Camada de Ozônio
A camada de ozônio é a camada terrestre que impede a penetração dos raios ultravioletas (raios muito fortes que vêm do Sol em direção aos planetas) que com sua alta temperatura podem derreter geleiras, por exemplo, causando ondas gigantes. Hoje, há um buraco nessa camada muito próximo à Antártica (local muito frio, cheio de geleiras, que fica no pólo sul da Terra), podendo causar graves problemas.
E como ocorre a formação desse buraco?
Na fumaça das queimadas, na fumaça dos carros, das fábricas e indústrias, do lixo tóxico... enfim, muitas coisas que poderiam ser evitadas por nós.
E o que fazer para acabar com essa poluição?
Comece fazendo a sua parte, fale a seus pais para colocarem filtros nos carros, não jogue lixo na rua, junte-se com amigos da escola e promovam uma campanha... Após você fazer a sua parte, as outras pessoas se espelharão em você e seguirão o mesmo caminho, e é assim que teremos um mundo mais limpo!
O buraco na camada de ozônio
Lá no céu, acima do ar que respiramos, há uma camada de um gás chamado ozônio. Ela nos ajuda bloqueando os raios do sol que podem fazer mal à nossa pele, e deixando passar os raios que são bons para nós. É uma sorte termos o ozônio para nos proteger.
Agora a camada de ozônio está sendo danificada por gases feitos pelo homem. Os gases são chamados de CFCs e halóides. São usados em geladeiras, extintores de incêndio, condicionadores de ar, espumas plásticas e algumas outras coisas.
Os CFCs flutuam para o alto da atmosfera, onde está situada a camada de ozônio, e "devoram" o ozônio.
Os cientistas estão muito preocupados com a camada de ozônio porque grande parte dela desapareceu em apenas alguns anos. Por isso, é muito importante fazer alguma coisa para que ela não continue a se desfazer.
Fonte: www.plenarinho.gov.br
Camada de Ozônio
"Estamos frente ao maior perigo que a humanidade já enfrentou." Essas palavras foram proferidas pelo Dr. Mostafa Toba, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente. A seguir, nós vamos verificar que elas não são exageradas.
O ozônio é um gás atmosférico azul-escuro, que se concentra na chamada estratosfera, uma região situada entre 20 e 40 km de altitude. A diferença entre o ozônio e o oxigênio dá a impressão de ser muito pequena, pois se resume a um átomo: enquanto uma molécula de oxigênio possui dois átomos, uma molécula de ozônio possui três.
Essa pequena diferença, no entanto, é fundamental para a manutenção de todas as formas de vida na Terra, pois o ozônio tem a função de proteger o planeta da radiação ultravioleta do Sol. Sem essa proteção, a vida na Terra seria quase que completamente extinta.
O ozônio sempre foi mais concentrado nos pólos do que no equador, e nos pólos ele também se situa numa altitude mais baixa. Por essa razão, as regiões dos pólos são consideradas propícias para a monitoração da densidade da camada de ozônio.
Desde 1957 são feitas medições na camada de ozônio acima da Antártida e os valores considerados normais variam de 300 a 500 dobsons. No ano de 1982, porém, o cientista Joe Farman, juntamente com outros pesquisadores da British Antartic Survey, observaram pela primeira vez estranhos desaparecimentos de ozônio no ar sobre a Antártida. Como estavam usando um equipamento já um tanto antigo, e os dados que estavam coletando não tinham precedentes, em vista da grande diminuição da concentração do gás (cerca de 20% de redução na camada de ozônio), acharam por bem aguardar e fazer novas medições em outra época, com um aparelho mais moderno, antes de tornar público um fato tão alarmante. Além disso, o satélite Nimbus 7, lançado em 1978 com a função justamente de monitorar a camada de ozônio, não havia até então detectado nada de anormal sobre a Antártida.
Joe Farman e seus colegas continuaram medindo o ozônio na Antártida nos dois anos seguintes, no período da primavera, e constataram não só que a camada de ozônio continuava diminuindo como ainda que essa redução tornava-se cada vez maior.
Agora estavam usando um novo equipamento, o qual lhes indicou, em 1984, uma redução de 30% na camada de ozônio, valor este confirmado por uma outra estação terrestre situada a 1.600 km de distância. Nos anos seguintes a concentração de ozônio continuou a cair na época da primavera e, em 1987, verificou-se que 50% do ozônio estratosférico havia sido destruído, antes que uma recuperação parcial ocorresse com a chegada do verão antártico.
O satélite Nimbus 7 não havia detectado as primeiras reduções na camada de ozônio por uma razão muito simples: ele não havia sido programado para detectar níveis de ozônio tão baixos. Valores abaixo de 200 dobsons eram considerados erros de leitura, e por isso não eram levados em conta…
Os cientistas não podiam prever que uma alteração tão drástica na ordem natural pudesse ocorrer, e por essa razão não haviam considerado essa hipótese.
Num artigo científico escrito em 1987, Joe Farman declarou: "Antes de 1985 todos os químicos atmosféricos pensavam que estavam no caminho certo de compreenderem o ozônio. As observações e os modelos propostos se harmonizavam. Mudanças observadas e previstas eram de menos de 1% por década. Entretanto, sobre a Antártida a destruição é hoje em dia superior a 50%, e isto por um período entre 30 e 40 dias a cada ano."
Naquela época Joe Farman ainda não podia imaginar que a destruição ainda aumentaria muito mais nos próximos anos, que o buraco se alargaria, que sua ocorrência não ficaria restrita a alguns dias por ano, que apareceria um segundo buraco no Ártico e que surgiriam outros pontos no globo com decréscimo do nível de ozônio.
De fato, já mesmo em 1987 foram detectadas ocorrências menores, apelidadas de "mini-buracos", que apareceram próximos à região polar. O próprio buraco antártico apresentou variações inconcebíveis naquele ano: em outubro havia desaparecido nada menos que 97,5% do ozônio detectado em agosto, na altitude de 16,5 km.
Em seu livro O Buraco no Céu, publicado em 1988, John Gribbin afirma que mesmo que não houvesse sido detectado o buraco no ozônio na Antártida, os anos de 1986 e 1987 já teriam dado motivos de sobra para preocupação. Medições de satélite indicaram, já naquela época, uma "impressionante diminuição geral na concentração de ozônio estratosférico ao redor do globo." Essa redução já havia alcançado o sul da América do Sul, Austrália e Nova Zelândia, esta última com um decréscimo de 20%. A Suíça também mostrou preocupação na época, quando medições feitas com instrumentos em terra revelaram um estreitamento da camada de ozônio sobre o país.
Em 1991, a NASA anunciou que o ozônio estratosférico sobre a Antártida havia atingido o nível mais baixo até então registrado: 110 dobsons para um nível esperado de 500 dobsons. Também em 1991, o Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (PNUMA) revelou que, pela primeira vez, estava-se produzindo uma perda importante do ozônio tanto na primavera como no verão, e tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul, em latitudes altas e médias. Este fato fez crescer a apreensão geral, já que no verão os raios solares são muito mais perigosos que no inverno.
Em 1992 verificou-se que havia-se formado um buraco também sobre o Ártico, com uma redução de 20% do ozônio. O novo buraco do Ártico não só permaneceu como continuou aumentando: nos três primeiros meses de 1996 ele cresceu mais de 30%, estabelecendo um novo recorde.
Ainda em 1992 os pesquisadores constataram que a destruição estava se generalizando mais ainda, ocorrendo de forma global desde a Antártida até o Ártico, nos trópicos e nas regiões de latitudes médias, com uma redução variando entre 10% e 15%. A partir daquela época, os habitantes das ilhas Falklands/Malvinas passaram a ficar expostos ao buraco todos os anos durante o mês de outubro.
A figura abaixo mostra a variação do buraco na Antártida ano a ano, de 1979 até 1992. Observa-se um crescimento contínuo durante a década de 80, com ligeira redução de suas dimensões nos anos de 1986 e 1988. A partir de 1989, porém, o buraco não se reduz mais.
Em setembro de 1994, 226 cientistas de 29 países entregaram à OMM um relatório onde afirmavam que de 1992 a 1994 haviam sido registrados "níveis recordes" de destruição da camada de ozônio.
O gráfico abaixo mostra a variação da concentração média de ozônio sobre a Antártida nos meses de outubro, medida em unidades Dobson, de 1960 a 1994:
Em 1995 a OMM avisou que o buraco na camada de ozônio na Antártida havia atingido o tamanho recorde de 10 milhões de km², área aproximadamente igual a da Europa. A revista Veja do mês de setembro de 1995 reagiu desta forma ao anúncio da OMM: "O cenário de homens consumidos por violentos carcinomas de pele voltou a povoar os pesadelos do século com o anúncio feito na semana passada pela Organização Meteorológica Mundial." Em novembro daquele ano, também de acordo com a OMM, o buraco apresentava a maior área já registrada para aquela época do ano, em seu movimento cíclico de expansão e redução: 20 milhões de km². Entre setembro e outubro de 1996, o tamanho da destruição era de nada menos que 22 milhões de km²...
O efeito imediato da redução da camada de ozônio é o aumento da nociva radiação ultravioleta UV-B (veja mais detalhes adiante). No ano de 1993, o Dr. Paul Epstein, da Universidade de Harvard, alertava que em razão do aumento da radiação ultravioleta, o bacilo do cólera poderia estar sofrendo mutações mais aceleradas, adquirindo fatores resistentes a antibióticos presentes nos gigantescos blocos de algas flutuantes nos mares.
Em 1995, o Instituto Scripps de Oceanografia de San Diego, Califórnia, informou que partes da América do Norte e Europa Central, o Mediterrâneo, a África do Sul, a Argentina e o Chile já estavam sendo submetidos a aumentos significativos de irradiação…
Em 1996 o buraco sobre o hemisfério norte começou dois meses mais cedo e foi o mais profundo e duradouro até então observado. Em março daquele ano, o assessor especial da Organização Meteorológica Mundial, Romen Boykov, alertou: "Não estamos falando de regiões desérticas, mas de regiões povoadas, onde os níveis de radiação duplicaram. Isso é muito preocupante!" Boykov fazia referência agora à redução constatada de 45% de ozônio em um terço do hemisfério norte.
Apesar da gravidade da situação, nenhuma matéria sobre o assunto foi publicada nas revistas Science e Nature, os periódicos científicos mais importantes do mundo. Este fato não passou despercebido ao pesquisador Jim Scanlon. Segundo ele, os investidores são muito suscetíveis a notícias "não otimistas", e os grandes jornais procuram filtrar informações que possam ser consideradas negativas para os negócios. Jim Scanlon afirmou que o buraco na Antártida é reportado com grande nível de detalhe porque afeta relativamente poucas pessoas, em regiões isoladas. Já o buraco no Ártico não é reportado porque afeta cerca de 80 milhões de pessoas no hemisfério norte.
É bem possível que Jim Scanlon tenha razão no que diz. Eu mesmo pude constatar que alguns sites da Internet, alegadamente dispondo de dados científicos sobre a destruição da camada de ozônio, só podiam ser acessados por pessoas autorizadas.
Os dados disponíveis em 1996 indicavam que a média anual de radiação ultravioleta no hemisfério norte estava aumentando 6,8% por década, incluindo áreas da Inglaterra, Alemanha, Rússia e Escandinávia. No hemisfério sul, a taxa de crescimento da radiação era de 9,9% por década, atingindo o sul da Argentina e do Chile. O cientista atmosférico Jay Herman avisou: "O aumento da radiação UV-B é maior nas latitudes altas e médias, onde a maioria das pessoas mora e onde a maior parte da agricultura ocorre." No Brasil, no início de 1997, chegava a notícia de que sobre os Estados do Nordeste o nível de radiação ultravioleta havia aumentado 40% em comparação com igual período de 1996…
Em março de 1997 as coisas pioraram. Sobre a Argentina e o Chile surgiu um novo buraco, dissociado do existente sobre o pólo Sul e cobrindo extensas áreas de ambos os países, incluindo as capitais Buenos Aires e Santiago. Foram registradas medições de 180 e 210 dobsons. De acordo com o jornalista argentino Uki Goñi, a população da Argentina não foi convenientemente alertada pelo Departamento do Clima. Os responsáveis disseram que o episódio tinha "apenas interesse científico", e que a população não deveria ficar alarmada... Goñi informou também que na latitude equivalente do hemisfério norte teria surgido um buraco semelhante, sobre Washington ou Roma.
Enquanto surgia o novo buraco sobre a Argentina e o Chile, o pioneiro sobre o pólo Sul aparecia mais cedo. O ozônio começou a decrescer já em março, registrando-se um nível de 225 dobsons; em maio o buraco sobre a Antártida já estava completamente formado. Era a primeira vez que isto acontecia.
