamente próximo da Terra sem estar muito próximo do Sol, e tem uma atmosfera muito rarefeita e na maior parte formada por gás carbônico, o que nos permite observar a sua superfície com relativa facilidade. Seu período de rotação é aproximadamente 24h, muito parecido com o da Terra, porém sua translação dura cerca de 687 dias.

Satélites de Marte

Marte tem ainda duas luas chamadas Deimos e Phobos, que no entanto têm formas irregulares. Têm um tamanho da ordem dos 10 km e assemelham-se mais a asteróides do que a pequenos planetas.

Terá havido água líquida em Marte?

Atualmente não há qualquer evidência de que exista água líquida à superfície de Marte. No entanto, missões recentes revelam que terá existido água no estado líquido: canais à superfície com padrões muito semelhantes aos rios na Terra, figura da direita, zonas aparentemente talhadas pela erosão provocada por fortes correntes e, até, pedras lisas com a textura típica de pedras encontradas no leito de rios na Terra. Hoje em dia, contudo, Marte não exibe condições que permitam água no estado líquido à sua superfície. Por um lado, a pressão da atmosfera atual do planeta à superfície é muito baixa: 0.0063 vezes a pressão da atmosfera à superfície da Terra, e quanto menor é a pressão, mais baixa é a temperatura necessária para a água passar do estado líquido para o gasoso. Por outro lado, a sua atmosfera muito rarefeita não fornece um mecanismo eficaz de efeito estufa e a temperatura média em Marte é de -53ºC, oscilando entre máximos de 20ºC e mínimos de -140ºC. Feitas as contas, as combinações possíveis de temperatura e pressão à superfície de Marte não permitem água no estado líquido, apenas no estado sólido ou no gasoso.

Júpiter

A massa de Júpiter é duas vezes e meia a massa combinada de todos os outros corpos do sistema solar à exceção do Sol.

Júpiter é o maior planeta do sistema solar, e o primeiro dos gigantes gasosos. Tem um diâmetro 11 vezes maior que o diâmetro da Terra e uma massa 318 vezes superior. Demora quase 12 anos a completar uma órbita mas tem um período de rotação invulgarmente rápido: 9h 50m 28s sendo o planeta com a rotação mais rápida do sistema solar. Embora tenha um núcleo de ferro, quase todo o planeta é uma imensa bola de hidrogênio e um pouco de hélio. A temperatura da superfície é de cerca de -150ºC.

As sondas Voyager 1 e 2 mostraram que Júpiter também possui anéis, tal como os outros gigantes gasosos. No entanto, se para observarmos os anéis de Saturno basta um telescópio amador uma vez que estes são constituídos principalmente por pequenos detritos de gelo que refletem muito a luz, os anéis de Júpiter parecem-nos quase invisíveis, uma vez que são compostos por partículas rochosas de pequenas dimensões que refletem muito pouco a luz. Julga-se que estes detritos são o resultado de colisões de meteoritos com os 4 satélites mais próximos do planeta.

Os satélites

Júpiter tem pelo menos 63 satélites identificados. Os 4 maiores, e mais importantes, são conhecidos como as luas galileanas, assim chamadas por terem sido descobertas por Galileu Galilei (1564-1642) quando observou Júpiter com um telescópio que ele próprio construiu. São elas: Io, Europa, Ganymede e Callisto. Historicamente, a descoberta destas luas constituiu uma das primeiras provas irrefutáveis que a Terra não estava no centro do Universo.

Saturno

É o segundo maior planeta do nosso sistema solar. É famoso por seus anéis, que podem ser vistos com o auxílio de pequenos telescópios. Os anéis são feitos com pedaços de gelo e rochas. A temperatura média da superfície do planeta é de -140ºC. Saturno é formado basicamente por hidrogênio e pequena quantidade de hélio.

O movimento de rotação em volta do seu eixo demora cerca de 10,5 horas, e cada revolução ao redor do Sol leva 30 anos terrestres.

Tem um número elevado de satélites, 60 descobertos até então, dos quais 35 possuem nomes, e está cercado por um complexo de anéis concêntricos, composto por dezenas de anéis individuais separados por intervalos, estando o mais exterior destes situado a 138 000 km do centro do planeta geralmente compostos por restos de meteoros e cristais de gelo. Alguns deles têm o tamanho de uma casa.


Foto de Saturno feita pela sonda espacial Cassini, quando estava a cerca
de 57 milhões de quilômetros de Saturno (foto NASA).

Urano

Urano é o sétimo planeta do sistema solar, situado entre Saturno e Netuno. A característica mais notável de Urano é a estranha inclinação do seu eixo de rotação, quase noventa graus em relação com o plano de sua órbita; essa inclinação não é somente do planeta, mas também de seus anéis, satélites e campo magnético. Urano tem a superfície a mais uniforme de todos os planetas por sua característica cor azul-esverdeada, produzida pela combinação de gases em sua atmosfera, e tem anéis que não podem ser vistos a olho nu; além disso, tem um anel azul, que é uma peculiaridade planetária. Urano é um de poucos planetas que têm um movimento de rotação retrógrado, similar ao de Vênus

Tem 27 satélites ao seu redor e um fino anel de poeira.


