quinta-feira, 19 de junho de 2008

Site oficial de nosso astronauta brasileiro: Marcos Pontes


é bem legal conhecer um pouco mais sobre ele ...

http://www.marcospontes.net/

cagada bem feita

veja esse vídeo de uma cagada bem feita ... achei no Pilândia.



http://www.youtube.com/watch?v=7G2SF49WJ9U

Vamos rir bastante.

Banner da garrafada do Seu Zé

Esta eu achei no site do Pilândia e como foi criativo o seu Zé para vender suas garrafadas criando esse cartaz dígno do Aurélio de Ouro ...


Nossa senhora que assassinato ... risos.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Animações usadas como pesquisa I : Bob Esponja

Hoje estamos iniciando uma nova categoria de estudo, a dos desenhos e filmes usados para aprendermos mais um pouco os assuntos estudados.

O primeiro comentário é sobre o desenho do Bob esponja e seus amigos do fundo do mar:


Bob Esponja

As esponjas marinhas têm esse nome porque são cheias de furinhos, como as esponjas que usamos para tomar banho e lavar a louça. Bob é uma dessas, pertencente à classe dos poríferos, que têm mais de 5 mil espécies catalogadas (que família enorme!). As esponjas marinhas são os animais mais simples na categoria dos invertebrados (bichinhos que não possuem ossos).


Patrick

O melhor amigo de Bob Esponja é Patrick, uma estrela do mar cor-de-rosa que usa um bermudão estilo surfista. As estrelas do mar são uns bichinhos da categoria dos equinodermos, que têm o corpo revestido de placas calcárias. Por isso elas têm essa aparência dura, com saliências.


Caramujo

Gary é o caramujo de estimação de Bob. Caladão, o bichinho vive se arrastando, como seus amigos moluscos. Os caramujos podem viver em água doce ou salgada, como Gary, que mora no fundo do mar.


Siri com caranguejo?

O chefe de Bob Esponja no Siri Cascudo é o ganancioso Sr. Siriguejo. Ele vive dando broncas em Bob porque só pensa em dinheiro. Os siris são bichinhos da família dos crustáceos e parentes bem próximos do caranguejo. Na verdade, o Sr. Siriguejo é uma mistura das duas espécies!


Plâncton

O vilão das aventuras de Bob é o Plâncton, uma criatura verde e mal-humorada. No fundo do mar, o plâncton que encontramos não é tão mal. Ele é formado por vários organismos que vivem suspensos na águas e servem de alimento para várias espécies.


Esquila

A esquila Sandy, apesar de ser a melhor amiga de Bob Esponja, não mora no fundo do mar. Sandy é surfista e só mergulha usando capacete para poder respirar. Os esquilos são mamíferos roedores da família dos ciurídeos e vivem nas florestas, sobre árvores e plantas.

Fonte:
www2.uol.com.br/.../fiquepor_bob_esponja2.htm

Fotos de Poríferos










Dicas e macetes para vestibular

Vamos colocar a partir de hoje algumas dicas de todas as matérias para ajudar a memorizar algumas situações, pode mandar as suas:

DICA 01: Química - 2a Série

Grau de ionização


Fui Ontem No Clube Briguei I Sai Correndo Para Hospital

Fonte: Ana Jéssica Castilho (Manaus - AM)

DICA 02: Matemática - 2a Série

V+F=A+2


Vamos fazer amor a 2 (V=vértices; F=faces; A=arestas)

Fonte: Fred Tavares (Rio Branco-AC)


DICA 03: História - 3a Série

Potências do Eixo


2ª Guerra Mundial Potências do Eixo: ROBERTO - Roma(Itália); Berlim (Alemanha) e Tóquio (Japão)

Fonte: Patricia Monteiro - Lagarto (SE)

DICA 04: Português - 1a Série

Acentuação das paroxítonas


Regra de acentuação das paroxítonas: Acentuam-se todas as paroxítonas terminadas em PS:LIMURXÃO

Fonte: Silvany Cardim (Cruz das Almas-BA)

DICA 05: Biologia - 2a Série

BIC


BIC = BATATA INGLESA CAULE

Fonte: Izabella Nunes - Uberlandia (MG)

DICA 06: Física - 1a Série

S = So x VoT x aT²/2


Soninha, só você tem aquilo tudo ao quadrado pra dividir entre nós 2

Fonte: Rômulo Deroci da Rocha (Rio de Janeiro - RJ)

DICA 07: Português - 2a Série

Acentuação do Porquê. (música)


É separado, para pergunta, /
E com acento somente no final; /
Será juntinhu, para resposta, /
E com acento pra motivo real.

Fonte: Rafael Zamboni

DICA08: Biologia - 2a Série

Fimose


Uma fimose é igual a um pênis mais uma pelinha .

Fonte: Geraldo (Volta Redonda-RJ)

Resumo de Poríferos e Cnidários

Baseado no site Vestibular Seriado eu montei esse resuminho:

Resumo comparativo entre Poríferos e Cnidários

PORIFERA

No. ESPÉCIES 5000

HABITAT maioria marinha

SIMETRIA ausente (assimétrico) ou radial

CORPO poros incorrentes (óstio), cavidade interna (espongiocele ou átrio) e ósculo, esqueleto de espículas calcárias, silicosas ou de fibras de espongina

NUTRIÇÃO esponjas filtradoras

EGESTÃO diretamente na água

SISTEMA NERVOSO ausente

REPRODUÇÃO ASSEXUADA brotamento, gêmulas ou regeneração

REPRODUÇÃO SEXUADA esperma originado por coanócitos, ovos por arqueócitos/ coanócitos.

SISTEMÁTICA

Classes: Calcarea, Hexactinellida, Demospongiae, Sclerospongiae.

OUTROS arqueócitos, colêncitos, esclerócitos, coanócitos; asconóide, siconóide e leuconóide.

CNIDARIA

No. ESPÉCIES 9000

HABITAT maioria marinha

SIMETRIA radial

CORPO pólipo ou medusa, epiderme, mesogléia e gastroderme, celêntero (cavidade intestinal e gastrovascular, digestão e circulação).

NUTRIÇÃO tentáculos e nematocistos.

EGESTÃO ejeção pela boca ou difusão.

SISTEMA NERVOSO células nervosas em rede.

REPRODUÇÃO ASSEXUADA brotamento.

REPRODUÇÃO SEXUADA ovários e testículos, gametas liberados na água.

SISTEMÁTICA

Classes: Anthozoa, Scyphozoa, Cubozoa, Hydrozoa

OUTROS

cnidócitos, nematocistos;

hidras, águas-vivas, anêmonas-do- mar, corais



Resumo do assunto todo

Poríferos e Cnidários

1. Esponjas (Filo Porifera)


Os poríferos ou espongiários (esponjas) constituem-se nos animais menos evoluídos de todos. São multicelulares, mas suas células não formam tecidos bem definidos e muito menos se estruturam em órgãos. A sua constituição é muito simples. Por isso, muitos especialistas preferem distingui-lo dos outros grupos de animais, dividindo o reino Metazoa em dois sub-reinos: O Parazoa (onde se situam os poríferos) e o Eumetazoa (que engloba todos os demais filos).

Os poríferos (do latim porus, ‘poro’, ‘orifício’, e ferre, ‘que transporta’, ‘portador’) são todos de habitat aquático, predominantemente marinhos, vivendo presos às rochas ou outros substratos do fundo do mar ou dos rios. Têm o corpo perfurado por grande número de poros, por onde entra a água (poros inalantes ou óstios) e um único poro grande exalante (o ósculo), pelo qual sai a água de percorrer a cavidade central do corpo.

Os poríferos não possuem sistemas (digestivo, respiratório, nervoso e reprodutor). Eles realizam a digestão intracelular. A respiração e a excreção se fazem por difusão direta entre a água circulante e as sua células.

O corpo de uma esponja apresenta um revestimento esterno de células achatadas — a epiderme —, um revestimento interno com células flageladas e providas de gola ou colarinho, chamadas coanócitos, e uma camada intermediária na qual se encontram células móveis que se deslocam intensamente por meio de pseudópodos — os amebócitos. No mesênquima, pode-se encontrar uma espécie de arcabouço ou silicosas e uma rede de uma proteína específica chamada espongina. Assim, distinguem-se esponjas rígidas (calcárias e silicosas) e esponjas macias (esponjas córneas). Estas últimas, muito usadas no banho, não possuem espículas e a sustentação do corpo é feita tão-somente pela rede de espongina. No mesênquima, além dos amebócitos encontram-se as células formadoras das espículas e células geradoras dos gametas (mas não há "gônodas" propriamente).