No Ártico a situação não era melhor. O Dr. Pawan K. Bhartia, cientista do projeto TOMS (Total Ozone Mapping Spectromer) avisava que estavam sendo detectados os mais baixos valores já medidos de ozônio nos meses de março e abril: 219 dobsons. Os dados de satélite indicavam que a área afetada estendia-se por 5,3 milhões de quilômetros quadrados.
Como é de praxe, já começaram a aparecer algumas idéias mirabolantes para resolver o problema crescente da destruição da camada de ozônio no planeta. Pesquisadores russos apresentaram um estudo segundo o qual seria possível reparar a camada de ozônio utilizando equipamentos de raios laser e satélites. O projeto consiste na montagem de um sistema com 30 a 50 satélites que bombardeariam a atmosfera com raios laser ultrapotentes, estimulando a produção de até 20 milhões de toneladas anuais de ozônio; esses cientistas acreditam que o problema pode ser contornado em dez anos, a um custo estimado de 100 bilhões de dólares... Tem gente também que quer fabricar ozônio no solo e comboiá-lo até a estratosfera em foguetes, grandes jatos e balões...
Apenas com base numa amostragem de todos os fracassos humanos já colecionados nas tentativas anteriores de dominar, intervir ou até mesmo prever fenômenos da natureza, já podemos afirmar, sem medo de errar, que mesmo que tais projeto fossem exeqüíveis, o resultado final seria mais um fiasco. Se for para incentivar atitudes desse tipo, exacerbadas e irrealistas, é melhor que se continue apresentando outras iniciativas, também inócuas mas pelo menos não tão dispendiosas, como a desesperada proibição da fabricação de CFC e a decretação do "Dia Internacional do Ozônio", comemorado em 16 de setembro de cada ano.
Mas quais são os efeitos que a redução da camada de ozônio pode trazer ao planeta, e aos seres humanos em particular? Devastadores talvez seja um adjetivo adequado.
Em 1975, um cientista chamado Mike McElroy, ao estudar os efeitos que adviriam de uma destruição da camada de ozônio, advertiu que isto poderia ser usado como uma nova arma de guerra. Um composto químico como o bromo, se lançado deliberadamente na atmosfera, daria origem a um buraco na camada de ozônio sobre o território inimigo, incapacitando pessoas desprotegidas e destruindo plantações.
Se a destruição da camada de ozônio já foi imaginada como uma arma de guerra, o leitor pode bem fazer uma idéia dos efeitos a que estarão sujeitos a população e o meio ambiente com esse acontecimento.
Nós conseguimos perceber com os nossos sentidos uma parte da energia emitida pelo Sol, através da luz e do calor. Mas o Sol emite energia também fora da faixa que denominamos luz visível, e que não é portanto percebida pelos nossos olhos. A faixa "acima" da luz visível é chamada infravermelha e a faixa "abaixo" dela é chamada ultravioleta. "Acima" e "abaixo" significam comprimentos de onda de irradiação maiores ou menores. Mas isso não vem ao caso, o que interessa saber é que irradiações com comprimentos de onda menores contêm muito mais energia concentrada, sendo portanto muito mais fortes, ou, em outras palavras, muito mais perigosas.
A natureza, sabiamente, protegeu o planeta Terra com um escudo contra a irradiação ultravioleta prejudicial. Esse escudo, a camada de ozônio, absorve grande parte da radiação ultravioleta perigosa, impedindo que esta chegue até o solo.
Toda a vida na Terra é especialmente sensível à radiação ultravioleta com comprimento de onda entre 290 a 320 nanômetros. Tão sensível, que essa radiação recebe um nome especial: UV-B, que significa "radiação biologicamente ativa". A maior parte da radiação UV-B é, pois, absorvida pela camada de ozônio, mas mesmo a pequena parte que chega até a superfície é perigosa para quem se expõe a ela por períodos mais prolongados.
A UV-B provoca queimaduras solares e pode causar câncer de pele, inclusive o melanoma maligno, freqüentemente fatal. A Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental estima que 1% de redução da camada de ozônio provocaria um aumento de 5% no número de pessoas que contraem câncer de pele. Em setembro de 1994 foi divulgado um estudo realizado por médicos brasileiros e norte-americanos, onde se demonstrava que cada 1% de redução da camada de ozônio, desencadeava um crescimento específico de 2,5% na incidência de melanomas. A incidência de melanoma, aliás, já está aumentando de forma bastante acelerada. Entre 1980 e 1989, o número de novos casos anuais nos Estados Unidos praticamente dobrou; segundo a Fundação de Câncer de Pele, enquanto que em 1930 a probabilidade de as crianças americanas terem melanoma era de uma para 1.500, em 1988 essa chance era de uma para 135.
Em 1995 já se observava um aumento nos casos de câncer de pele e catarata em regiões do hemisfério sul, como a Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Patagônia. Em Queensland, no nordeste da Austrália, mais de 75% dos cidadãos acima de 65 anos apresentam alguma forma de câncer de pele; a lei local obriga as crianças a usarem grandes chapéus e cachecóis quando vão à escola, para se protegerem das radiações ultravioleta. A Academia de Ciências dos Estados Unidos calcula que apenas naquele país estejam surgindo anualmente 10 mil casos de carcinoma de pele por causa da redução da camada de ozônio. O Ministério da Saúde do Chile informou que desde o aparecimento do buraco no ozônio sobre o pólo Sul, os casos de câncer de pele no Chile cresceram 133%; atualmente o governo fez campanhas para a população utilizar cremes protetores para a pele e não ficar exposta ao Sol durante as horas mais críticas do dia.
O Dr. Signey Lerman, da Universidade Emory, na Geórgia, elaborou um estudo onde afirma que a redução de 1% na camada de ozônio provocaria, só nos Estados Unidos, um aumento de 25 mil casos anuais de catarata na vista... Há estimativas indicando que uma redução de 50% na camada de ozônio em redor do planeta provocaria cegueira e queimaduras de pele com formação de bolhas num prazo de dez minutos.
A radiação UV-B também inibe a atividade do sistema imunológico humano, o mecanismo natural de defesa do corpo. Além de tornar mais fáceis as condições para que os tumores se desenvolvam sem que o corpo consiga combatê-los, supõe-se que haveria um aumento de infecções por herpes, hepatite e infecções dermatológicas provocadas por parasitas.
A maior parte das plantas ainda não foi testada quanto aos efeitos de um aumento da UV-B, mas das 200 espécies analisadas até 1988, dois terços manifestaram algum tipo de sensibilidade. A soja, por exemplo, apresenta uma redução de 25% na produção quando há um aumento de 25% na concentração de UV-B. O fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha, assim como as larvas de alguns peixes, também sofrem efeitos negativos quando expostos a uma maior radiação UV-B. Já se constatou também que rebanhos apresentam um aumento de enfermidades oculares, como conjuntivite e até câncer, quando expostos a uma incidência maior de UV-B.
Ressalte-se que todos esses efeitos são ocasionados por um ligeiro acréscimo da radiação UV-B. Existe, contudo, um outro tipo de radiação ainda mais temível: a UV-C. A radiação UV-C apresenta comprimentos de onda entre 240 e 290 nanômetros e é (até agora) completamente absorvida pelo ozônio estratosférico. Sabe-se que a UV-C é capaz de destruir o DNA (ácido desoxirribonucléico), a molécula básica da vida, que contém toda a informação genética dos seres vivos. Nas palavras de John Gribbin, "ninguém é capaz de afirmar com certeza quais seriam as conseqüências de deixar essa radiação chegar até a superfície da Terra…"
A camada de ozônio tem, pois, uma importância crucial para a vida na Terra. Sua destruição equivale a uma redução da capacidade imunológica do planeta. Agora, na época do Juízo, o ser humano que por milênios viveu de forma antinatural perdeu o direito de manter-se protegido de efeitos nocivos, sejam doenças oportunistas ou radiação ultravioleta danosa. A AIDS e a redução da camada de ozônio têm muito em comum. São efeitos similares em escalas diferentes, pois a causa de ambos os processos é a mesma: a intensificação do Juízo Final na Terra. Ambos os acontecimentos retiram dos seres humanos a proteção previamente existente contra agentes prejudiciais à saúde. Num caso, a radiação ultravioleta maléfica, no outro, as doenças oportunistas que atacam o organismo debilitado pelo vírus HIV, causador da AIDS.
A explicação da ciência, naturalmente, está longe dessa conclusão. A tese mais aceita hoje em dia é que o buraco do ozônio foi causado pelo próprio ser humano, através da contínua emissão na atmosfera de um composto químico, o clorofluorcarbono, mais conhecido como CFC. O átomo de cloro desse composto é apontado como o vilão da história; alguns estudos sugerem que um único átomo de cloro é capaz de destruir cem mil moléculas de ozônio.
Naturalmente, não se pode negar a influência da poluição gerada pelo ser humano nos desequilíbrios do meio ambiente, pródigo que é ele em conspurcar tudo o que está a seu alcance. Mas a magnitude e velocidade da destruição da camada de ozônio não pode ser explicada apenas pela maior concentração de CFC na atmosfera. Uma matéria de setembro de 1995 da revista Veja sobre o assunto informava que os CFCs encaixavam-se muito bem no modelo químico de destruição do ozônio, e por isso ficaram com a pecha de culpados. "Até o momento, não há melhor explicação para o fenômeno", dizia a reportagem.
Até agora, os modelos matemáticos que tentaram prever o decréscimo futuro da camada de ozônio com base na quantidade de CFC existente na atmosfera falharam completamente. Os dados do satélite Nimbus 7 indicavam (até 1988) que o ozônio em latitudes mais setentrionais vinha desaparecendo quatro a seis vezes mais rápido do que o previsto nos modelos científicos.
Além disso, nenhum dos modelos previu a formação dos buracos sobre a Antártida e o Ártico, tampouco a redução do ozônio em latitudes médias. A NASA tentou esclarecer: "A habilidade da atmosfera em compensar as perdas de ozônio é menor do que pensávamos." Muito convincente.
O fato é que a redução da camada de ozônio não pode ser explicada apenas pela maior concentração de cloro na atmosfera. John Gribbin, por exemplo, apesar de concordar com a idéia do CFC, deixa algumas dúvidas no ar em seu livro O Buraco no Céu, conforme se depreende dos trechos transcritos abaixo:
"Tudo se encaixa logicamente, envolvendo o cloro e o ClO no desenvolvimento do buraco (ainda que haja muito pouco ClO abaixo de uma altitude aproximada de 16 km, e sejam necessários mais estudos de química e dinâmica para explicar o que está acontecendo ali). (…) Parece que estão nos dizendo [os dados coletados por satélite] que, ultimamente, a destruição do ozônio estratosférico vem acontecendo duas vezes mais rápido do que se pode explicar mediante a soma de todos os efeitos, desde CFCs e óxido nitroso até atividade solar. (…) Sem dúvida, parte disso [a redução do ozônio] pode ser devida a mudanças do Sol. (…) É possível que efeitos relacionados à alteração na atividade solar tenham ajudado a formar as condições especiais sobre a Antártida, que têm permitido que o buraco cresça tanto, em tão breve espaço de tempo."
Em 1997 o consumo per capita de CFC nos países desenvolvidos havia caído de 300 gramas para 45 gramas, e geladeiras e aparelhos de ar condicionado já saíam de fábrica sem CFC. Nada disso fez a mínima diferença até agora.
A suposição de alterações na atividade solar como causa da redução da camada de ozônio não deveria ser negligenciada. Vimos, no tópico sobre o Sol, que a tempestade solar de 1972 acarretou um decréscimo de mais de 10% na concentração de ozônio da estratosfera. Um estudo mais detalhado mostrou que a destruição do ozônio sobre o pólo norte naquele ano foi de 16%. Ninguém ainda conseguiu estimar qual seria o efeito de uma outra explosão solar como a de 1972 agora, com os buracos nos pólos e a redução contínua do ozônio em diversas partes do globo.
Mas será que essa situação tão grave, da destruição da camada de ozônio, vem tendo a repercussão necessária? A repercussão é, sem dúvida, maior do que no caso das alterações do comportamento do Sol, porque trata-se de um fenômeno mais próximo da humanidade. Todavia, como as notícias, até agora, têm aparecido bastante espaçadas no tempo, acabam não tendo o impacto que poderiam e deveriam ter, mesmo porque o ser humano faz o que for preciso para esquecer o mais rapidamente possível qualquer coisa que lhe pareça desagradável.