Netuno

Orbitando tão longe do Sol, Netuno recebe muito pouco calor. A sua temperatura superficial média é de -218 °C. No entanto, o planeta parece ter uma fonte interna de calor. Pensa-se que isto se deve ao calor restante, gerado pela matéria em queda durante o nascimento do planeta, que agora irradia pelo espaço fora. A atmosfera de Netuno tem as mais altas velocidades de ventos no sistema solar, que são acima de 2000 km/h; acredita-se que os ventos são amplificados por este fluxo interno de calor. A estrutura interna lembra a de Urano - um núcleo rochoso coberto por uma crosta de gelo, escondida no profundo de sua grossa atmosfera. Os dois terços internos de Netuno são compostos de uma mistura de rocha fundida, água, amônia líquida e metano. A terça parte exterior é uma mistura de gases aquecidos composta por hidrogênio, hélio, água e metano.

Embora não sejam visíveis nas fotografias do telescópio espacial Hubble, Netuno faz parte dos planetas gigantes que possuem um complexo sistema de anéis. Possui cinco anéis principais e sua descoberta se deve a uma observação efetuada ainda em 1984 a bordo de um avião U2 que acompanhou o deslocamento do planeta por algumas horas durante a ocultação de uma estrela. Neptuno tem 13 luas conhecidas. A maior delas é Tritão, descoberta por William Lassell apenas 17 dias depois da descoberta de Netuno.

Netuno, o gigante azul.

E Plutão?

Plutão que recebera o nome do deus dos infernos, da mitologia greco-latina, foi classificado como o nono planeta do Sistema Solar. Descoberto em 1930, pelo astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh, esse astro foi sempre motivo de acirrados debates. Afinal, as características do planetóide, entre outras a excentricidade de sua órbita inclinada, em que certos períodos cruza a órbita de Netuno, já indicavam que dificilmente ela poderia permanecer na elite dos planetas do nosso Sistema. Realmente, 76 anos depois, a UAI resolveu reclassificar o astro do grupo de planetas-anões.

Caronte continua a ser considerado satélite de Plutão. Entretanto, para alguns astrônomos eles são astros gêmeos, e esse é um debate que pode ser, a qualquer momento retomado pela União Astronômica Internacional. Será Coronte promovido a planeta-anão?


Plutão e seu satélite Caronte

Outros astros do Sistema Solar

Satélites

Até 1610 o único satélite conhecido era o da Terra - a Lua. Naquela ocasião, Galileu Galilei (1564-1642), com a sua luneta, descobriu satélites na órbita do planeta Júpiter. Hoje se sabe da existência de dezenas de satélites.

Na Astronomia, satélite natural é um corpo celeste que se movimenta ao redor de um planeta graças a força gravitacional. Por exemplo, a força gravitacional da Terra mantém a Lua girando em torno do nosso planeta.

Os satélites artificiais são objetos construídos pelos seres humanos. O primeiro satélite artificial foi lançado no espaço em 1957. Atualmente há vários satélites artificiais ao redor da Terra.

O termo "lua" pode ser usado como sinônimo de satélite natural dos diferentes planetas.

Cometas

Um cometa é o corpo menor do sistema solar, semelhante a um asteróide, possui uma parte sólida, o núcleo, composto por rochas, gelo e poeira e têm dimensões variadas (podendo ter alguns quilômetros de diâmetro). Geralmente estão distantes do Sol e, nesse caso, não são visíveis. Eles podem se tornar visíveis à medida que, na sua longa trajetória, se aproximam do Sol sublimando o gelo do núcleo e liberando gás e poeira para formar a cauda e a "cabeleira" em volta do núcleo. O mais conhecido dele é o Halley, que regularmente passa pelo nosso Sistema Solar. De 76 em 76 anos, em média, ele é visível da Terra. Ele passou pela região do Sistema Solar próxima do nosso planeta, em 1986, o que possibilitou a sua visibilidade, portanto, o Halley deverá estar de volta em 2062.

Cometa Halley


Asteróides

Um asteróide é um corpo menor do sistema solar, geralmente da ordem de algumas centenas de quilômetros apenas. São milhões de corpos rochosos que giram ao redor do Sol. Da Terra, só podem ser observados por meio de telescópio. Entre as órbitas dos planetas Marte e Júpiter, encontra-se um cinturão de asteróides e outro após a órbita de Netuno.

Meteoróides, meteoros e meteoritos

São fragmentos de rochas que se formam a partir de cometas e asteróides. O efeito luminoso é produzido quando fragmentos de corpos celestes incendeiam-se em contato com a atmosfera terrestre devido ao atrito. Esses rastros de luz são denominados meteoros e popularmente são conhecidos como estrelas cadentes, mas não são estrelas. Quando caem sobre a Terra, atraídos pela força gravitacional, são chamados de meteoritos. Na maioria das vezes, eles são fragmentos de rochas ou de ferro. Os meteoritos tem forma variada e irregular, e o tamanho pode variar de microfragmentos a pedaços de rochas de alguns metros de diâmetro.

O maior meteorito brasileiro (pesando mais de 5000 quilos), o Bendegó, foi encontrado no interior da Bahia em 1784 e encontra-se em exposição no Museu Nacional do Rio de Janeiro.


Meteorito Bendegó

Fonte:

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Universo/sistemasolar7.php