A água ambiental penetra na esponja pelos poros inalantes, percorre os canais do corpo e alcança uma grande cavidade central — o átrio ou espongiocele. Os coanócitos revestem o átrio e, em muitos casos, pequenas câmaras que ficam no trajeto dos canais. O agitar dos flagelos dessas células provoca um fluxo de circulação da água, puxando-a de fora para dentro do corpo. Os coanócitos, além disso, retêm as partículas alimentares trazidas pela água e as digerem em vacúolos digestivos. O alimento, total ou parcialmente digerido, é então entregue aos amebócitos do mesênquima, a fim de estes concluam a digestão ou simplesmente o distribuam para todas as outras células. O oxigênio é retido por difusão direta pelas células, da mesma forma como são expelidos os excretas. Estes últimos vão ao exterior arrastados pela água que sai pelo ósculo.

Os poríferos se dividem em três tipos: Áscon (do grego, ‘saco’, ‘odre’), Sícon (do grego sykon, ‘figo’) e Lêucon (do grego leukos, ‘branco’).

1.1. Áscon


A forma primitiva dos espongiários é a de um tubo ou vaso, fixado no substrato. Na extremidade apical aparece uma grande abertura — o ósculo — que serve para a saída da água que continuamente atravessa o corpo da esponja. A parede do corpo é provida de um grande número de poros (daí o nome de porífera), através dos quais penetram água e partículas alimentares.

Nos áscon, bem como nos outros dois tipos, não existem órgão diferenciados, mas, distinguem-se diversos tipos celulares adaptados a determinadas funções. A parede do corpo é formada por duas camadas celulares. A camada mais externa é dermal, de origem ectodérmica, e a mais interna, denominada gastral, tem origem endodérmica. Entre as duas camadas celulares, há um mesênquima gelatinoso. A cavidade central do corpo é chamada átrio ou espongiocela. Nas duas camadas celulares e no mesênquima, encontramos os seguintes tipos celulares:

· Pinacócitos: são células achatadas que, justapostas, formam a camada dermal.
· Coanócitos: são células flageladas e providas de um colarinho, uma formação membranosa que envolve o flagelo. Revestem a cavidade atrial e constituem a camada gastral.
· Porócitos: são células, percorridas por uma perfuração cônica. São estas perfurações dos porócitos que constituem os numerosos poros que ligam o átrio ao meio externo.
· Miócitos: são células alongadas e contrácteis, que formam esfíncter em torno dos poros e do ósculo.
· Amebócitos: células, situadas no mesênquima, que possuem movimento emebóide, realizando várias funções.

1.2. Sícon


Observada externamente, apresenta-se como uma urna alongada, fixada pela extremidade superior, circundado por uma coroa de espículas longas e afiliadas. A superfície do corpo possui numerosas elevações ou papilas, das quais saem pequenas espículas. Entre as papilas aparecem os poros.
Cortada longitudinalmente, apresenta a parede do corpo espessa e com uma série de dobras, formando curtos canais horizontais. Distinguimos dois tipos de canais: inalantes e exalantes. Os primeiros abrem-se na superfície externa e terminam em fundo cego. Os canais exalantes, são internos e desembocam no átrio.
A superfície externa e os canais inalantes são revestidos pela camada dermal, formada por pinacócitos, ficando os coanócitos limitados aos canais exalantes. O mesênquima gelatinoso é bem mais desenvolvido do que no áscon, contém amebócitos e espículas.

1.3. Lêucon


É o tipo mais evoluído, o átrio é reduzido, enquanto a parede do corpo é bastante desenvolvida e percorrida por um complicado sistema de canais e câmaras. Os coanócitos encontram-se revestindo câmaras esféricas, também denominada câmaras vibráteis, interpostas num sistema de canais. Os canais partem dos poros e atingem as câmaras transportando água são denominadas inalantes ou aferentes. Das câmaras saem os canais exalantes ou eferentes que atingem o átrio.
Os coanócitos só aparecem nas câmaras vibráteis. Os pinacócitos revestem a superfície externa, o átrio e os diversos canais. No desenvolvimento do mesênquima encontramos amebócitos e espículas.

1.6. Reprodução


Assexuada: no brotamento formam-se pequenos brotos laterais que se desenvolvem em novos indivíduos, originando as formas coloniais. Na gemulação formam-se agregados de células amebóides indiferenciadas, envoltas por dura camada de espículas justapostas. As gêmulas constituem formas de resist6encia, pois sobrevivem a condições desfavoráveis de seca e/ou frio. Merece destaque a grande capacidade de regeneração de partes danificadas da esponja.

Sexuada: os poríferos são hermafroditas, porém não possuem gônadas. Os gametas, que se formam a partir de amebócitos que sofrem meiose, são lançados no átrio, onde ocorre a fecundação. Cada indivíduo apresenta maturação de óvulos e espermatozóides em épocas diferentes, o que evita a autofecundação. O desenvolvimento é indireto: após a fecundação o zigoto se desenvolve em uma larva livre-natante — anfiblástula — que sai pelo ósculo, fixa-se em um substrato e cresce, originando novo indivíduo.

2. Cnidários (Filo Coelenterata)


Etimologicamente, a palavra cnidário vem do grego (knidos, ‘urticante’). O mesmo ocorre com o vocábulo celenterado (do grego koilos, ‘oco’, e enteron, ‘intestino’).


Neste filo se enquadram os animais mais inferiores dentre os que já possuem tecidos bem definidos com alguma organização de sistemas. Eles possuem um esboço de sistema nervoso difuso (uma rede de células nervosas pelo corpo) e gônodas, isto é, órgãos produtores de gametas. Também possuem células epitélio-musculares de cuja contração resultam os movimentos rápidos do corpo.

A estrutura do corpo de um celenterado é formada por duas camadas de células: a epiderme (camada de revestimento externo) e a gastroderme (camada de revestimento interno). Entre as duas, situa-se a mesogléia, uma fina lâmina acelular, gelatinosa, constituída de substâncias segregadas pelas células das duas camadas citadas. Na epiderme, distinguem-se as células epitélio-musculares, as células intersticiais, as células sensitivas e os cnidoblastos. Estes últimos são células especializadas para a defesa, contendo uma pequena cápsula — o nematocisto — capaz de projetar um estilete canaliculado e injetar uma substância paralisante ou irritante na pele do animal que lhe toque na superfície.


Na mesogléia, logo abaixo da epiderme, localizam-se ramificações das células nervosas, que não se assemelham funcionalmente aos dendritos e axônios dos neurônios ou células nervosas desenvolvidas dos animais mais evoluídos. Essas células nervosas fazem contato direto com os prolongamentos das células sensitivas e com as fibras contráteis das células epitélio-musculares. Dessa forma, surge um mecanismo sensitivo-neuromotor: as células sensitivas recebem estímulos, as células nervosas conduzem os impulsos e as fibras contráteis reagem com a contração e os movimentos do corpo.


A gastroderme também possui diversos tipos de célula: células sensitivas, células flageladas, células intersticiais, células glandulares e células epitélio-digestivas. As células glandulares produzem enzimas digestivas que são lançadas na cavidade central ou cavidade gastrovascular, contribuindo para a digestão extracelular. Contudo, as células flageladas captam alimentos não digeridos ou parcialmente digeridos e os transferem às células epitélio-digestivas da gastroderme, em cujos vacúolos ocorre também a digestão intracelular.


Lembre-se de que os poríferos fazem somente digestão intracelular. Já os celenterados realizam digestão intracelular e extracelular. Os animais mais evoluídos fazem habitualmente só a digestão extracelular. Veja nisso uma evidência da Evolução.