Abaixo são reproduzidos alguns trechos de notícias ainda da primeira metade da década de 90 que, lidos em conjunto, dão uma idéia mais nítida do agravamento da situação:
Manchete: Destruição da Camada de Ozônio Atinge Europa (O Estado de S. Paulo - 21.10.91)
"A destruição da camada de ozônio não se limita mais à Antártida. A partir deste ano, vem atingindo também o norte da Europa, Sibéria, Alasca e Canadá. E, pela primeira vez, esse fato ocorreu na primavera e no verão. (...) O documento aponta ainda a destruição do ozônio nas altas e médias latitudes do hemisfério sul (Argentina, Chile, Austrália e Nova Zelândia). (…) Nas regiões temperadas não há propriamente um ‘buraco’ na camada de ozônio, mas várias falhas, ou seja, zonas onde o gás é muito rarefeito, como um tecido esgarçado que deixa passar a radiação ultravioleta do Sol."
Obs.: Essa analogia de "tecido esgarçado" pode ser comprovada pela visualização da imagem de satélite abaixo (obtida da NASA), que mostra as condições do ozônio no planeta em outubro de 1992. Quanto mais escura a área, mais rarefeita a camada de ozônio:
Fonte: www.msantunes.com.br
CAMADA DE OZÔNIO
Situada na estratosfera, entre 20 km e 35 km de altitude, a camada de ozônio tem cerca de 15 km de espessura. Sua constituição, há cerca de 400 milhões de anos, permitiu o desenvolvimento de vida na Terra, já que o ozônio, um gás rarefeito cujas moléculas se compõem de três átomos de oxigênio, impede a passagem de grande parte da radiação ultravioleta emitida pelo Sol.
A redução da concentração de ozônio na atmosfera provoca maior incidência dos raios ultravioleta, o que diminui a capacidade de fotossíntese nos vegetais e afeta as espécies animais. Nos seres humanos compromete a resistência do sistema imunológico e causa câncer de pele e doenças oculares, como a catarata.
Redução da camada-Como a composição da atmosfera nessa altitude é bastante estável, a camada de ozônio manteve-se inalterada por milhões de anos. Nas últimas décadas, entretanto, vem ocorrendo uma diminuição na concentração de ozônio, causada pela emissão de poluentes na atmosfera. O maior responsável é o cloro presente em clorofluorcarbonetos (CFCs). Ele é utilizado como propelente de sprays em embalagens de plástico, chips de computador, solventes para a indústria eletrônica e, especialmente, em aparelhos de refrigeração, como geladeira e ar-condicionado. A relação entre o CFC e a diminuição da camada de ozônio começa a ser discutida em 1974 pelo químico norte-americano Frank Rowland (1927-) e pelo mexicano Mario Molina (1943-), ambos ganhadores do Prêmio Nobel de Química de 1995. Dez anos depois, em 1984, é detectado um buraco na camada de ozônio sobre a Antártica, cuja extensão, 7.000.000 km², supera as previsões mais pessimistas.
Um novo inimigo é descoberto em 1992: o brometo de metila, um inseticida usado em plantações de tomate e morango, que existe em quantidade bem menor que o CFC, mas é muito mais prejudicial. Calcula-se que o bromo encontrado no brometo de metila seja responsável por 5% a 10% do total da destruição da camada de ozônio no mundo.
Políticas ambientais-Em 1987, 24 países assinam o Protocolo de Montreal, no Canadá, comprometendo-se a restringir à metade a produção de CFC até 1999. Em junho de 1990, a ONU determina o fim gradativo da fabricação de CFC até o ano 2010. No mesmo ano é criado o Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e Consumo das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, que pretende acabar com o uso de CFC no país até 2001.
Entre 1988 e 1995, a utilização de CFC cai 76% no mundo inteiro. Os Estados Unidos, em 1994, substituem totalmente o produto, assim como vários países-membros da União Européia. O Brasil reduz o consumo em 31%. Em julho de 1998, a Comissão Européia anuncia a intenção de reduzir as emissões de CFC, HCFC (hidroclorofluorocarbonos) e brometo de metila nos países da União Européia.
A entidade pretende proibir totalmente o uso de HCFCs até 2004 e a produção a partir de 2008. Os HCFCs passaram a ser usados para substituir o CFC; porém, embora menos prejudiciais, também atacam a camada de ozônio.O resultado dessas ações já pode ser sentido: a Organização Mundial de Meteorologia das Nações Unidas (OMM) registra em 1998 uma diminuição na quantidade de gases nocivos na atmosfera, com exceção do brometo de metila. Apesar disso, o buraco na camada de ozônio continua aumentando. Como eses gases levam cerca de seis anos para chegar à estratosfera, a OMM calcula que em 2001 a camada atingirá sua espessura mais crítica. A organização estima que, se as metas do Protocolo de Montreal continuarem a ser cumpridas, a camada só será recuperada na metade do próximo século.
Fonte: www.escolavesper.com.br
Camada de Ozônio
O ozônio é uma substância química formada por três átomos de oxigênio. O oxigênio, o gás que respiramos, começou a se acumular na atmosfera há aproximadamente 400 milhões de anos. Mas as moléculas de oxigênio, sob a ação constante dos raios ultravioletas (UV) do Sol, quebravam e depois se recombinavam, dando origem ao ozônio.
A camada de ozônio situa-se numa faixa de 25 a 30 km da estratosfera - a parte da atmosfera que vai de 12 a 40 km. O oxigênio absorve o excesso de radiação ultravioleta. Foi graças a esta capa protetora que a vida pôde evoluir em nosso planeta. Diminuindo a intesidade da chegada dos UV à superfície, o ozônio evita feridas na pele, câncer e mutações degenerativas. Ele funciona como um agente do sistema imunológico do planeta.
Sua ausência deixa todos expostos, indefesos ante os efeitos dos raios ultravioleta.
Em 1982, detectou-se, pela primeira vez, o desaparecimento de ozônio em áreas sobre a Antártida. Medições sucessivas constataram que a camada de ozônio era cada vez mais rarefeita. Atualmente esse fenômeno pode ser percebido não só no Pólo Sul, mas também sobre o Ártico, o Chile e a Argentina. Os cientistas apontam os clorofluorcarbonos como os responsáveis pela situação. Também chamados CFCs, os clorofluorcarbonos surgiram em 1931 para serem usados em refrigeradores, eram excelentes, pois, além de baratos, não eram tóxicos nem inflamáveis.
Os CFCs são compostos por cloro, flúor e carbono. Quando chegam à estratosfera, eles são decompostos pelos raios ultravioleta. O cloro resultante reage com o oxigênio, destruindo-o. O cloro liberado volta a atacar as moléculas de oxigênio, recomeçando o ciclo das reações. Cada átomo de cloro de CFC pode destruir 100 mil moléculas de oxigênio. É lógico que a forma de diminuir o buraco seria a não utilização deo CFC, como já acontece em vários países da Europa e EUA. O problema é que os CFCs são muito estáveis: depois de 139 anos, metade da quantidade liberada no ar ainda permanece na atmosfera. Por isso, eles têm muito tempo para subir até a estratosfera e começar o processo de destruição. Quer dizer: na metade do século XXI, a camada de ozônio ainda estará sofrendo os efeitos dos primeiros CFCs lançados na atmosfera.
Em Setembro de 1987, o Programa das Nações Unidas para proteção do Meio Ambiente conseguiu que um grupo de 31 países reunidos no Canadá assinasse o "Protocolo de Monteral", determinando a redução pela metade da produção mundial de CFC até o ano de 2000. Em 1989, o documento contava com a adesão de 81 países, inclusive o Brasil. Nessa ocasião, os signatários do protocolo decidiram interromper completamente a produção de CFC até o final do século XX. Em 1992, os Estados Unidos decidiram que suspenderiam sua produção em 1996. Logo depois, a Alemanha, a Dinamarca e a Holanda anunciaram que interromperiam a produção até 1994.
Há outras substâncias que também destroem a camada de ozônio e que até agora não sofreram nenhum tipo de proibição. São elas: tetracloreto de carbono, um solvente; clorofórmio, anestésico e solvente; e dióxido de nitrogênio, utilizado na composição do ácido nítrico. Como se pode perceber, o problema ainda está longe de uma solução definitiva.
Buraco de Ozônio
A camada de ozônio serve como uma proteção contra os raios ultravioleta. Hoje, sabe-se que ela pode ser destruída por substâncias como o clorofluorcarbono(CFC), usado em aerossóis, em geladeiras e aparelhos de ar-condicionado.
Na atmosfera, o CFC é quebrado pelos raios ultravioleta do sol, e o átomo de cloro é liberado. O cloro destrói a molécula de ozônio, formando monóxido de cloro e oxigênio.
Chuva ácida
A chuva ácida é um grave problema ambiental que tem origem nos grandes centros urbanos, pois resulta da reação de gases poluentes (trióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio) com a água da chuva. Sua acidez é capaz de corroer construções e monumentos.
O buraco na camada de ozônio
A camada de ozônio e uma "capa" desse gás que envolve a terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo a principal delas a radiação ultravioleta que é a principal causadora de câncer de pele. No último século, devido ao desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados produtos que emitem clorofluorcarbono, um gás que, ao chegar a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3) e assim causa a destruição dessa camada da atmosfera. Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas nocivos sobre a terra fica sensivelmente maior, aumentando as chances de contração do câncer.
Nas últimas décadas, tentou-se evitar ao máximo a utilizacao do CFC. Mesmo assim, o buraco na camada de ozônio continua aumentando, o que cada vez mais preocupa a população do mundo todo. A ineficiencia das tentativas de diminuir a produção de CFC no mundo, devido a dificuldade de substituir esse gás principalmente nos refrigeradores, fez com que o buraco da camada continua-se aumentando, o cada vez mais prejudica a própria humanidade.
Um exemplo do fracasso de uma tentativa de eliminar a produção de CFC no mundo foi a dos EUA, o maior produtor desse gás em todo o planeta. Em 1978, os EUA produziam, em aerossois, 470 mil toneladas de CFC que passaram a ser 235 mil em 1988. Em compensação, a produção de CFC em outros produtos, que era de 350 mil toneladas em 1978, passou a ser de 540 mil em 1988, mostrando a necessidade que se tem de utilizar esse gás na nossa vida quotidiana. E muito difícil encontrar uma solução para esse problema, mas de qualquer maneira, temos que evitar ao máximo a utilização desse gás para podermos garantir a sobrevivência de nossa própria espécie.
O buraco
A região mais afetada pela destruição da camada de ozônio e a Antártida. Nessa região, principalmente no mês de setembro, quase a metade da concentração de ozônio e misteriosamente sugada da atmosfera. Esse fenômeno deixa a merce dos raios ultravioletas uma area de 31 milhões de quilômetros quadrados, maior que toda a América do Sul, ou 15% da superfície do planeta.
Nas demais áreas do planeta, a diminuição da camada de ozônio também é sensível, de 3 a 7% do ozônio que a compunha ja foi destruído pelo homem.
Mesmo sendo menores que na Antártida, esses números são um enorme alerta ao que poderá acontecer se continuarmos a fechar os olhos para esse problema.
O que são os raios ultravioleta?
Raios ultravioleta são ondas semelhantes as ondas luminosas, que estão exatamente acima do extremo violeta do espectro da luz visível. O comprimento de onda dos raios ultravioleta varia de 4,1 x 10-4 ate 4,1 x 10-2 mm. As ondas prejudiciais de raios ultravioleta são as mais curtas.
A reação
As moléculas de clorofluorcarbono, ou Freon, passam intactas pela troposfera, que e a parte da atmosfera que vai dos 0 aos 10000 metros de altitude. Quando passam por essa parte, desembocam na estratosfera, onde os raios ultravioletas do sol estão em maior quantidade. Esses raios quebram as partículas de CFC (ClFC) liberando o átomo de cloro. Este átomo, então, rompe a molécula de ozônio (O3), formando monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2).
Mas a reação nao para por ai, logo o átomo de cloro libera o de oxigênio que se liga a um oxigênio de outra molécula de ozônio e o átomo de cloro passa a destruir outra molécula de ozônio, criando uma reação em cadeia. Por outro lado, existe a reação que beneficia a camada de ozônio:
Quando a luz solar atua sobre óxidos de nitrogênio, estes podem reagir liberando os átomos de oxigênio, que se combinam e produzem ozônio. Estes óxidos de nitrogênio são produzidos diariamente pela queima de combustíveis fósseis feita pelos carros. Infelizmente, a produção de CFC, mesmo sendo menor que a de óxidos de nitrogênio consegue, devido a reação em cadeia ja explicada, destruir muitas mais moléculas de ozônio que as produzidas pelos automóveis.