Os celenterados ou cnidários podem ser vistos como pólipos ou como medusas. Estas últimas têm aspecto de cúpula transparente, são flutuantes e se deslocam mais facilmente. Os pólipos vivem preferentemente fixos às rochas e, salvo raras exceções, têm deslocamentos lentos. Muitas espécies de cnidários reproduzem-se por metagênese ou alternância de gerações, passando por uma fase sexuada de medusa e por uma fase assexuada de pólipo. Assim se reproduz a Aurelia aurita. Outros celenterados só se reproduzem sexuadamente. E outros, ainda, nunca passam pela fase de medusa, só existindo na forma de pólipos. Os corais e a anêmona-do-mar estão neste caso.


2.1. Classificação


O filo Coelenterata é dividido em três classes:


· Classe Hydrozoa: A forma predominante é a de pólipos, ainda que em muitas espécies ocorra também a forma de medusas. As medusas são pequenas e dotadas de véu. Exemplo: Hydra sp., Chlorohydra sp., Bougainvillia sp., Obelia sp., Physalia sp.
· Classe Scyphozoa: Predominam as medusas. Medusas sem véu. As dimensões variam de poucos centímetros a vários metros. A fase pólipo é passageira. Exemplos: Tamoya sp., Aurelia sp. (água-viva).
· Classe Anthozoa: Exclusivamente pólipos. Reprodução habitualmente sexuada, à custa de gametas formados em gônodas masculinas e femininas, na parede do corpo. Em alguns casos, entretanto, pode-se observar a divisão assexuada, por brotamento, no pólipo. Exemplos: Coralllium rubrum (coral vermelho), Pennatula sp. (coral branco), Actinia sp. (anêmona-do-mar).


2.2. Reprodução


A maioria dos celenterados apresenta reprodução sexuada e assexuada, sendo grande número de espécies que apresenta alternância de gerações (metagênese). Nesse caso, a forma polipóide produz assexuadamente pequenas medusas que, após um período de desenvolvimento, produzem gametas de cuja fusão resulta o zigoto.


A fecundação é externa na maioria dos celenterados, havendo espécies em que o encontro dos gametas ocorre dentro da cavidade gástrica. Nos casos em que o desenvolvimento é indireto (todas as espécies marinhas) o zigoto formado dá origem a uma larva ciliada (plânula). Após algum tempo a larva se fixa ao substrato dando origem a um novo organismo (pólipo).


Nas espécies que apresentam apenas forma de pólipo, esse se reproduz sexuadamente originando novos pólipos. Os espermatozóides são liberados na água, nadando ao encontro do óvulo. A fecundação e as primeiras divisões ocorrem com o zigoto ainda preso ao organismo materno. Como seqüência do processo, o embrião se destaca e transforma-se em um pólipo jovem que na maturidade repete o ciclo.

Material elaborado por: Donoso


Questões de Poríferos e Cnidários

Achei na net e postei para meus alunos da 2ª Serie do médio:

Questões de Poríferos e Cnidários

01. (UNIRIO) Qual das alternativas abaixo justifica a classificação das esponjas no sub-reino Parazoa?
a)Ausência de epiderme.
b) Ocorrência de fase larval.
c) Inexistência de órgãos ou de tecidos bem definidos.
d) Hábitat exclusivamente aquático.
e) Reprodução unicamente assexuada.

02. (FUVEST) A característica abaixo que não condiz com os poríferos é:
a) respiração e excreção por difusão direta.
b) obtenção de alimentos a partir das partículas trazidas pela água que penetra através dos óstios.
c) hábitat aquático, vivendo presos ao fundo.
d) células organizadas em tecidos bem definidos.
e) alta capacidade de regeneração.

03. (UFBA) No processo digestivo das esponjas, atuam células de dois tipos: umas englobam o alimento e fazem a digestão intracelular; outras distribuem a todas as demais células o produto dessa digestão. São elas, respectivamente:
a) solenócitos e macrófagos. d) histiócitos e amebócitos.
b) coanócitos e amebócitos. e) coanócitos e histiócitos.
c) cnidoblastos e nematocistos.

04. (UFJF-MG) Observe as seguintes afirmativas:
I - A grande capacidade regenerativa das esponjas revela a pequena interdependência e diferenciação de suas células.
II - A água que circula pelo corpo de uma esponja segue o trajeto: ósculo - átrio - óstios.
III - Nem todas as esponjas possuem espículas calcárias ou silicosas.
Assinale:
a) se apenas I estiver correta. d) se apenas II e III estiverem corretas.
b) se apenas I e II estiverem corretas. e) se apenas I e III estiverem corretas.
c) se I, II e III estiverem corretas.

05. (UFBA) No mesênquima dos espongiários, podemos encontrar células com diversas funções, exceto:
a)originar gametas.
b) transportar substâncias para outras células.
c) produzir espículas calcárias ou silicosas.
d) transmitir estímulos nervosos.
e) contribuir na digestão intracelular.

06. (UFV-MG) O principal papel dos coanócitos nos poríferos é:
a) transportar substâncias para todo o animal.
b) originar elementos reprodutivos.
c) formar o esqueleto do animal.
d) provocar a circulação da água no animal.
e) dar origem a outros tipos de célula.


07. (UNIFOR-CE) A figura abaixo mostra o ciclo de vida de um cnidário.
A fase que ocorre logo após a reprodução sexuada é a representada em:


a) I.
b) II.
c) III.
d) IV.
e) V.

08. (UFPR) Relacione as colunas e assinale a alternativa correta:
(1) Coanócitos ( ) Cavidade central das esponjas.

(2) Células nervosas ( ) Células de defesa dos celenterados.

(3) Átrio ( ) Mesogléia, abaixo da epiderme.

(4) Mesênquima ( ) Digestão intracelular dos poríferos.

(5) Cnidoblastos ( ) Camada média da estrutura dos poríferos.
a) 3 - 2 - 5 - 1 - 4. d) 3 - 5 - 2 - 4 - 1.
b) 5 - 3 - 2 - 1 - 4. e) 3 - 5 - 2 - 1 - 4.
c) 5 - 2 - 3 - 1 - 4.

09. (VUNESP-SP) Sobre os celenterados são feitas três afirmativas. Observe-as:
I - A maioria dos cnidários têm hábitat aquático, sendo poucas as espécies de hábitat terrestre, as quais são representadas por pólipos.
II - Os cnidários são urticantes e, para isso, dispõem de baterias de células especializadas chamadas coanócitos.
III - Alguns cnidários se reproduzem por alternância de gerações, quando então os pólipos dão medusas e as medusas dão pólipos.
Assinale:
a) se apenas uma afirmativa estiver correta.
b) se as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se as afirmativas II e III estiverem corretas.
e) se as três afirmativas estiverem corretas.

10. (FUVEST) A Grande Barreira de Recifes se estende por mais de 2000 km ao longo da costa nordeste da Austrália e é considerada uma das maiores estruturas construídas por seres vivos. Quais são esses organismos e como eles formam esses recifes?
a) esponjas - à custa de secreções calcárias.
b) celenterados - à custa de espículas calcárias e silicosas do seu corpo.
c) pólipos de cnidários - à custa de secreções calcárias.
d) poríferos - à custa de material calcário do terreno.
e) cnidários - à custa de material calcário do solo, como a gipsita.

11) (UFV-MG) A digestão dos celenterados ocorre:
a) nos meios intra e extracelulares. d) no meio intracelular.
b) no meio extracelular. e) no celoma posterior.
c) no celoma anterior.

12) (ACAFE-SC) De acordo com a complexidade, as esponjas são classificadas em três tipos.
a) Cite os tipos.
b) Caracterize um dos tipos.

13) (UNICAMP-SP) Discuta uma estratégia para obtenção de alimentos e incorporação de nutrientes, entre invertebrados que apresentam dois folhetos germinativos durante seu desenvolvimento embrionário.

14) (FUVEST-SP) Por que as medusas podem, pelo simples contato, levar pequenos animais à morte ou provocar irritações cutâneas em seres humanos?

15) (FUVEST-SP) Existem semelhanças entre o ciclo de vida de muitos animais cnidários (águas-vivas, por exemplo) e o ciclo de plantas como musgos e samambaias:
a) Qual o tipo de ciclo de vida compartilhado por esses seres?

b) o que caracteriza esse tipo de ciclo?


Ver Gabarito



1) c 2) c 3) b 4) e 5) d
6) d 7) c 8) e 9) a 10) c
11) a
12) a) Ácon, sícon e lêucon.
b) O tipo mais simples é o áscon, em forma de vaso, com uma cavidade no interior, aberta em cima pelo ósculo. A parede possui três camadas: epiderme, mesênquima e endoderme, e é interrompida pelos poros que dão penetração à água com o alimento que é recolhido pela camada de coanócitos da endoderme.
13) Os cnidários são animais com dois folhetos embrionários (diblásticos), que usam cnidoblastos para a captura das presas. A digestão começa na cavidade gastrovascular (digestão extracelular) e termina no interior da célula (digestão intracelular). Os resíduos são eliminados pela boca, já que esses animais não possuem anûs.
14) Porque possuem cnidoblastos, que são células capazes de injetar um líquido tóxico quando entram em contato com outro organismo.
15) a) Em ambos ocorre metagênese ou alternância de gerações nos ciclos de vida.
b) Nesses ciclos ocorre uma alternância de gerações sexuadas e assexuadas. Entretanto, nos musgos e nas samambaias, a fase sexuada é haplóide e a fase assexuada é diplóide. Nos cnidários, tanto a fase sexuada (medusa) como a assexuada (pólipo) são diplóides.

Material elaborado por: Donoso

Fonte: Vestibular seriado

terça-feira, 10 de junho de 2008

Respostas sobre a Cisticercose e Teníase

Cisticercose

A cisticercose é causada pela larva da Taenia solium nos tecidos humanos. As manifestações clínicas dependem da localização e do número de larvas que infectaram o indivíduo, da fase de desenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro (é assim que costumam ser chamas as pessoas que "hospedam" o verme). As formas graves estão localizadas no sistema nervoso central e apresentam sintomas neuro-psíquicos (convulsões, distúrbio de comportamento, hipertensão intracraniana) e oculares.

Quem é o agente causador?

A Taenia solium é a tênia da carne de porco e a Taenia saginata é a da carne bovina. Esses dois cestódeos na forma adulta causam doença intestinal (teníase). São os ovos da Taenia solium que causam a cisticercose ao serem ingeridos.

A tênia é conhecida popularmente como solitária.

Como se transmite?

A teníase é adquirida através da ingestão de carne de boi ou de porco mal cozida, que contém as larvas. Quando o homem ingere os ovos da Taenia solium, provenientes de verduras e legumes mal lavados ou higiene inadequada, adquire a cisticercose.

Tempo até os primeiros sintomas

O tempo para o aparecimento da cisticercose humana varia de 15 dias a anos após a infecção. Para a teníase, cerca de três meses após a ingestão da larva, o parasita adulto já pode ser encontrado no intestino delgado humano.

Tem algum risco?

Relativos à teníase: obstrução de apêndice, colédoco ou ducto pancreático;

Relativos à cisticercose: problemas visuais e neurológicos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de teníase geralmente é feito através da observação de proglotes (partes do verme) nas fezes ou pela presença de ovos no exame de fezes. O diagnóstico da neurocisticercose se faz através de exames de imagem (Raio X, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética de cisticercos calcificados).

Como se trata?

importante ficar bem claro que as medicações utilizadas devem ser receitadas por um médico que acompanhe o paciente. O hábito de tomar remédios para vermes por conta própria não é adequado. Como todos os remédios essas medicações não são isentas de efeitos colaterais, o que pode trazer sérios problemas à saúde. Com o acompanhamento, o médico poderá receitar a droga mais indicada para o caso e acompanhar os possíveis efeitos colaterais.

Como evitar?

Através de medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e após ir ao banheiro, com o cozimento adequado da carne de boi e de porco e a correta lavagem de verduras e legumes.

Fonte: www.medicinal.com.br

CISTICERCOSE

A cisticercose, uma das possíveis causas do surgimento de um cisto na região frontal da cabeça da atriz Malu Mader, 38, é causada pela larva da solitária (Taenia solium), que se estabelece em tecidos humanos, como o cérebro. Quando isso acontece, pode causar problemas visuais e neurológicos.

Como se adquire: O homem ingere os ovos da solitária, que podem estar em legumes e verduras mal lavados, frutas experimentadas no supermercado ou na feira e até mesmo em sanduíches "naturais" feitos sem higiene adequada. Esses produtos "in natura" são contaminados quando entram em contato com dejetos humanos de alguém que possui solitária --geralmente, isso acontece nos locais de origem dos alimentos.

Conseqüências: O cisticerco se instala em algum tecido do corpo humano. Nos casos mais graves, ao se instalar no cérebro, pode provocar lesões graves, provocando crises de epilepsia.

Sintomas: Cefaléia, epilepsia, edemas e vômitos surgem quando o parasita começa a ser desintegrado pelo próprio organismo humano, inflamando os tecidos ao redor --depois, resta uma cicatriz calcificada. A doença pode se estabelecer em 15 dias, mas pode também ficar anos sem se manifestar.

Diagnóstico: A cisticercose é detectada por meio de análise de amostra de liquor e imagens cerebrais obtidas por tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Tratamento: Pode ser feito com vermicidas ou outras drogas que atuam sobre a inflamação que o cisticerco provoca. Nos casos de obstrução das vias internas-saude que causam hidrocefalia ou quando o cisticerco se comporta como um tumor, a indicação de tratamento é cirúrgica.

Fonte: www1.folha.uol.com.br

CISTICERCOSE

A incidência de indivíduos portadores desta doença vem aumentando em todo o mundo. Há 15 anos, era rara nos Estados Unidos. Hoje é a parasitose do sistema nervoso mais freqüente, tanto em crianças como em adultos, não só nos Estados Unidos, como também no mundo todo.

No Brasil, a maioria dos casos é registrada nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

O ponto crucial da transmissão está nas fezes humanas contaminadas com os ovos da Taenia solium. Um indivíduo com teníase pode evacuar em local impróprio (campo, mato, perto de riachos, em instalações sanitárias inadequadas, etc.) e, deste modo, espalhar os ovos microscópicos da tênia que, fatalmente, irão contaminar fontes de água, lavouras, etc.

O homem se contamina ingerindo os ovos presentes na água ou em alimentos, como verduras mal lavadas.

Os portadores de teníase têm facilidade de adquirir a cisticercose, porque, nesta fase, pode ocorrer o rompimento dos proglótides grávidos dentro do intestino ou do estômago pelo refluxo do conteúdo intestinal.

Há também a possibilidade de contaminação, quando pessoas com debilidade mental ingerem as próprias fezes.

Uma vez no interior do organismo, os ovos liberam os embriões que, através da circulação sangüínea, se distribuem pelo corpo todo, onde se fixam e encistam-se, formando as vesículas com as larvas no seu interior, denominadas cisticercos. Desta forma, o homem está com a cisticercose é o hospedeiro intermediário da T. solium.

A cisticercose humana é doença gravíssima, pois os cisticercos se localizam no sistema nervoso central (neurocisticercose), nos olhos, músculos, etc. Nestes locais, podem permanecer até 30 anos, determinando crises convulsivas, cefaléias, vômitos, alterações de visão, hidrocefalia e até mesmo a morte.

Os ovos das tênias são muito resistentes à inativação através de substâncias químicas, mas podem ser destruídos pela cocção ou fervura acima de 90ºC.

Desta forma, os cuidados higiênicos são importantes para se evitar a transmissão desta doença. Há enfermidade contra as quais, até o presente momento, nada se pode fazer para exterminá-las; outras, no entanto, como a cisticercose devem e podem ser eliminadas de nossa população.

Fonte: www.brasilescola.com

CISTICERCOSE

Teníase e cisticercose são doenças causadas por tênias, em fases diferentes do ciclo de vida desses cestódeos.

Sinônimos

Solitária

O que é teníase?

A teníase é resultado da presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata no intestino delgado do homem. É uma parasitose intestinal que pode causar dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência (gases), diarréia ou constipação. Quando o parasita permanece no intestino, o parasitismo pode ser considerado benigno. Excepcionalmente, requer intervenção cirúrgica por haver penetração do parasita em locais como o apêndice cecal (parte do intestino que costuma ser operada quando há "apendicite"), colédoco (ducto que drena secreção do fígado para o intestino), ducto pancreático (ducto que drena secreção do pâncreas para o intestino) devido ao crescimento exagerado do parasita nestes locais, o que pode ocasionar obstrução. Em alguns casos, pode provocar retardo no crescimento e no desenvolvimento das crianças e baixa produtividade no adulto. A infestação pode ser percebida pela eliminação espontânea de proglotes (parte do corpo do verme que contém ovos) nas fezes.