Porque na Antártida
Em todo o mundo, as massas de ar circulam, sendo que um poluente lancado no Brasil, pode ir parar na Europa devido as correntes de convecção. Na Antártida, por sua vez, devido ao rigoroso inverno de seis meses, essa circulação de ar não ocorre e então se formam círculos de convecção exclusivos daquela área. Assim, os poluentes atraídos durante o verão, ficam na Antártida até que sobem para a estratosfera. Quando chega o verão, os primeiros raios de sol já quebram as moléculas de CFC encontradas nessa área, iniciando a reação. Em 1988, foi constatado que na atmosfera da Antártida, a concentração de monóxido de cloro e cem vezes maior que em qualquer outro lugar do mundo.
No Brasil ainda há pouco com que se preocupar
No Brasil, a camada de ozônio ainda não perdeu 5% do seu tamanho original. Isso é o que dizem os instrumentos medidores do IMPE (Instituto de Pesquisas Espaciais). O instituto acompanha a movimentação do gás na atmosfera desde 1978 e até hoje não detectou nenhuma variação significante. Talvez isso se deva a pouca produção de CFC no Brasil em comparação com os países de primeiro mundo. Isso se deve a que no Brasil, apenas 5% dos aerossois utilizam CFC, já que aqui uma mistura de butano e propano e significativamente mais barata, e funciona perfeitamente em substituição do clorofluorcarbono.
Os males
A principal consequência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento da incidência de câncer de pele, já que os raios ultravioletas sao mutagênicos. Além disso, existe a hipótese que a destruição da camada de ozônio pode causar um desequilíbrio no clima, resultando no "efeito estufa", que acarretaria no descongelamento das geleiras polares e enfim, na inundação de muitos territórios que hoje podem ser habitados. De qualquer maneira, a maior preocupação dos cientistas e mesmo com o câncer de pele, cuja incidência já vem aumentando nos últimos vinte anos. Cada vez mais se indica evitar as horas em que o sol está mais forte e a utilização de filtros solares, únicas maneiras de se prevenir, e de se proteger a pele.
Fonte: www.trabalhoescolar.hpg.ig.com.br
Camada de Ozônio
"Estamos frente ao maior perigo que a humanidade já enfrentou." Essas palavras foram proferidas pelo Dr. Mostafa Toba, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente. A seguir, nós vamos verificar que elas não são exageradas.
O ozônio é um gás atmosférico azul-escuro, que se concentra na chamada estratosfera, uma região situada entre 20 e 40 km de altitude. A diferença entre o ozônio e o oxigênio dá a impressão de ser muito pequena, pois se resume a um átomo: enquanto uma molécula de oxigênio possui dois átomos, uma molécula de ozônio possui três.
Essa pequena diferença, no entanto, é fundamental para a manutenção de todas as formas de vida na Terra, pois o ozônio tem a função de proteger o planeta da radiação ultravioleta do Sol. Sem essa proteção, a vida na Terra seria quase que completamente extinta.
O ozônio sempre foi mais concentrado nos pólos do que no equador, e nos pólos ele também se situa numa altitude mais baixa. Por essa razão, as regiões dos pólos são consideradas propícias para a monitoração da densidade da camada de ozônio.
Desde 1957 são feitas medições na camada de ozônio acima da Antártida e os valores considerados normais variam de 300 a 500 dobsons1. No ano de 1982, porém, o cientista Joe Farman, juntamente com outros pesquisadores da British Antartic Survey, observaram pela primeira vez estranhos desaparecimentos de ozônio no ar sobre a Antártida. Como estavam usando um equipamento já um tanto antigo, e os dados que estavam coletando não tinham precedentes, em vista da grande diminuição da concentração do gás (cerca de 20% de redução na camada de ozônio), acharam por bem aguardar e fazer novas medições em outra época, com um aparelho mais moderno, antes de tornar público um fato tão alarmante. Além disso, o satélite Nimbus 7, lançado em 1978 com a função justamente de monitorar a camada de ozônio, não havia até então detectado nada de anormal sobre a Antártida.
Joe Farman e seus colegas continuaram medindo o ozônio na Antártida nos dois anos seguintes, no período da primavera, e constataram não só que a camada de ozônio continuava diminuindo como ainda que essa redução tornava-se cada vez maior. Agora estavam usando um novo equipamento, o qual lhes indicou, em 1984, uma redução de 30% na camada de ozônio, valor este confirmado por uma outra estação terrestre situada a 1.600 km de distância. Nos anos seguintes a concentração de ozônio continuou a cair na época da primavera e, em 1987, verificou-se que 50% do ozônio estratosférico havia sido destruído, antes que uma recuperação parcial ocorresse com a chegada do verão antártico.
O satélite Nimbus 7 não havia detectado as primeiras reduções na camada de ozônio por uma razão muito simples: ele não havia sido programado para detectar níveis de ozônio tão baixos. Valores abaixo de 200 dobsons eram considerados erros de leitura, e por isso não eram levados em conta…
Os cientistas não podiam prever que uma alteração tão drástica na ordem natural pudesse ocorrer, e por essa razão não haviam considerado essa hipótese.
Num artigo científico escrito em 1987, Joe Farman declarou: "Antes de 1985 todos os químicos atmosféricos pensavam que estavam no caminho certo de compreenderem o ozônio. As observações e os modelos propostos se harmonizavam. Mudanças observadas e previstas eram de menos de 1% por década. Entretanto, sobre a Antártida a destruição é hoje em dia superior a 50%, e isto por um período entre 30 e 40 dias a cada ano."
Naquela época Joe Farman ainda não podia imaginar que a destruição ainda aumentaria muito mais nos próximos anos, que o buraco se alargaria, que sua ocorrência não ficaria restrita a alguns dias por ano, que apareceria um segundo buraco no Ártico e que surgiriam outros pontos no globo com decréscimo do nível de ozônio.
De fato, já mesmo em 1987 foram detectadas ocorrências menores, apelidadas de "mini-buracos", que apareceram próximos à região polar. O próprio buraco antártico apresentou variações inconcebíveis naquele ano: em outubro havia desaparecido nada menos que 97,5% do ozônio detectado em agosto, na altitude de 16,5 km.
Em seu livro O Buraco no Céu, publicado em 1988, John Gribbin afirma que mesmo que não houvesse sido detectado o buraco no ozônio na Antártida, os anos de 1986 e 1987 já teriam dado motivos de sobra para preocupação. Medições de satélite indicaram, já naquela época, uma "impressionante diminuição geral na concentração de ozônio estratosférico ao redor do globo." Essa redução já havia alcançado o sul da América do Sul, Austrália e Nova Zelândia, esta última com um decréscimo de 20%. A Suíça também mostrou preocupação na época, quando medições feitas com instrumentos em terra revelaram um estreitamento da camada de ozônio sobre o país.
Em 1991, a NASA anunciou que o ozônio estratosférico sobre a Antártida havia atingido o nível mais baixo até então registrado: 110 dobsons para um nível esperado de 500 dobsons. Também em 1991, o Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (PNUMA) revelou que, pela primeira vez, estava-se produzindo uma perda importante do ozônio tanto na primavera como no verão, e tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul, em latitudes altas e médias. Este fato fez crescer a apreensão geral, já que no verão os raios solares são muito mais perigosos que no inverno.
Em 1992 verificou-se que havia-se formado um buraco também sobre o Ártico, com uma redução de 20% do ozônio. O novo buraco do Ártico não só permaneceu como continuou aumentando: nos três primeiros meses de 1996 ele cresceu mais de 30%, estabelecendo um novo recorde.
Ainda em 1992 os pesquisadores constataram que a destruição estava se generalizando mais ainda, ocorrendo de forma global desde a Antártida até o Ártico, nos trópicos e nas regiões de latitudes médias, com uma redução variando entre 10% e 15%. A partir daquela época, os habitantes das ilhas Falklands/Malvinas passaram a ficar expostos ao buraco todos os anos durante o mês de outubro.
A figura abaixo mostra a variação do buraco na Antártida ano a ano, de 1979 até 1992. Observa-se um crescimento contínuo durante a década de 80, com ligeira redução de suas dimensões nos anos de 1986 e 1988. A partir de 1989, porém, o buraco não se reduz mais.
Em setembro de 1994, 226 cientistas de 29 países entregaram à OMM um relatório onde afirmavam que de 1992 a 1994 haviam sido registrados "níveis recordes" de destruição da camada de ozônio.
O gráfico abaixo mostra a variação da concentração média de ozônio sobre a Antártida nos meses de outubro, medida em unidades Dobson, de 1960 a 1994:
Em 1995 a OMM avisou que o buraco na camada de ozônio na Antártida havia atingido o tamanho recorde de 10 milhões de km², área aproximadamente igual a da Europa2. A revista Veja do mês de setembro de 1995 reagiu desta forma ao anúncio da OMM: "O cenário de homens consumidos por violentos carcinomas de pele voltou a povoar os pesadelos do século com o anúncio feito na semana passada pela Organização Meteorológica Mundial." Em novembro daquele ano, também de acordo com a OMM, o buraco apresentava a maior área já registrada para aquela época do ano, em seu movimento cíclico de expansão e redução: 20 milhões de km². Entre setembro e outubro de 1996, o tamanho da destruição era de nada menos que 22 milhões de km²...
O efeito imediato da redução da camada de ozônio é o aumento da nociva radiação ultravioleta UV-B (veja mais detalhes adiante). No ano de 1993, o Dr. Paul Epstein, da Universidade de Harvard, alertava que em razão do aumento da radiação ultravioleta, o bacilo do cólera poderia estar sofrendo mutações mais aceleradas, adquirindo fatores resistentes a antibióticos presentes nos gigantescos blocos de algas flutuantes nos mares.
Em 1995, o Instituto Scripps de Oceanografia de San Diego, Califórnia, informou que partes da América do Norte e Europa Central, o Mediterrâneo, a África do Sul, a Argentina e o Chile já estavam sendo submetidos a aumentos significativos de irradiação…
Em 1996 o buraco sobre o hemisfério norte começou dois meses mais cedo e foi o mais profundo e duradouro até então observado. Em março daquele ano, o assessor especial da Organização Meteorológica Mundial, Romen Boykov, alertou: "Não estamos falando de regiões desérticas, mas de regiões povoadas, onde os níveis de radiação duplicaram. Isso é muito preocupante!" Boykov fazia referência agora à redução constatada de 45% de ozônio em um terço do hemisfério norte.
Apesar da gravidade da situação, nenhuma matéria sobre o assunto foi publicada nas revistas Science e Nature, os periódicos científicos mais importantes do mundo. Este fato não passou despercebido ao pesquisador Jim Scanlon. Segundo ele, os investidores são muito suscetíveis a notícias "não otimistas", e os grandes jornais procuram filtrar informações que possam ser consideradas negativas para os negócios. Jim Scanlon afirmou que o buraco na Antártida é reportado com grande nível de detalhe porque afeta relativamente poucas pessoas, em regiões isoladas. Já o buraco no Ártico não é reportado porque afeta cerca de 80 milhões de pessoas no hemisfério norte.
É bem possível que Jim Scanlon tenha razão no que diz. Eu mesmo pude constatar que alguns sites da Internet, alegadamente dispondo de dados científicos sobre a destruição da camada de ozônio, só podiam ser acessados por pessoas autorizadas.
Os dados disponíveis em 1996 indicavam que a média anual de radiação ultravioleta no hemisfério norte estava aumentando 6,8% por década, incluindo áreas da Inglaterra, Alemanha, Rússia e Escandinávia. No hemisfério sul, a taxa de crescimento da radiação era de 9,9% por década, atingindo o sul da Argentina e do Chile. O cientista atmosférico Jay Herman avisou: "O aumento da radiação UV-B é maior nas latitudes altas e médias, onde a maioria das pessoas mora e onde a maior parte da agricultura ocorre." No Brasil, no início de 1997, chegava a notícia de que sobre os Estados do Nordeste o nível de radiação ultravioleta havia aumentado 40% em comparação com igual período de 1996…
Em março de 1997 as coisas pioraram. Sobre a Argentina e o Chile surgiu um novo buraco, dissociado do existente sobre o pólo Sul e cobrindo extensas áreas de ambos os países, incluindo as capitais Buenos Aires e Santiago. Foram registradas medições de 180 e 210 dobsons. De acordo com o jornalista argentino Uki Goñi, a população da Argentina não foi convenientemente alertada pelo Departamento do Clima. Os responsáveis disseram que o episódio tinha "apenas interesse científico", e que a população não deveria ficar alarmada... Goñi informou também que na latitude equivalente do hemisfério norte teria surgido um buraco semelhante, sobre Washington ou Roma.
Enquanto surgia o novo buraco sobre a Argentina e o Chile, o pioneiro sobre o pólo Sul aparecia mais cedo. O ozônio começou a decrescer já em março, registrando-se um nível de 225 dobsons; em maio o buraco sobre a Antártida já estava completamente formado. Era a primeira vez que isto acontecia.
No Ártico a situação não era melhor. O Dr. Pawan K. Bhartia, cientista do projeto TOMS (Total Ozone Mapping Spectromer) avisava que estavam sendo detectados os mais baixos valores já medidos de ozônio nos meses de março e abril: 219 dobsons. Os dados de satélite indicavam que a área afetada estendia-se por 5,3 milhões de quilômetros quadrados.
Como é de praxe, já começaram a aparecer algumas idéias mirabolantes para resolver o problema crescente da destruição da camada de ozônio no planeta. Pesquisadores russos apresentaram um estudo segundo o qual seria possível reparar a camada de ozônio utilizando equipamentos de raios laser e satélites. O projeto consiste na montagem de um sistema com 30 a 50 satélites que bombardeariam a atmosfera com raios laser ultrapotentes, estimulando a produção de até 20 milhões de toneladas anuais de ozônio; esses cientistas acreditam que o problema pode ser contornado em dez anos, a um custo estimado de 100 bilhões de dólares... Tem gente também que quer fabricar ozônio no solo e comboiá-lo até a estratosfera em foguetes, grandes jatos e balões...
Apenas com base numa amostragem de todos os fracassos humanos já colecionados nas tentativas anteriores de dominar, intervir ou até mesmo prever fenômenos da natureza, já podemos afirmar, sem medo de errar, que mesmo que tais projetos fossem exeqüíveis, o resultado final seria mais um fiasco. Se for para incentivar atitudes desse tipo, exacerbadas e irrealistas, é melhor que se continue apresentando outras iniciativas, também inócuas mas pelo menos não tão dispendiosas, como a desesperada proibição da fabricação de CFC e a decretação do "Dia Internacional do Ozônio", comemorado em 16 de setembro de cada ano.
Mas quais são os efeitos que a redução da camada de ozônio pode trazer ao planeta, e aos seres humanos em particular? Devastadores talvez seja um adjetivo adequado.
Em 1975, um cientista chamado Mike McElroy, ao estudar os efeitos que adviriam de uma destruição da camada de ozônio, advertiu que isto poderia ser usado como uma nova arma de guerra. Um composto químico como o bromo, se lançado deliberadamente na atmosfera, daria origem a um buraco na camada de ozônio sobre o território inimigo, incapacitando pessoas desprotegidas e destruindo plantações.
Se a destruição da camada de ozônio já foi imaginada como uma arma de guerra, o leitor pode bem fazer uma idéia dos efeitos a que estarão sujeitos a população e o meio ambiente com esse acontecimento.
Nós conseguimos perceber com os nossos sentidos uma parte da energia emitida pelo Sol, através da luz e do calor. Mas o Sol emite energia também fora da faixa que denominamos luz visível, e que não é portanto percebida pelos nossos olhos. A faixa "acima" da luz visível é chamada infravermelha e a faixa "abaixo" dela é chamada ultravioleta. "Acima" e "abaixo" significam comprimentos de onda de irradiação maiores ou menores. Mas isso não vem ao caso, o que interessa saber é que irradiações com comprimentos de onda menores contêm muito mais energia concentrada, sendo portanto muito mais fortes, ou, em outras palavras, muito mais perigosas.
A natureza, sabiamente, protegeu o planeta Terra com um escudo contra a irradiação ultravioleta prejudicial. Esse escudo, a camada de ozônio, absorve grande parte da radiação ultravioleta perigosa, impedindo que esta chegue até o solo.
Toda a vida na Terra é especialmente sensível à radiação ultravioleta com comprimento de onda entre 290 a 320 nanômetros3. Tão sensível, que essa radiação recebe um nome especial: UV-B, que significa "radiação biologicamente ativa". A maior parte da radiação UV-B é, pois, absorvida pela camada de ozônio, mas mesmo a pequena parte que chega até a superfície é perigosa para quem se expõe a ela por períodos mais prolongados.
A UV-B provoca queimaduras solares e pode causar câncer de pele, inclusive o melanoma maligno, freqüentemente fatal. A Agência Norte-Americana de Proteção Ambiental estima que 1% de redução da camada de ozônio provocaria um aumento de 5% no número de pessoas que contraem câncer de pele. Em setembro de 1994 foi divulgado um estudo realizado por médicos brasileiros e norte-americanos, onde se demonstrava que cada 1% de redução da camada de ozônio, desencadeava um crescimento específico de 2,5% na incidência de melanomas. A incidência de melanoma, aliás, já está aumentando de forma bastante acelerada. Entre 1980 e 1989, o número de novos casos anuais nos Estados Unidos praticamente dobrou; segundo a Fundação de Câncer de Pele, enquanto que em 1930 a probabilidade de as crianças americanas terem melanoma era de uma para 1.500, em 1988 essa chance era de uma para 135.
Em 1995 já se observava um aumento nos casos de câncer de pele e catarata em regiões do hemisfério sul, como a Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Patagônia. Em Queensland, no nordeste da Austrália, mais de 75% dos cidadãos acima de 65 anos apresentam alguma forma de câncer de pele; a lei local obriga as crianças a usarem grandes chapéus e cachecóis quando vão à escola, para se protegerem das radiações ultravioleta. A Academia de Ciências dos Estados Unidos calcula que apenas naquele país estejam surgindo anualmente 10 mil casos de carcinoma de pele por causa da redução da camada de ozônio. O Ministério da Saúde do Chile informou que desde o aparecimento do buraco no ozônio sobre o pólo Sul, os casos de câncer de pele no Chile cresceram 133%; atualmente o governo fez campanhas para a população utilizar cremes protetores para a pele e não ficar exposta ao Sol durante as horas mais críticas do dia.
O Dr. Signey Lerman, da Universidade Emory, na Geórgia, elaborou um estudo onde afirma que a redução de 1% na camada de ozônio provocaria, só nos Estados Unidos, um aumento de 25 mil casos anuais de catarata na vista... Há estimativas indicando que uma redução de 50% na camada de ozônio em redor do planeta provocaria cegueira e queimaduras de pele com formação de bolhas num prazo de dez minutos.
A radiação UV-B também inibe a atividade do sistema imunológico humano, o mecanismo natural de defesa do corpo. Além de tornar mais fáceis as condições para que os tumores se desenvolvam sem que o corpo consiga combatê-los, supõe-se que haveria um aumento de infecções por herpes, hepatite e infecções dermatológicas provocadas por parasitas.
A maior parte das plantas ainda não foi testada quanto aos efeitos de um aumento da UV-B, mas das 200 espécies analisadas até 1988, dois terços manifestaram algum tipo de sensibilidade. A soja, por exemplo, apresenta uma redução de 25% na produção quando há um aumento de 25% na concentração de UV-B. O fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha, assim como as larvas de alguns peixes, também sofrem efeitos negativos quando expostos a uma maior radiação UV-B. Já se constatou também que rebanhos apresentam um aumento de enfermidades oculares, como conjuntivite e até câncer, quando expostos a uma incidência maior de UV-B.
Ressalte-se que todos esses efeitos são ocasionados por um ligeiro acréscimo da radiação UV-B. Existe, contudo, um outro tipo de radiação ainda mais temível: a UV-C. A radiação UV-C apresenta comprimentos de onda entre 240 e 290 nanômetros e é (até agora) completamente absorvida pelo ozônio estratosférico. Sabe-se que a UV-C é capaz de destruir o DNA (ácido desoxirribonucléico), a molécula básica da vida, que contém toda a informação genética dos seres vivos. Nas palavras de John Gribbin, "ninguém é capaz de afirmar com certeza quais seriam as conseqüências de deixar essa radiação chegar até a superfície da Terra…"
A camada de ozônio tem, pois, uma importância crucial para a vida na Terra. Sua destruição equivale a uma redução da capacidade imunológica do planeta. Agora, na época do Juízo, o ser humano que por milênios viveu de forma antinatural perdeu o direito de manter-se protegido de efeitos nocivos, sejam doenças oportunistas ou radiação ultravioleta danosa. A AIDS e a redução da camada de ozônio têm muito em comum. São efeitos similares em escalas diferentes, pois a causa de ambos os processos é a mesma: a intensificação do Juízo Final na Terra. Ambos os acontecimentos retiram dos seres humanos a proteção previamente existente contra agentes prejudiciais à saúde. Num caso, a radiação ultravioleta maléfica, no outro, as doenças oportunistas que atacam o organismo debilitado pelo vírus HIV, causador da AIDS.
A explicação da ciência, naturalmente, está longe dessa conclusão. A tese mais aceita hoje em dia é que o buraco do ozônio foi causado pelo próprio ser humano, através da contínua emissão na atmosfera de um composto químico, o clorofluorcarbono, mais conhecido como CFC. O átomo de cloro desse composto é apontado como o vilão da história; alguns estudos sugerem que um único átomo de cloro é capaz de destruir cem mil moléculas de ozônio.
Naturalmente, não se pode negar a influência da poluição gerada pelo ser humano nos desequilíbrios do meio ambiente, pródigo que é ele em conspurcar tudo o que está a seu alcance. Mas a magnitude e velocidade da destruição da camada de ozônio não pode ser explicada apenas pela maior concentração de CFC na atmosfera. Uma matéria de setembro de 1995 da revista Veja sobre o assunto informava que os CFCs encaixavam-se muito bem no modelo químico de destruição do ozônio, e por isso ficaram com a pecha de culpados. "Até o momento, não há melhor explicação para o fenômeno", dizia a reportagem.
Até agora, os modelos matemáticos que tentaram prever o decréscimo futuro da camada de ozônio com base na quantidade de CFC existente na atmosfera falharam completamente. Os dados do satélite Nimbus 7 indicavam (até 1988) que o ozônio em latitudes mais setentrionais vinha desaparecendo quatro a seis vezes mais rápido do que o previsto nos modelos científicos.
Além disso, nenhum dos modelos previu a formação dos buracos sobre a Antártida e o Ártico, tampouco a redução do ozônio em latitudes médias. A NASA tentou esclarecer: "A habilidade da atmosfera em compensar as perdas de ozônio é menor do que pensávamos." Muito convincente.
O fato é que a redução da camada de ozônio não pode ser explicada apenas pela maior concentração de cloro na atmosfera. John Gribbin, por exemplo, apesar de concordar com a idéia do CFC, deixa algumas dúvidas no ar em seu livro O Buraco no Céu, conforme se depreende dos trechos transcritos abaixo:
"Tudo se encaixa logicamente, envolvendo o cloro e o ClO no desenvolvimento do buraco (ainda que haja muito pouco ClO abaixo de uma altitude aproximada de 16 km, e sejam necessários mais estudos de química e dinâmica para explicar o que está acontecendo ali). (…) Parece que estão nos dizendo [os dados coletados por satélite] que, ultimamente, a destruição do ozônio estratosférico vem acontecendo duas vezes mais rápido do que se pode explicar mediante a soma de todos os efeitos, desde CFCs e óxido nitroso até atividade solar. (…) Sem dúvida, parte disso [a redução do ozônio] pode ser devida a mudanças do Sol. (…) É possível que efeitos relacionados à alteração na atividade solar tenham ajudado a formar as condições especiais sobre a Antártida, que têm permitido que o buraco cresça tanto, em tão breve espaço de tempo."
Em 1997 o consumo per capita de CFC nos países desenvolvidos havia caído de 300 gramas para 45 gramas, e geladeiras e aparelhos de ar condicionado já saíam de fábrica sem CFC. Nada disso fez a mínima diferença até agora.
A suposição de alterações na atividade solar como causa da redução da camada de ozônio não deveria ser negligenciada. Vimos, no tópico sobre o Sol, que a tempestade solar de 1972 acarretou um decréscimo de mais de 10% na concentração de ozônio da estratosfera. Um estudo mais detalhado mostrou que a destruição do ozônio sobre o pólo norte naquele ano foi de 16%. Ninguém ainda conseguiu estimar qual seria o efeito de uma outra explosão solar como a de 1972 agora, com os buracos nos pólos e a redução contínua do ozônio em diversas partes do globo.
Mas será que essa situação tão grave, da destruição da camada de ozônio, vem tendo a repercussão necessária? A repercussão é, sem dúvida, maior do que no caso das alterações do comportamento do Sol, porque trata-se de um fenômeno mais próximo da humanidade. Todavia, como as notícias, até agora, têm aparecido bastante espaçadas no tempo, acabam não tendo o impacto que poderiam e deveriam ter, mesmo porque o ser humano faz o que for preciso para esquecer o mais rapidamente possível qualquer coisa que lhe pareça desagradável.