O que é cisticercose?

A cisticercose é causada pela larva da Taenia solium nos tecidos humanos. As manifestações clínicas dependem da localização e do número de larvas que infectaram o indivíduo, da fase de desenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro (é assim que costumam ser chamas as pessoas que "hospedam" o verme). As formas graves estão localizadas no sistema nervoso central e apresentam sintomas neuro-psíquicos (convulsões, distúrbio de comportamento, hipertensão intracraniana) e oculares.

Quem é o agente causador?

A Taenia solium é a tênia da carne de porco e a Taenia saginata é a da carne bovina. Esses dois cestódeos na forma adulta causam doença intestinal (teníase). São os ovos da Taenia solium que causam a cisticercose ao serem ingeridos.

A tênia é conhecida popularmente como solitária.

Como se transmite?

A teníase é adquirida através da ingestão de carne de boi ou de porco mal cozida, que contém as larvas. Quando o homem ingere os ovos da Taenia solium, provenientes de verduras e legumes mal lavados ou higiene inadequada, adquire a cisticercose.

Tempo até os primeiros sintomas
O tempo para o aparecimento da cisticercose humana varia de 15 dias a anos após a infecção. Para a teníase, cerca de três meses após a ingestão da larva, o parasita adulto já pode ser encontrado no intestino delgado humano.

Tem algum risco?

Relativos à teníase: obstrução de apêndice, colédoco ou ducto pancreático;
Relativos à cisticercose: problemas visuais e neurológicos.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de teníase geralmente é feito através da observação de proglotes (partes do verme) nas fezes ou pela presença de ovos no exame de fezes. O diagnóstico da neurocisticercose se faz através de exames de imagem (Raio X, tomografia computadorizada e ressonância nuclear magnética de cisticercos calcificados).

Como se trata?

É importante ficar bem claro que as medicações utilizadas devem ser receitadas por um médico que acompanhe o paciente. O hábito de tomar remédios para vermes por conta própria não é adequado. Como todos os remédios essas medicações não são isentas de efeitos colaterais, o que pode trazer sérios problemas à saúde. Com o acompanhamento, o médico poderá receitar a droga mais indicada para o caso e acompanhar os possíveis efeitos colaterais.

Como evitar?

Através de medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes das refeições e após ir ao banheiro, com o cozimento adequado da carne de boi e de porco e a correta lavagem de verduras e legumes.

Fonte: www.br.answers.yahoo.com

CISTICERCOSE

Aspectos Epidemiológicos

O complexo Teníase/Cisticercose constitui-se de duas entidades mórbidas distintas, causadas pela mesma espécie de cestódio, em fases diferentes do seu ciclo de vida. A teníase é provocada pela presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata, no intestino delgado do homem. A cisticercose é uma entidade clínica provocada pela presença da forma larvária nos tecidos de suínos, bovinos ou do homem.

Agente Etiológico

Taenia solium e a Taenia saginata pertencem à classe Cestoidea, ordem Cyclophillidea, família Taenidae e gênero Taenia. Na forma larvária (Cysticercus cellulosae _ T. solium e Cysticercus bovis _ T. saginata) causam a teníase. Na forma de ovo a Taenia saginata desenvolve a cisticercose no bovino, e a Taenia solium no suíno ou no homem.

Reservatório e Fonte de Infecção

O homem é o único hospedeiro definitivo da forma adulta da Taenia solium e da Taenia saginata. O suíno ou o bovino são os hospedeiros intermediários (por apresentarem a forma larvária nos seus tecidos).

Modo de Transmissão

O homem que tem teníase, ao evacuar a céu aberto, contamina o meio ambiente com ovos eliminados nas fezes, o suíno ou o bovino ao ingerirem fezes humanas (direta ou indiretamente), contendo ovos de Taenia solium ou Taenia saginata, adquirem a cisticercose. Ao alimentar-se com carne suína ou bovina, mal cozida, contendo cisticercos, o homem adquire a teníase. A cisticercose humana é transmitida através das mãos, da água e de alimentos contaminados com ovos de Taenia solium.

Período de Incubação

O período de incubação para a cisticercose humana pode variar de 15 dias a muitos anos após a infecção. Para a teníase, após a ingestão da larva, em aproximadamente três meses, já se tem o parasita adulto no intestino delgado humano.

Período de Transmissibilidade

Os ovos de Taenia solium e de Taenia saginata podem permanecer viáveis por vários meses no meio ambiente, principalmente em presença de umidade.

Susceptibilidade e Imunidade

A susceptibilidade é geral. Tem-se observado que a presença de uma espécie de Taenia garante certa imunidade, pois dificilmente um indivíduo apresenta mais de um exemplar da mesma espécie no seu intestino; porém não existem muitos estudos abordando este aspecto da infestação.

2. Aspectos Clínicos

Descrição

O complexo teníase/cisticercose é uma zoonose e manifesta-se no homem sob duas formas clínicas:

Parasitose intestinal - Teníase

Causa retardo no crescimento e no desenvolvimento das crianças, e baixa produtividade no adulto. A sintomatologia mais freqüente são dores abdominais, náuseas, debilidade, perda de peso, flatulência, diarréia ou constipação. O prognóstico, é bom. Excepcionalmente é causa de complicações cirúrgicas, resultantes do tamanho do parasita ou de sua penetração em estruturas do aparelho digestivo tais como apêndice, colédoco e ducto pancreático.

Parasitose extra-intestinal Cisticercose

Infecção causada pela forma larvária da Taenia solium cujas manifestações clínicas estão na dependência da localização, tipo morfológico, número e fase de desenvolvimento dos cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro. Da conjunção destes fatores resulta um quadro pleomórfico, com uma multiplicidade de sinais e sintomas neurológicos (Trelles & Lazarte - 1940; Pupo et al - 1945/46; Brotto - 1947; De la Riva - 1957; Canelas - 1962; Lima - 1966; Takayanagui - 1980; 1987), inexistindo um quadro patognomônico. A localização no sistema nervoso central é a forma mais grave desta zoonose, podendo existir também nas formas oftálmica, subcutânea e muscular (como o tecido cardíaco). As manifestações clínicas variam desde a simples presença de cisticerco subcutâneo até graves distúrbios neuropsiquiátricos (convulsões epileptiformes, hipertensão intracraniana, quadros psiquiátricos como demência ou loucura), com seqüelas graves e óbito.

Tratamento

O tratamento da teníase poderá ser feito através das drogas: Mebendazol, Niclosamida ou Clorossalicilamida, Praziquantel, Albendazol. Com relação à cisticercose, até há pouco mais de uma década e meia, a terapêutica medicamentosa da neurocisticercose era restrita ao tratamento sintomático. Atualmente, praziquantel e albendazol têm sido considerados eficazes na terapêutica etiológica da neurocisticercose. (TAKAYANAGUI - 1987; 1990-b). Há questionamentos sobre a eficácia das drogas parasiticidas na localização cisternal ou intraventricular e na forma racemosa, recomendando-se, como melhor opção, a extirpação cirúrgica, quando exeqüível (COLLI - 1996; COLLI et al - 1994-b; TAKAYANAGUI - 1990-b; 1994). Levando-se em consideração as incertezas quanto ao benefício, a falibilidade e os riscos da terapêutica farmacológica, a verdadeira solução da neurocisticercose está colocada primordialmente nas medidas de prevenção da infestação (OPS - 1994).
3. Diagnóstico Laboratorial

Teníase

Geralmente tem ocorrência sub-clínica, sendo muitas vezes não diagnosticada através de exames coprológicos, devido à forma de eliminação deste helminto, é mais comumente realizado através da observação pessoal da eliminação espontânea de proglótides. Os exames parasitológicos de fezes são realizados pelos métodos de Hoffmann, fita gomada e tamização.

Cisticercose: o diagnóstico é realizado através de biópsia tecidual, cirurgia cerebral, testes imunológicos no soro e líquido cefalorraquiano ou exames de imagem (RX, tomografia computadorizada e ressonância magnética).

Dentre os exames laboratoriais que permitem diagnosticar a cisticercose no homem destacam-se:

Exame do líquido cefalorraquidiano, o qual fornece elementos consistentes para o diagnóstico, pois o parasita determina alterações compatíveis com o processo inflamatório crônico.

Provas sorológicas, com resultados limitados, pois não permitem localizar os parasitas ou estimar a carga parasitária, além de que, a simples presença de anticorpos não significa que a infecção seja atual. As provas mais utilizadas são:

ELISA, com sensibilidade aproximada de 80%;

Imunoeletroforese, que embora não forneça resultados falso-positivos, revela apenas 54% a 87% dos pacientes com cisticercose; e,

Imunofluorescência indireta, altamente específica, mas pouco sensível.

Exame radiológico, realizado mediante imagens dos cistos calcificados, cujo aspecto é relativamente característico- a calcificação só ocorre após a morte do parasita.

Tomografia computadorizada, que auxilia na localização das lesões, notadamente ao nível do sistema nervoso central, tanto para os cistos viáveis, como para os calcificados.

Exame anatomopatológico, realizado ante-mortem, quando eventuais nódulos subcutâneos, permitem biópsia e a análise histopatológica, ou post-mortem, quando da realização de autópsia ou de necropsia.

4. Vigilância Epidemiológica

Notificação: a notificação da teníase/cisticercose poderá fornecer dados epidemiológicos mais precisos sobre a prevalência populacional e permitir o mapeamento geográfico das áreas mais afetadas para melhor direcionamento das medidas de controle.

5. Medidas de Controle

Trabalho Educativo da População: como uma das medidas mais eficazes no controle da teníase/cisticercose deve ser promovido extenso e permanente trabalho educativo da população nas escolas e nas comunidades. A aplicação prática dos princípios básicos de higiene pessoal e o conhecimento dos principais meios de contaminação constituem medidas importantes de profilaxia. O trabalho educativo da população deve visar à conscientização, ou seja, ao corte dos hábitos e costumes inadequados e à adoção de novos, mais saudáveis, por opção pessoal.

· Bloqueio de Foco do Complexo Teníase/Cisticercose: o foco do complexo teníase/cisticercose pode ser definido como sendo a unidade habitacional com pelo menos:

a. nos indivíduos com sorologia positiva para cisticercose;

um indivíduo com teníase;

um indidíduo eliminando proglótides;

um indivíduo com sintomas neurológicos suspeitos de cisticercose;

nos animais com cisticercose (suína/bivina).

Serão incluídos no mesmo foco outros núcleos familiares que tenham tido contato de risco de contaminação. Uma vez identificado o foco, os indivíduos deverão receber tratamento com medicamento específico.

· Fiscalização da Carne: essa medida visa reduzir ao menor nível possível a comercialização ou o consumo de carne contaminada por cisticercos e orientar o produtor sobre medidas de aproveitamento da carcaça (salga, congelamento, graxaria, conforme a intensidade da infecção) reduzindo a perda financeira, com segurança para o consumidor.

Fiscalização de Produtos de Origem Vegetal: a irrigação de hortas e pomares com água de rios e córregos que recebem esgoto deve ser coibida através de rigorosa fiscalização, evitando a comercialização ou o uso de vegetais contaminados por ovos de Taenia.

· Cuidados na Suinocultura: o acesso do suíno às fezes humanas e à água e alimentos contaminados com material fecal deve ser coibido: esta é a forma de evitar a cisticercose suína.

· Isolamento: para os indivíduos com cisticercose ou portadores de teníase, não há necessidade de isolamento. Para os portadores de teníase, entretanto, recomenda-se medidas para evitar a sua propagação: tratamento específico, higiene adequada das mãos, deposição dos dejetos garantindo a não contaminação do meio ambiente.

Desinfecção Concorrente: é desnecessária, porém é importante, o controle ambiental através da deposição correta dos dejetos (saneamento básico), e rigoroso hábito de higiene (lavagem das mãos após evacuações, principalmente).

Fonte: br.geocities.com

CISTICERCOSE

A cisticercose suína é uma doença parasitária originada a partir da ingestão de ovos de Taenia solium, cujas formas adultas têm o homem como hospedeiro final; normalmente, os suínos apresentam apenas a forma larval (Cysticercus cellulosae). O quadro clínico da teníase no homem pode acarretar dor abdominal, anorexia e outras manifestações gastrointestinais, sem provocar conseqüências mais sérias.

A teníase, no entanto, pode conduzir à cisticercose humana, cuja localização cerebral é a sua manifestação mais grave, podendo levar o indivíduo à morte.

A infecção pode permanecer assintomática durante muitos anos e nunca vir a se manifestar. Nas formas cerebrais a sintomatologia pode iniciar-se por crises convulsivas, o quadro clínico tende a agravar-se à medida que aumente a hipertensão intercraniana, ou na dependência das estruturas acometidas, evoluindo para meningoencefalite e distúrbios de comportamento.

AGENTE CAUSADOR

Taenia solium, o verme do porco causa infecção intestinal com a forma adulta e somática com a larva (cisticercos). O homem adquire teníase quando ingere carne suína, crua ou parcialmente cozida, contendo cisticercos. Os suínos, por outro lado, adquirem cisticercose quando ingerem ovos de T. solium, presentes no ambiente contaminado por matéria fecal de seres humanos contaminados. Do mesmo modo que o suíno, o homem pode adquirir cisticercose a partir da ingestão de ovos de T. solium, presentes em alimentos contaminados com matéria fecal de origem humana, sobretudo verduras cruas, ou por auto-infecção, através das mãos e roupas contaminadas com a próprias fezes.

TRANSMISSÃO

1).Transferência direta dos ovos da T. solium das fezes de um indivíduo com teníase para a sua própria boca ou a de outras pessoas; 2. Por movimentos retroperistálticos do intestino, onde os proglotes de uma tênia poderiam alcançar o est6omago para em seguida retornar ao intestino delgado liberando as oncosferas (auto infecção); ou, 3. Indiretamente, através da ingestão de alimentos (geralmente verduras) ou água contaminada com os ovos de Taenia solium.

DIAGNÓSTICO

Dentre os exames laboratoriais que permitem diagnosticar a cisticercose no homem destacam-se:

- Exame do líquido cefalorraquidiano, o qual fornece elementos consistentes para o diagnóstico, pois o parasita determina alterações compatíveis com o processo inflamatório crônico.

- Provas sorológicas, com resultados limitados, pois não permitem localizar os parasitas ou estimar a carga parasitária, além de que, a simples presença de anticorpos não significa que a infecção seja atual. As provas mais utilizadas são:

- ELISA, com sensibilidade aproximada de 80%;

- Imunoeletroforese, que embora não forneça resultados falso-positivos, revela apenas 54% a 87% dos pacientes com cisticercose; e,

- Imunofluorescência indireta, altamente específica, mas pouco sensível.

- Exame radiológico, realizado mediante imagens dos cistos calcificados, cujo aspecto é relativamente característico- a calcificação só ocorre após a morte do parasita.

- Tomografia computadorizada, que auxilia na localização das lesões, notadamente ao nível do sistema nervoso central, tanto para os cistos viáveis, como para os calcificados.

- Exame anatomopatológico, realizado ante-mortem, quando eventuais nódulos subcutâneos, permitem biópsia e a análise histopatológica, ou post-mortem, quando da realização de autópsia ou de necropsia.

TRATAMENTO

O tratamento é realizado com niclosamida ou praziquantel. Intervir cirurgicamente para aliviar o desconforto do paciente; hospitalizar e tratar com Praziquantel ou Albendazol os paciente com cisticercose ativa no sistema nervoso central, controlando o edema cerebral pela morte do cisticerco, com uma série curta de corticóides.

É importante destacar que os ovos das tênias dos suínos e dos bovinos são, microscopicamente, impossíveis de se diferenciar. As principais diferenças entre a T. solium e a T. saginata dos bovinos são

PREVENÇÃO

Medidas preventivas

A ocorrência da cisticercose suína e/ou bovina, é um forte indicador das más condições sanitárias dos plantéis. Com base nos conhecimentos atuais, a erradicação das tênias, T. solium e T. saginata, é perfeitamente possível pelas seguintes razões: os ciclos de vida necessitam do homem como hospedeiro definitivo; a única fonte de infecção para os hospedeiros intermediários, pode ser controlada; não existe nenhum reservatório selvagem significativo; e, existem drogas seguras e eficazes para combater a teníase. É importante: 1. Informar as pessoas para: evitar a contaminação fecal do solo, da água e dos alimentos destinados ao consumo humano e animal; não utilizar águas servidas para a irrigação das pastagens ;e, cozer totalmente as carnes de suínos e bovinos.