Abaixo são reproduzidos alguns trechos de notícias ainda da primeira metade da década de 90 que, lidos em conjunto, dão uma idéia mais nítida do agravamento da situação:
Manchete: Destruição da Camada de Ozônio Atinge Europa (O Estado de S. Paulo - 21.10.91)
"A destruição da camada de ozônio não se limita mais à Antártida. A partir deste ano, vem atingindo também o norte da Europa, Sibéria, Alasca e Canadá. E, pela primeira vez, esse fato ocorreu na primavera e no verão. (...) O documento aponta ainda a destruição do ozônio nas altas e médias latitudes do hemisfério sul (Argentina, Chile, Austrália e Nova Zelândia). (…) Nas regiões temperadas não há propriamente um ‘buraco’ na camada de ozônio, mas várias falhas, ou seja, zonas onde o gás é muito rarefeito, como um tecido esgarçado que deixa passar a radiação ultravioleta do Sol."4
Obs.: Essa analogia de "tecido esgarçado" pode ser comprovada pela visualização da imagem de satélite abaixo (obtida da NASA), que mostra as condições do ozônio no planeta em outubro de 1992. Quanto mais escura a área, mais rarefeita a camada de ozônio:
Manchete: Buraco causa cegueira em coelhos (Gazeta Mercantil - 21.11.91)
"Coisas esquisitas começaram a acontecer no sul do Chile. Os pescadores estão capturando salmões cegos. Os camponeses relatam que os coelhos selvagens desenvolveram olhos saltados (exoftalmia) e devem estar sofrendo de distúrbios oculares, uma vez que são capturados com muita facilidade. Rodolfo Mancilla, um criador de ovelhas da Terra do Fogo, diz que seus animais também estão ficando cegos.
Algumas mudas de árvores estão mostrando um desenvolvimento deformado nesta primavera austral, enquanto certos tipos de algas marinhas estão segregando um pigmento vermelho nunca observado anteriormente.
Em Punta Arenas, há medo e preocupação em torno do bombardeamento invisível de radiação ultravioleta B. Ninguém sai de casa sem a proteção de chapéus ou óculos escuros. Os médicos vêm sendo insistentemente procurados por pacientes portadores de alergias e irritações oculares e dermatológicas."
Manchete: Buraco aumenta também no verão (Gazeta Mercantil - 22.11.91)
"Um estudo patrocinado pelas Nações Unidas forneceu a primeira evidência de redução da camada de ozônio sobre porções do hemisfério norte, incluindo os Estados Unidos, no período do verão, informou a UPI. (…) Um relatório da NASA, divulgado em abril passado, mostrou que o buraco na camada de ozônio sobre regiões dos Estados Unidos estava aumentando a uma velocidade duas vezes maior do que a que se acreditava anteriormente. (…) A situação constatada terá conseqüências muito graves para a vida marinha, assim como para a humanidade, porque um aumento da radiação ultravioleta que atinge a Terra pode matar o fitoplâncton, que é a base da cadeia alimentar da vida marinha."
Trecho de matéria (Folha de S. Paulo - 02.08.92)
"Ao contrário do que vinha anualmente ocorrendo, neste ano o buraco de ozônio da Antártida não se dissipou no outono. Na mesma direção, os instrumentos assinalaram os mais baixos níveis de gás até agora registrados na região da estratosfera sobre aquele continente. Isso sugere que o buraco anual está aumentando. Como se não bastasse, verificou-se que durante os meses de verão o ozônio está regularmente diminuindo não só nos pólos, mas também nas latitudes médias, onde existem regiões densamente povoadas. (…) A existência de outro buraco no Ártico já é conhecida há algum tempo e a revista Science (n.º 255/797) adverte que ele poderá estender-se para o sul, afetando até a povoada Europa. (…) O pesquisador Joe W. Waters afirma que recentemente se observaram línguas de ar pobre de ozônio atingindo os pólos norte e sul a partir dos trópicos, o inverso do caminho usual da destruição do ozônio atmosférico."
Manchete: Cidade chilena vive ameaça de "fim do mundo" (Folha de S. Paulo - 17.01.93)
"Um dos moradores [de Punta Arenas] ficou sem camisa sob o Sol durante meia hora e sofreu tanta queimadura que parecia ‘ter estado no Havaí’. Ovelhas e outros animais ficaram cegos e morreram de fome porque não conseguiram achar comida. Plantas sadias definharam de uma hora para outra. Os cientistas suspeitam que esses fenômenos tenham sido provocados pela destruição da camada de ozônio, que bloqueia a maior parte do radiação ultravioleta do Sol. Em outubro passado, os satélites detectaram o menor nível de ozônio sobre a região."
Manchete: Cresce buraco na camada de ozônio no país (O Estado de S. Paulo - 14.11.95)
"Aumentou em 18% o buraco na camada de ozônio no sul do país [Brasil] em comparação com o ano de 1994. (…) ‘A proteção nunca havia caído tanto quanto neste ano’, comunicou ontem o diretor do LACESM (Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria), Paulo Sarkis. ‘Nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e até Paraná, as pessoas devem evitar a exposição ao Sol’, advertiu Sarkis."
Manchete: Raios do mal em ação (Revista Veja - 22.11.95)
"Durante quatro dias no início deste mês [novembro de 1995], as maléficas radiações ultravioletas atingiram a pele dos gaúchos com o dobro da intensidade normal. (…) Naquele período houve uma diminuição na concentração de ozônio atmosférico de cerca de 20%."
Os extratos acima deveriam constituir-se num alerta para os seres humanos, a respeito de um dos mais drásticos sinais do desencadeamento do Juízo Final na matéria grosseira desta Terra. Nos próximos anos as notícias a respeito da destruição da camada de ozônio continuarão a sobressaltar a humanidade, independentemente de qualquer acordo internacional para redução de CFC e outros poluentes. Nenhuma ação humana, nem mesmo a vontade inteira da humanidade podem alterar algo nisso, pois trata-se de um efeito de retorno cármico na Lei da Reciprocidade, a qual atua agora de modo muito mais reforçado pela intensificação da irradiação julgadora do Juízo.
Notas de Texto
1. Dobson é a unidade que mede a concentração de ozônio. É uma medida de comprimento e indica a altura que teria a camada de ozônio se toda ela fosse trazida para baixo, à pressão do nível do mar e à temperatura de 0ºC. Um dobson equivale a um milionésimo de centímetro; 500 dobsons correspondem a uma espessura de ozônio de 5 milímetros, nas condições descritas de temperatura e pressão padronizadas.
2. Em 1985 o buraco apresentava uma área de cerca de 5,7 milhões de Km², em 1990 já era de 7,5 milhões de Km², e em 1995 chegou aos 10 milhões de Km².
3. Um nanômetro equivale a um bilionésimo do metro.
4. O buraco na Antártida parece funcionar como um ralo, sugando partes da camada de ozônio de outras regiões da Terra e adelgaçando-a.
Fonte: www.library.com.br
Camada de Ozônio
Nas últimas décadas muito se tem falado da camada de ozono e do perigo que o planeta corre com a sua destruição. Mas qual é realmente o papel do ozono?
O ozono é um gás que existe na atmosfera, constituído por três atómos de oxigénio (O3). É produzido pela energia das descargas eléctricas, que quebra as ligações entre os dois átomos do oxigénio molecular (O2), libertando o oxigénio atómico (O) que fica livre para se ligar com o O2, formando-se, deste modo, a molécula triatómica de ozono.
Apesar de estar presente em reduzida quantidade, os seus efeitos estão longe de ser negligenciáveis. Na troposfera (estrato da atmosfera, desde a superfície até aos 10 km de altitude), o ozono em elevadas concentrações pode exercer um efeito tóxico nos animais, originando problemas respiratórios e irritação ocular, e um efeito corrosivo em diversos materiais. Misturado com outros gases e partículas, ele é responsável pela formação do smog (nevoeiro fotoquímico que cobre os grandes centros urbanos e industriais, resultado da poluição atmosférica).
Contudo, este gás acumula-se, principalmente, numa camada com cerca de 15 km de espessura, na estratosfera (estrato compreendido entre os 10 e os 50 km de altitude), designada por "camada de ozono".
É aqui que ele desempenha o papel de escudo protector, de filtro a favor da vida. Com efeito, absorvendo grande parte (mais de 95%) das radiações ultravioleta (parte do espectro electromagnético das radiações emitidas pelo sol, que têm efeitos funestos), ele preserva da sua acção nefasta todas as formas vivas.
Em termos de composição, parece não existirem grandes diferenças entre oxigénio e ozono - apenas um átomo. No entanto, terá sido esta pequena diferença a permitir a colonização do planeta, já que sem a camada de ozono, as radiações ultravioleta não teriam nenhuma barreira entre a sua fonte de emissão e a superfície da Terra e nenhuma forma de vida, pelo menos das que actualmente conhecemos, poderia sobreviver.
De notar, no entanto, que em quantidades adequadas (muito pequenas), as radiações ultravioleta são salutares, contribuindo para a produção de vitamina D, indispensável ao normal desenvolvimento dos ossos.
A maior parte da radiação ultravioleta é, então, absorvida pela camada de ozono, mas mesmo a pequena fracção que atinge a superfície é potencialmente perigosa para quem a ela se expõe por períodos prolongados.
A Agência Norte-Americana de Protecção Ambiental estima que a redução de apenas 1% na espessura da camada de ozono é suficiente para cegar 100 mil pessoas por cataratas e desencadear um aumento de 5% no número de casos de cancro de pele. Está provado também que a exposição prolongada a radiação ultravioleta pode afectar as defesas imunológicas do Homem e de outros animais, permitindo o desenvolvimento de doenças infecciosas. A supressão de respostas locais e sistémicas a uma grande variedade de antigenes pode mesmo ser a causa para o desenvolvimento de diversos tipos de carcinomas.
Mas os seres humanos não são os únicos afectados pelos raios ultravioleta, pois a sua intensificação interfere em muitos processos biológicos e químicos dos ecossistemas terrestres.
As alterações provocadas pelas radiações prendem-se com modificações no material genético das células dos organismos, o que se traduz na perturbação de diversas funções, como o metabolismo e a produção de biomassa. Porém, mais do que alterarem indivíduos, as radiações alteram as relações entre eles, nomeadamente as relações de competição entre plantas superiores, a extensão da herbivoria pelos insectos e a susceptibilidade a elementos patogénicos, quer na agricultura, quer em ambiente natural.
Acredita-se mesmo que níveis altos de radiação podem diminuir a produção agrícola, com a consequente redução na produção alimentar.
Sabe-se, igualmente, que as radiações ultravioleta afectam os microorganismos, embora não se tenha noção da extensão de tais alterações. Este é um fenómeno preocupante, já que estes organismos participam em tarefas tão relevantes, em termos ecológicos, como a decomposição de resíduos, intervindo no ciclo dos nutrientes e interagindo com plantas e animais na forma de agentes patogénicos ou simbióticos.
Do mesmo modo, nos ecossistemas aquáticos, a intensificação das radiações ultravioleta coloca problemas inquietantes, pois interfere no crescimento, na fotossíntese e na reprodução do plâncton. São estas plantas e animais microscópicos que se encontram na base das cadeias alimentares e que são responsáveis por grande parte da productividade de oxigénio do planeta e absorção do dióxido de carbono, actuando como um tampão contra o aquecimento global do planeta.
Ao intervir em todas as escalas dos ecossistemas, a radiação ultravioleta afecta, igualmente, os ciclos biogeoquímicos, como o ciclo do carbono, do azoto e o ciclo dos nutrientes minerais, entre outros, lesando globalmente toda a biosfera do planeta.
A camada de ozono tem, pois, um papel crucial para a vida na Terra. É por este motivo que a sua destruição é encarada como um dos maiores problemas ambientais deste século e dos vindouros.
Apesar da composição da camada de ozono se ter mantido inalterada por milhões de anos, nas últimas décadas têm-se assistido à sua rápida degradação, com o consequente aparecimento dos designados "buracos de ozono", zonas da estratosfera onde esta camada se apresenta extremamente fina, com redução óbvia dos seus efeitos protectores. O maior responsável por esta situação é o cloro, presente nos clorofluorcarbonetos (CFCs), utilizados em sprays, embalagens de plástico, chips de computador, solventes para a indústria electrónica e, especialmente, aparelhos de refrigeração, como os frigoríficos e os ares condicionados.