2. Identificar e tratar, imediatamente, os indivíduos infectados com a T. solium para evitar a cisticercose, tomando precaução para proteger os pacientes da auto-contaminação, bem como seus contatos.

3. Congelar a carne suína e bovina a temperatura abaixo de –5° C, por no mínimo 4 dias; ou irradiar a 1 Kgy, a fim de que os cisticercos sejam destruídos eficazmente.

4. submeter à inspeção as carcaças, nos abatedouros de suínos e bovinos, destinando-se conforme os níveis de contaminação: condenação total, parcial, congelamento, irradiação ou envio para as indústria de reprocessamento. 5. Impedir o acesso de suínos às fezes humanas, latrinas e esgotos.

Controle do paciente, contato e meio-ambiente:

1. Informar a autoridade sanitária local.

2. Colaborar na desinfecção; dispor as fezes de maneira higiênica; enfatizar a necessidade de saneamento rigoroso e higienização das instalações; investir em educação em saúde promovendo mudanças de hábitos, como a lavagem das mãos após defecar e antes de comer.

3. Investigar os contatos e as fontes de infecção; avaliar os contatos com sintomas.

Fonte: www.arquivomedico.hpg.ig.com.br

CISTICERCOSE

A cisticercose caracteriza-se pelo estado patológico decorrente da infecção de hospedeiros vertebrados pela forma larvar da Tênia Solium ou Tênia Saginata, através de uma ou mais lesões vesiculares, chamadas de cisticerco. O aparecimento de cisticercos na musculatura de carcaças bovinas ou suínas é vulgarmente denominado de "pipoca", "canjica", "canjiquinha" ou "sagu"".

Agente Etiológico

A Etiologia da cisticercose envolve o estágio larvar de parasitas do genero Tênias, representados pelas Tênia Solium e Tênia Saginata. Um fato de grande importância epidemiológica é a resistência ao meio ambiente dos ovos dessas tênias. Essa resistência é muito elevada quando o substrato está coberto com uma película de água. Para que se tenha uma idéia a respeito desse fato, basta citar que pesquisadores observaram ovos de tênia que sobreviveram em pastagens, em condições naturais, por 159 dias. Há também relato a respeito da permanência de ovos de Tênia saginata, viáveis nas pastagens, por 56 dias e, em alguns casos, até por 98 dias. À temperatura de 60C são necessários 10 minutos, e à ebulição, 5 segundos para inativação dos ovos. Estes resistem bem ao merthiolate e ao formol comercial. Os processos biológicos de fermentação e putrefação não destroem facilmente e admite-se que nos digestores empregados para depuração de esgotos, os ovos sejam destruídos em 20 dias, a 35C.

Transmissão

A via de transmissão de maior importância na disseminação da cisticercose é constituída pelos alimentos contaminados com ovos maduros de Tênia Solium e de Tênia Saginata (as tênias são também denominadas de "solitárias"). As pastagens podem ser contaminadas com fezes eliminadas diretamente nos campos de criação, por portadores humanos da tênia. Isso ocorre em função de haver uma promiscuidade entre a população humana e seus animais. A criação de suínos, quando desenvolvida sem condições técnicas mínimas, propicia muitas vezes que o porco possa ter acesso a fezes humanas contaminadas, permitindo que os ovos sejam ingeridos por esses animais. Esses fatos evidenciam o importante papel que o homem desempenha no processo de disseminação da doença para os animais, pois, quando os hábitos higiênicos são adequados, a doença não aparece. No caso especial, da Tênia Saginata, a permanente eliminação involuntária de ovos, através de proglotes do parasita adulto, pode levar a contaminação dos alimentos, tanto para animais como para o homem. Os ordenhadores com as mãos contaminadas com ovos de tênia podem contaminar as tetas da vaca e assim transmitir a doença ao bezerro.

A contaminação indireta dos alimentos pode ocorrer quando excretas humanas (água de esgoto), não tratadas de forma adequada, são utilizadas como fertilizantes na adubação de pastagens ou na agricultura.

A cisticercose humana pode ocorrer nos seguintes casos:

- Ingestão de alimentos contaminados com ovos da Tênia Solium, eliminados com as fezes de outrem (heteroinfecção);

- Descuido da higiene pessoal, levando à boca e ingerindo ovos da parasita, eliminados com suas próprias fezes (auto-infecção hexógena).

Patogenia

A ingestão de ovos maduros, isoladamente ou em massa, e indispensável para que a infecção seja efetivada. Ao atingir o estômago e o intestino, a ação do suco gástrico e da pepsina iniciam um processo de digestão, que se completa com a tripsina pancreática. Esse processo é seguido por uma atuação do embrião hexacanto pela ação combinada da bile, colesterol e da tripsina.

O embrião hexacanto só é libertado no aparelho digestivo de um hospedeiro adequado, e, quando está livre, utiliza seus ganchos (quando existem) e suas enzimas proteolíticas de sua secreção para alcançar o sistema circulatório, até encontrar sua localização definitiva: os musculos estriados, especialmente aqueles que apresentam maior irrigação e uma atividade intensa. Chegando aos músculos, os embriões abandonam os capilares da circulação e imobilizam-se nas fibras musculares, onde evoluirão até completar sua forma vesicular, denominada de Cysticercus.

Sintomatologia

O quadro sintomato1ógico e, de um modo geral, inaparente; entretanto, quando os cisticercos se localizam em pontos diferentes dos usuais, interferindo na atividade fisio1ógica de algum órgão ou no caso de infecções intensas, podemos observar algumas manifestações clínicas.

Durante a fase de disseminação, os sintomas, quando presentes, estão relacionados com a distribuição dos embriões nos diferentes tecidos e, nesses casos, podem-se observar:

- dificuldade na apreensão de alimentos, na mastigação e até mesmo uma pseudo-paralisia do maxilar inferior, no caso de infecção maciça dos músculos mastigadores e da língua;

- tosse seca e quitinosa nos ataques dos músculos ou da submucosa da laringe;

- transtornos cerebrais em casos de infecções intensas.

No homem, as consequências da cisticercose, quando algum sintoma clínico se manifesta, são de modo geral, graves, tanto no globo ocular, como no cérebro, nos músculos ou no coração.

Tratamento

Não se conhece nenhum procedimento terapêutico eficaz e seguro contra a cisticercose no homem ou nos animais. Nos casos humanos, após o diagnóstico laboratorial ou radiológico, pode ser feita cirurgia, podendo apresentar algum resultado satisfatório.

Profilaxia

Como medidas profiláticas, é preciso considerar vários aspectos:

- identificar os portadores da tênia, através de exames de fezes ou quando houver relato de eliminação de ovos do parasita por algum indivíduo;

- submeter aos exames diagnósticos para teníase todo o pessoal envolvido;

- realizar o tratamento com vermífugo apropriado nos portadores da tênia;

- não lançar esgotos nos cursos de água ou nos campos de criação sem antes garantir a estabilização dos mesmos;

- assegurar a educação sanitária às populações rurais, orientando para que as defecações sejam feitas em banheiros e que os mesmos possuam fossas;

- evitar que os animais tenham acesso aos esgotos ou latrinas ao ar livre; - não utilizar a água contaminada de esgotos para irrigação de plantações, tampouco devem ser utilizadas fezes humanas não tratadas como adubo;

- medidas de higiene alimentar devem ser tomadas, visando evitar a ingestão de ovos de Tênia Solium com os alimentos;

- a higiene das mãos deve ser incentivada após as defecações.

Essas providências podem, sem dúvida, resultar em um controle efetivo das cisticercoses e, por conseqüência, das teníases. Entretanto, é válido reforçar que os hábitos de higiene devem ser constantemente difundidos entre os trabalhadores rurais e do ramo de alimentos, bem como donas-de-casa, permitindo que haja uma melhora nas suas condições de trabalho e de vida.

Fonte: www.bichoonline.com.br

Cisticercose

É uma doença causada pelas larvas da Taenia adquiridas através da ingestão de alimentos e água contaminados com os ovos do verme e pode ser grave. No intestino, os ovos se transformam em larvas que podem se deslocar para várias partes do corpo, tais como: músculos, cérebro, pulmões, olhos e coração causando convulsões, distúrbios mentais, cegueira e até a morte.

Sintomas

Os primeiros sintomas são: dores de cabeça, convulsões e dificuldade para andar.

Prevenção

  • Comer carnes e seus derivados bem cozidos e adquiridos em estabelecimentos comercias sujeitos à fiscalização sanitária.
  • Usar somente água filtrada ou fervida para beber.
  • As verduras devem ser bem lavadas antes de consumidas.
  • Dar destinação adequada às fezes humanas, através de medidas de saneamento básico: fossas sépticas e rede de esgoto.
  • Lavar as mãos antes das refeições, de preparar alimentos e após o uso do sanitário.
  • Fazer exames periódicos de fezes, procurando tratamento, quando necessário.
  • Os porcos devem ser criados longe de valas de esgoto, águas e solos contaminados por fezes humanas.

Fonte: www.saude.rj.gov.br

cisticercose

A cisticercose é a doença causada pela larva Taenia Solium, popularmente conhecida como solitária. Desde antes de Cristo, já se descreviam a cisticercose em suínos. Historiadores mencionam que a heroína Joana D'arc sofria da doença, daí as suas alucinações visuais. Desde então a doença foi correlacionada com o porco, fato difundido erroneamente até os nossos dias. A solitária se aloja em qualquer parte do corpo humano e na sua forma mais grave, vai para o sistema nervoso central - provocando a Neurocisticercose.

O seu único hospedeiro definitivo é o ser humano. Como hospedeiro intermediário encontramos não só os suínos, mas também os coelhos, lebres, gatos, cães, carneiros e bovinos. Este cisto que tem a forma ovalar de tamanho variado chama-se Cysticercus cellulosae. A Teníase é uma doença que muitas vezes passa desapercebida, porque seus sintomas - vômitos, flatulência, mal estar gástrico, que podem ter outras causas.

Após três meses da infestação do cisto, a Taenia já localizada no intestino delgado começa a soltar anéis com ovos. Geralmente solta de 5 a 6 anéis por semana. Cada anel tem de 40 a 80 mil ovos. Estes anéis podem sair com as fezes. No entanto, muitos se rompem no intestino e os ovos podem permanecer vivos por até 300 dias, conforme o organismo. A Taenia solium pode atingir até 10 metros de comprimento e viver por até 8 anos ou mais no intestino do ser humano.

Contaminação

O indivíduo portador da solitária pode se auto-contaminar ao não fazer corretamente a higiene após evacuar, levando a mão à boca. O ponto crucial do ciclo está nas fezes humanas contaminadas, onde um indivíduo portador da Teníase pode evacuar em local inadequado, no campo por exemplo e as fezes ressecando-se ao sol, tomam os ovos mais leves o que facilita a sua propagação à grandes distâncias, contaminado hortas ou rios. Não existe um elemento químico capaz de inativar o ovo, somente com uma fervura acima de 90' centígrados. A incidência desta doença vem se intensificando em todo o mundo, até nos Estados Unidos, onde, antigamente era considerada rara.

Segundo estudos do Professor Titular de Neurocirurgia da Universidade Federal do Paraná, Affonso Antoniuk, em noventa e dois mil casos com patologias diversas, nos quais foram realizados exames de tomografia cornputadorizada de crânio, no ano de 1993, em Curitiba, cerca de 9,% dos casos registrou pacientes com neurocisticercose.

No Paraná, as cidades de maior incidência são Guarapuava, União da Vitória e Francisco Beltrão, que atingem cerca de 20% de ocorrências. As formas encontradas na maioria dos casos foram 80% de calcificações, denotando cisticercoses mortos. A localização das larvas são as mais variadas e bizarras possíveis. Os casos de Hidrocefalia são de complicação gravíssima, pois cerca de 5O% dos pacientes, com este diagnóstico, morrem em 10 anos, com qualquer tratamento que se faça. A idade onde mais ocorre a doença é entre 20 e 50 anos, e o índice de ocorrência nos homens é de 53% e nas mulheres 47%.

Conforme Antoniuk, os estudos realiza- dos no Hospital de Clínicas da UFPR, indicam que metade dos leitos do setor de Neurocirurgia, são ocupados por paciente portadores de neurocisticercose. E, ainda, de 350 pacientes com casos de crises convulsivas - ataques epiléticos - 33% eram porta- dores de neurocisticercose.

Erradicação

Há enfermidades que até o presente momento nada se pode fazer para evitá-las, mas outras como a cisticercose podem e devem ser exterminadas. "O primeiro passo é tratar e eliminar a solitária de todo humano infectado, o que se faz hoje com 2 a 4 comprimidos de medicamento adequado e sem efeitos colaterais. Detectar o indivíduo infectado é muito difícil, o que se impõe, é dar medicamento específico para toda a coletividade, que vive próximo aos locais de risco. Sê possível, medicar a população em geral", afirma o professor.

Para ele, o saneamento básico se toma primordial, com a construção de privadas com fossa, além de uma educação elemento sobre métodos de higiene. "Também, a fiscalização das carnes comercializadas, de forma séria por veterinários governamentais e não como atualmente por funcionários dos frigoríficos. Ou seja, é necessário uma ação conjunta para erradicar de vez este flagelo" complementa.

Fonte: www.amp.org.br

Reagente biológico faz diagnóstico da neurocisticercose



Foi desenvolvido na USP um reagente biológico para o diagnóstico mais rápido e barato da neurocisticercose - a mais grave e freqüente das infeções que ataca o sistema nervoso central. Atualmente, a doença é diagnosticada pela tomografia e punção de líquor, exames caros e não disponíveis na rede pública.

Cisticercose

Para quem quer saber mais sobre essa doença causada pela Tênia:

A incidência de indivíduos portadores desta doença vem aumentando em todo o mundo. Há 15 anos, era rara nos Estados Unidos. Hoje é a parasitose do sistema nervoso mais freqüente, tanto em crianças como em adultos, não só nos Estados Unidos, como também no mundo todo.

No Brasil, a maioria dos casos é registrada nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
O ponto crucial da transmissão está nas fezes humanas contaminadas com os ovos da Taenia solium. Um indivíduo com teníase pode evacuar em local impróprio (campo, mato, perto de riachos, em instalações sanitárias inadequadas, etc.) e, deste modo, espalhar os ovos microscópicos da tênia que, fatalmente, irão contaminar fontes de água, lavouras, etc.
O homem se contamina ingerindo os ovos presentes na água ou em alimentos, como verduras mal lavadas.
Os portadores de teníase têm facilidade de adquirir a cisticercose, porque, nesta fase, pode ocorrer o rompimento dos proglótides grávidos dentro do intestino ou do estômago pelo refluxo do conteúdo intestinal.

Há também a possibilidade de contaminação, quando pessoas com debilidade mental ingerem as próprias fezes.
Uma vez no interior do organismo, os ovos liberam os embriões que, através da circulação sangüínea, se distribuem pelo corpo todo, onde se fixam e encistam-se, formando as vesículas com as larvas no seu interior, denominadas cisticercos. Desta forma, o homem está com a cisticercose é o hospedeiro intermediário da T. solium.

A cisticercose humana é doença gravíssima, pois os cisticercos se localizam no sistema nervoso central (neurocisticercose), nos olhos, músculos, etc. Nestes locais, podem permanecer até 30 anos, determinando crises convulsivas, cefaléias, vômitos, alterações de visão, hidrocefalia e até mesmo a morte.

Os ovos das tênias são muito resistentes à inativação através de substâncias químicas, mas podem ser destruídos pela cocção ou fervura acima de 90ºC.
Desta forma, os cuidados higiênicos são importantes para se evitar a transmissão desta doença. Há enfermidade contra as quais, até o presente momento, nada se pode fazer para exterminá-las; outras, no entanto, como a cisticercose devem e podem ser eliminadas de nossa população.

Fonte: http://www.brasilescola.com/doencas/cisticercose.htm