Existem já alguns indicadores preocupantes do resultado de tal destruição. Por exemplo, a incidência de cancro de pele está já a aumentar de uma forma dramática. Entre 1980 e 1989, o número de novos casos praticamente duplicou nos EUA. Em 1995 já se observava um aumento de número de casos em regiões do Hemisfério Sul, como a Austrália, a Nova Zelândia, África do Sul e Patagónia; no Chile, desde o aparecimento do buraco do ozono sobre o pólo Sul, os casos de carcinoma de pele cresceram 133%.
Mas existe ainda um outro problema. É que este cenário não pode ser analisado independentemente de outros fenómenos que actualmente aumentam de importância, tal como o aumento da concentração do dióxido de carbono atmosférico e o resultante aquecimento global do planeta. Muitas vezes estes efeitos interagem e tornam-se aditivos.
Como seria de esperar, já começaram a surgir algumas ideias surpreendentes para resolver o problema crescente da destruição da camada de ozono. Pesquisadores russos apresentaram um estudo segundo o qual seria possível reparar esta camada, utilizando equipamentos de raios laser e satélites. O projecto consiste na montagem de um sistema de 30 a 50 satélites que bombardeiam a atmosfera com raios laser de grande potência, estimulando a produção de ozono. Estes cientistas acreditam que o problema pode ser contornado em dez anos, embora com custos (literalmente) astronómicos.
Porém, mesmo que exequível, este projecto, tal como muitos outros do mesmo cariz, e tendo por base a amostragem de todos os fracassos humanos já coleccionados nas tentativas de dominar, intervir ou mesmo prever fenómenos da natureza, estaria provavelmente votado ao fracasso.
Será melhor que se continuem a apesentar iniciativas não tão grandiosas, mas também não tão dispendiosas, como a proibição da utilização dos CFCs, a pesquisa de alternativas inócuas para o ambiente e decretar o "Dia Internacional do Ozono", comemorado a 16 de Setembro, dia em que se celebra a assinatura do Protocolo de Montreal, de 1987, que preconiza a redução da utilização de substâncias destruidoras do ozono.
UM BURACO NA ALTA ATMOSFERA
A rarefação da camada de ozono tornou-se num dos maiores problemas ambientais do planeta. Ainda que a reacção a este problema comece a produzir resultados positivos, só dentro de 1 ou 2 séculos se poderá atingir uma recuperação completa.
São diversas as substâncias químicas que reagem com o ozono, destruindo-o. A lista negra dos produtos danosos inclui óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos escapes dos veículos e o dióxido e monóxido de carbono libertados pela combustão do carvão e do petróleo. Mas em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozono, nada se compara ao grupo de gases designados por clorofluorcarbonetos, os conhecidos CFCs.
Os clorofluorcabonetos foram sintetizados pela primeira vez há cerca de 70 anos, entrando nos circuitos comerciais pouco depois. Foram desenvolvidos como substitutos seguros dos refrigerantes tóxicos, à base de dióxido de enxofre e amónia, usados na altura e passaram a ser integrados numa grande variedade de aplicações industriais, comerciais e domésticas, primeiro como gases refigeradores e depois como agentes propulsores. Constituídos por cloro, flúor e carbono, os CFCs foram muito utilizados como isolantes em aparelhos de refrigeração (frigoríficos e aparelhos de ar condicionado), em solventes de limpeza na indústria electrónica, em espumas sintéticas usadas no combate a incêndios, na produção de materiais plásticos para embalagens, entre outras aplicações.
Junto da superfície terrestre, os CFCs são relativamente inofensivos e não reagem com qualquer outro tipo de material, inclusive a pele humana. Não são tóxicos, inflamáveis ou corrosivos e possuem propriedades termodinâmicas estáveis, o que fez com que fossem saudados como substâncias capazes de solucionar uma boa parte dos problemas da vida moderna. Durante 50 anos eles foram o exemplo perfeito de uma solução técnica supostamente benéfica para o ambiente e para os problemas de engenharia, sem nenhuma contrapartida negativa. Por esta razão, a sua produção foi subindo exponencialmente a partir dos anos 50, chegando às 100 000 toneladas por ano, na década de 60.
Como é óbvio, a concentração destes compostos na atmosfera acompanhou a produção, mas manteve-se num nível não detectável pelos instrumentos de controlo de qualidade do ar utilizados na altura, até ao início dos anos 70, quando um cientista britânico detectou um dos compostos clorofluorcarbonados (CFC-11) no ar da Irlanda, com um aparelho muito sensível, por ele construído. Após esta descoberta, foram realizadas medições extensivas por todo o planeta, e verificou-se que este gás era claramente detectado em todas as regiões da atmosfera da superfície. No entanto, os seus efeitos ainda não haviam sido determinados.
Só no final de 1973 é que o destino dos CFCs foi investigado e as primeiras conclusões foram preocupantes. Depois de libertadas à superfície, as moléculas destes compostos, por serem extremamente estáveis, são virtualmente indestrutíveis, pois são insolúveis e pouco reactivas com os agentes oxidantes atmosféricos. Deste modo, embora possam permanecer mais de oito anos na baixa atmosfera, estas moléculas migram lentamente para a estratosfera (acima dos 10 km de altitude), onde uma sequência de reacções tem início.
Já na camada superior da atmosfera, atingidas pela intensa e extremamente energética radiação solar ultravioleta, as ligações destas moléculas são quebradas e os átomos de cloro são libertados. Cada átomo de cloro é capaz de quebrar a ligação entre os átomos de oxigénio do ozono, levando à formação de monóxido de cloro (ClO) e oxigénio (O2). Como o monóxido não é estável, ele rapidamente reage com o oxigénio atómico (O), originando mais uma molécula de oxigénio e libertando o cloro para uma nova reacção de degradação de moléculas de ozono. É uma reacção catalítica em cadeia, onde cada átomo de cloro pode destruir 100 000 moléculas de ozono, antes de ser destruído, o que pode levar mais de 100 anos, dependendo da composição das moléculas de CFCs.
Apesar de se formar oxigénio, ele não é capaz de proteger o planeta dos raios ultravioleta. A combinação das reacções de destruição de moléculas de ozono, com a libertação de mais de um milhão de toneladas de CFCs por ano, coloca a perda da camada de ozono como uma das mais problemáticas questões criadas pelo Homem.
Após a primeira "explosão" de interesse por esta matéria, entre 1974 e 1977, o assunto passou das primeiras páginas dos jornais para a comunidade científica. A maioria das pessoas pensou, então, que o problema tinha sido resolvido, até que em 1980 foram tomados de surpresa, quando se noticiou, pela primeira vez, a existência de uma região na atmosfera antárctica, onde a camada de ozono era muito menos espessa. Medições anuais demonstraram que este "buraco" aparecia todas as Primaveras na mesma localização e que a sua extensão aumentava a uma velocidade alarmante.
Não se percebia, porém, a relação entre a concentração de CFCs e a localização deste buraco, já que o nível de emissões poluentes era maior no Hemisfério Norte.Foi apenas em 1984 que todo o fenómeno foi compreendido. A conjunção de características físico-químicas únicas da estratosfera antárctica, com a circulação das massas de ar, permite que os reservatórios inactivos de cloro (os CFCs) sejam convertidos mais facilmente em radicais de cloro destrutivos.
As massas de ar circulam em camadas sobrepostas, dos Pólos para o Equador e no sentido inverso, sendo capazes de transportar poluentes para milhares de quilómetros de distância do seu local de emissão. Na Antárctica, por sua vez, devido ao rigoroso Inverno de Abril a Agosto, em que toda a área permanece na escuridão, a circulação é interrompida, formando-se círculos de convecção exclusivos daquela área.
Os poluentes trazidos pelas correntes no Verão permanecem na Antárctica até nova época de circulação. Ao chegar a Primavera, com os seus primeiros raios de sol, as reacções químicas que destroem o ozono são estimuladas. Forma-se, então, o buraco. Em Novembro, o ar que chega de outras regiões permite uma recomposição parcial do escudo de ozono; o buraco diminui de tamanho, mas não fecha completamente.
Entre Setembro e Outubro, a camada de ozono na Antárctica tem tido, nos últimos anos, apenas 30% do ozono que existia na mesma área entre os anos 50 e 60. É uma falha que se estende por mais 20 milhões de km2 e que parece funcionar como um ralo, sugando partes da camada de ozono de outras regiões da Terra, adelgaçando-as.
Por isso, o perigo já não se restringe ao inóspito e desabitado continente Antárctico. Em várias outras regiões do planeta, a camada está a tornar-se progressivamente mais fina, permitindo a intensificação, nada salutar, dos raios ultravioleta.
Em Março de 1987, a Direcção de Metereologia da NASA anunciou que as perdas de ozono estavam igualmente a ser observadas sobre a América do Norte, a Europa e o Japão e os fabricantes rapidamente concordaram em que a produção de CFCs deveria ser limitada.
Face a esta ameaça, mais de 60 países assinaram em Setembro desse mesmo ano o Protocolo de Montreal, comprometendo-se a reduzir em 50% o uso dos CFCs até finais de 1999. Mas em 1990, na Conferência de Londres, 70 países concordaram em acelerar o processo de eliminação destes compostos, decidindo, não a redução, mas a proscrição total da produção até ao ano 2000, tendo sido criado um fundo de ajuda aos países em desenvolvimento, para que estas medidas fossem implementadas. Para além dos CFCs, o Protocolo impõe igualmente a interdição da utilização do metilclorofórmio, tetracloreto de carbono e moléculas brometadas, que também possuem uma acção destrutiva sobre o ozono. Actualmente, 155 países são signatários do acordo.
De 1988 a 1992 o consumo global destes gases decresceu, pois muitos estados baniram quase por completo a sua produção e importação, e conseguiram produzir aerossóis que usam propulsores alternativos inócuos para a camada de ozono. É imperativo que a procura de alternativas continue, para garantir a total eliminação destes gases. É, igualmente, vital promover a cooperação técnica entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento, para que todas as nações adoptem as novas tecnologias. Afinal, a camada de ozono protege todo o planeta.
Os cientistas começam agora a notar os resultados dos seus esforços para diminuir a libertação dos CFCs. Mas mesmo assim, recentemente foi descoberta uma área com a camada de ozono muito destruída no Hemisfério Norte (sobre a Europa do Norte). Isto pode trazer consequências dramáticas, já que a densidade populacional é bem maior sob este novo buraco do que sob o da Antárctida. O que vai acontecer ao ozono no futuro depende de como o problema for encaminhado. No entanto, uma certeza existe - é que a camada de ozono só retornará à normalidade quando os CFCs tiverem desaparecido por completo da atmosfera, o que só acontecerá daqui a um ou dois séculos a partir deste momento.
Fonte: www.naturlink.pt
Camada de Ozônio
Em volta da Terra há uma frágil camada de um gás chamado ozônio (O3), que protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Na superfície terrestre, o ozônio contribui para agravar a poluição do ar das cidades e a chuva ácida.
Mas, nas alturas da estratosfera (entre 25 e 30 km acima da superfície), é um filtro a favor da vida. Sem ele, os raios ultravioleta poderiam aniquilar todas as formas de vida no planeta.
Na atmosfera, a presença da radiação ultravioleta desencadeia um processo natural que leva à contínua formação e fragmentação do ozônio, como na imagem abaixo:
O que está acontecendo com a camada de ozônio?
Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo a camada de ozônio. Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida. Desde então, têm se acumulado registros de que a camada está se tornando mais fina em várias partes do mundo, especialmente nas regiões próximas do Pólo Sul e, recentemente, do Pólo Norte.
Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem com ele. Tais substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, conhecido como efeito estufa. A lista negra dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFCs.
Como os CFCs destroem a camada de ozônio?
Depois de liberados no ar, os CFCs (usados como propelentes em aerossóis, como isolantes em equipamentos de refrigeração e para produzir materiais plásticos) levam cerca de oito anos para chegar à estratosfera onde, atingidos pela radiação ultravioleta, se desintegram e liberam cloro. Por sua vez, o cloro reage com o ozônio que, conseqüentemente, é transformado em oxigênio (O2). O problema é que o oxigênio não é capaz de proteger o planeta dos raios ultravioleta. Uma única molécula de CFC pode destruir 100 mil moléculas de ozônio.
A quebra dos gases CFCs é danosa ao processo natural de formação do ozônio. Quando um desses gases (CFCl3) se fragmenta, um átomo de cloro é liberado e reage com o ozônio. O resultado é a formação de uma molécula de oxigênio e de uma molécula de monóxido de cloro. Mais tarde, depois de uma série de reações, um outro átomo de cloro será liberado e voltará a novamente desencadear a destruição do ozônio.
Quais os problemas causados pelos raios ultravioleta?
Apesar de a camada de ozônio absorver a maior parte da radiação ultravioleta, uma pequena porção atinge a superfície da Terra. É essa radiação que acaba provocando o câncer de pele, que mata milhares de pessoas por ano em todo o mundo. A radiação ultravioleta afeta também o sistema imunológico, minando a resistência humana a doenças como herpes.
Os seres humanos não são os únicos atingidos pelos raios ultravioleta. Todos as formas de vida, inclusive plantas, podem ser debilitadas. Acredita-se que níveis mais altos da radiação podem diminuir a produção agrícola, o que reduziria a oferta de alimentos. A vida marinha também está seriamente ameaçada, especialmente o plâncton (plantas e animais microscópicos) que vive na superfície do mar. Esses organismos minúsculos estão na base da cadeia alimentar marinha e absorvem mais da metade das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta.
O que é exatamente o buraco na camada de ozônio?
Uma série de fatores climáticos faz da estratosfera sobre a Antártida uma região especialmente suscetível à destruição do ozônio. Toda primavera, no Hemisfério Sul, aparece um buraco na camada de ozônio sobre o continente. Os cientistas observaram que o buraco vem crescendo e que seus efeitos têm se tornado mais evidentes. Médicos da região têm relatado uma ocorrência anormal de pessoas com alergias e problemas de pele e visão.
O Hemisfério Norte também é atingido: os Estados Unidos, a maior parte da Europa, o norte da China e o Japão já perderam 6% da proteção de ozônio. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) calcula que cada 1% de perda da camada de ozônio cause 50 mil novos casos de câncer de pele e 100 mil novos casos de cegueira, causados por catarata, em todo o mundo.
Fonte: www.wwf.org.br
Camada de Ozônio
A camada de ozônio é uma "capa" de gás que envolve a Terra e a protege de várias radiações, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de câncer de pele. Devido ao desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados produtos que emitem clorofluorcarbono , um gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3), causando assim a destruição dessa camada da atmosfera. Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas nocivos à Terra fica sensivelmente maior, aumentando as chances do câncer.
Nas últimas décadas tentou-se evitar ao máximo a utilização do clorofluorcarbono e, mesmo assim, o buraco na camada de ozônio continua aumentando, preocupando a população mundial. As tentativas de se diminuir a produção do clorofluorcarbono , devido à dificuldade de se substituir esse gás, principalmente nos refrigeradores, fez com que o buraco continuasse aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade. De qualquer forma, temos que evitar ao máximo a utilização desse gás, para que possamos garantir a sobrevivência de nossa espécie.
O buraco
A região mais afetada pela destruição da camada de ozônio é a Antártida. Nessa região, principalmente no mês de setembro, quase a metade da concentração de ozônio é misteriosamente sugada da atmosfera. Esse fenômeno deixa à mercê dos raios ultravioletas uma área de 31 milhões de quilômetros quadrados, maior que toda a América do Sul, ou 15% da superfície do planeta. Nas demais áreas do planeta, a diminuição da camada de ozônio também é sensível; de 3 a 7% do ozônio que a compunha já foi destruído pelo homem.
O que são os raios ultravioleta
Raios ultravioletas são ondas semelhantes a ondas luminosas, as quais se encontram exatamente acima do extremo violeta do espectro da luz visível.
A reação
As moléculas de clorofluorcarbono, passam intactas pela troposfera, que é a parte da atmosfera que vai da superfície até uma altitude média de 10.000 metros. Em seguida essas moléculas atingem a estratosfera, onde os raios ultravioletas do sol aparecem em maior quantidade. Esses raios quebram as partículas de clorofluorcarbono liberando o átomo de cloro. Este átomo, então, rompe a molécula de ozônio, formando monóxido de cloro e oxigênio.
A reação tem continuidade e logo o átomo de cloro libera o de oxigênio que se liga a um átomo de oxigênio de outra molécula de ozônio, e o átomo de cloro passa a destruir outra molécula de ozônio, criando uma reação em cadeia.
Por outro lado, existe a reação que beneficia a camada de ozônio: Quando a luz solar atua sobre óxidos de nitrogênio, estes podem reagir liberando os átomos de oxigênio, que se combinam e produzem ozônio. Estes óxidos de nitrogênio são produzidos continuamente pelos veículos automotores, resultado da queima de combustíveis fósseis. Infelizmente, a produção de clorofluorcarbono, mesmo sendo menor que a de óxidos de nitrogênio, consegue, devido à reação em cadeia já explicada, destruir um número bem maior de moléculas de ozônio que as produzidas pelos automóveis.
Porque na Antártida
Em todo o mundo as massas de ar circulam, sendo que um poluente lançado no Brasil pode atingir a Europa devido a correntes de convecção. Na Antártida, devido ao rigoroso inverno de seis meses, essa circulação de ar não ocorre e, assim, formam-se círculos de convecção exclusivos daquela área. Os poluentes atraídos durante o verão permanecem na Antártida até a época de subirem para a estratosfera. Ao chegar o verão, os primeiros raios de sol quebram as moléculas de clorofluorcarbono encontradas nessa área, iniciando a reação. Foi constatado que na atmosfera da Antártida, a concentração de monóxido de cloro é cem vezes maior que em qualquer outra parte do mundo.
No Brasil ainda há pouco com que se preocupar.
No Brasil, a camada de ozônio ainda não perdeu 5% do seu tamanho original, de acordo com os instrumentos medidores do Instituto de Pesquisas Espaciais. O instituto acompanha a movimentação do gás na atmosfera desde 1978 e até hoje não detectou nenhuma variação significante, provavelmente pela pouca produção de clorofluorcarbono no Brasil em comparação com os países de primeiro mundo. No Brasil apenas 5% dos aerossóis utilizam clorofluorcarbono, já que uma mistura de butano e propano é significativamente mais barata, funcionando perfeitamente em substituição ao clorofluorcarbono.
Os males
A principal conseqüência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento da incidência de câncer de pele, desde que os raios ultravioletas são mutagênicos. Além disso, existe a hipótese segundo a qual a destruição da camada de ozônio pode causar desequilíbrio no clima, resultando no efeito estufa, o que causaria o descongelamento das geleiras polares e conseqüente inundação de muitos territórios que atualmente se encontram em condições de habitação. De qualquer forma, a maior preocupação dos cientistas é mesmo com o câncer de pele, cuja incidência vem aumentando nos últimos vinte anos. Cada vez mais aconselha-se a evitar o sol nas horas em que esteja muito forte, assim como a utilização de filtros solares, únicas maneiras de se prevenir e de se proteger a pele.
Fonte: www.sitecurupira.com.br
Camada de Ozônio
O ozônio (O3) é um gás instável, diamagnético, com PE -112oC. É uma forma alotrópica do oxigênio, constituído por 3 átomos unidos por ligações simples e duplas, sendo um híbrido de ressonância com comprimento médio de ligação de 1,28 Ao, formando um ângulo de 116o49'. O ângulo de ligação determinado experimentalmente está de acordo com previsto pelo modelo RPECV (120o).
É um agente oxidante extremamente poderoso mais fraco apenas que o F2, reagindo muito mais rapidamente que o O2 . Sua alta reatividade o transforma em elemento tóxico capaz de atacar proteínas (destruindo microorganismos) e prejudicar o crescimento dos vegetais. É um gás à temperatura ambiente, de coloração azul-pálida, devido à intensa absorção de luz vermelha, atingindo coloração azul-escura quando transita para o estado líquido, situação em que adquire propriedades explosivas.
Como o Ozônio é produzido?
É produzido naturalmente na estrastosfera pela ação fotoquímica dos raios ultravioleta sobre as moléculas de oxigênio. Esses raios são suficientemente intensos para separar os dois átomos que compõe a molécula de O2, produzindo assim o oxigênio atômico.
Ex.:
O2(g) + hn --> O + O
Onde hn representa a energia correspondente à luz ultravioleta necessária para a ocorrência da dissociação.
A produção de ozônio é realizada numa etapa imediatamente posterior, resultando da associação de um átomo de oxigênio e uma molécula de O2 na presença de um catalisador (elemento necessário para manter o balanço de energia mas que não é consumido na reação).
Ex.:
O que é a Camada de Ozônio?
Devido à alta reatividade, a concentração de ozônio é resultado de um equilíbrio entre a sua produção e destruição, gerando camadas de alta e baixa concentração que atingem níveis máximos numa faixa de 30 Km de altura, chamada Camada de Ozônio.
Está situada na estrastosfera, entre 15 e 50 Km , formando um escudo protetor natural da Terra, contra as radiações UV provenientes do Sol.
Quando os raios UV incidem sobre uma molécula de ozônio, esta energia extra rompe as ligações entre os átomos, liberando uma molécula de O2 e um átomo de O livre.
Nesta reação demonstramos que o Ozônio é consumido naturalmente como também é produzido na presença de um catalisador, havendo um equilíbrio.
Como é Destruída a Camada de Ozônio?
O ozônio doa , com facilidade, moléculas de oxigênio para espécies de radicais livres como o nitrogênio, hidrogênio, bromo e cloro. Esses compostos ocorrem naturalmente na estratosfera a partir de fontes como o solo, vapores d'água e oceanos.
Ex.:
Onde X pode ser O, NO, OH, Br ou Cl.
Está comprovado que emissões de enxofre, cloro, cinzas e calor decorrentes de fenômenos naturais (como erupções vulcânicas) contribuem para redução da camada de ozônio. Isso, porém, não livra o homem de sua parcela de responsabilidade do problema.
Compostos manufaturados são também, capazes de alterar o nível de ozônio na atmosfera.
Substâncias com CFCs e BrFCs podem atravessar intactas as camadas mais baixas da atmosfera e se acumularem nas camadas superiores onde a radiação UV é suficientemente forte para decompor as moléculas liberando bromo e cloro em quantidade suficiente para atacar a camada de ozônio.
Os CFCs são usados extensivamente em aerosóis, ar-condicionado, refrigeradores e solventes de limpeza. Os dois principais tipos de CFCs são o triclorofluorcarbono (CFCl3) ou CFC-11 e diclorodifluormetano (CF 2Cl2) ou CFC-12. O triclorofluorcarbono é usado em aerosóis, enquanto que o diclorodifluormetano é tipicamente usado em refrigeradores.
Perto da superfície da terra clorofluorcarbonos são relativamente inofensivos porque não reagem espontaneamente. São insolúveis em água, não podendo ser "lavados" pela chuva. Está comprovado que sua estabilidade é o que o torna mais perigoso, porque ele atravessa a atmosfera intacto, acumulando-se na estratosfera, onde pode ser decomposto pelos raios UV.
Na estratosfera, a radiação UV de alta energia ocasiona a fotodecomposição das moléculas de CFCs liberando átomos de cloro que é um poderoso catalisador da destruição do ozônio. Inicialmente os átomos de cloro livres, reagem com compostos instáveis contendo oxigênio, como exemplo o ozônio, formando monóxido de cloro (ClO).
Ex.:
O monóxido de cloro reage com átomos de oxigênio, produzindo moléculas de O2 e novamente, átomos de cloro. O átomo de cloro regenerado inicia um novo ciclo de destruição, portanto, um único átomo de cloro pode ser capaz de destruir até cem mil moléculas de ozônio.
Ex.:
O Que é a Radiação UV?
A radiação ultravioleta é uma parte sui-generis do espectro solar, e pode ser separada em tres partes: a radiação UV-A, que se extende desde 320 a 400 nanometros (nm); a radiação UV-B, que vai de 280-320 nm; e a radiação UV-C, que vai de 280 a comprimentos de onda ainda menores. O UV-C é totalmente absorvido na atmosfera terrestre, e por isto não é de maior importância para medidas feitas da superfície da Terra. O UV-A é importante, porque não é absorvido pela atmosfera, a não ser por espalhamento nas moléculas e partículas, e porque tem efeitos sobre a pele humana. A radiação UV mais importante, sem dúvida, é a UV-B. Esta radiação é absorvida na atmosfera pelo ozônio, na estratosfera. A pequena quantidade que passa pela atmosfera e atinge a superfície é muito importante, porque excessos desta radiação causam câncer de pele, e são a grande preocupação dos médicos dermatologistas. Como a camada de ozônio está ainda diminuindo, e vai continuar assim por mais algumas décadas, acredita-se que o UV-B vai aumentar sua intensidade no futuro.
É por isto que as medidas de UV-B, em diversas situações e em vários sitios, é considerada tão importante. Já existe tecnologia adequada para se medir o UV-B.
O INPE mantém uma importante rede de monitores de UV-B no território nacional, e tem oferecido estas informações à comunidade médica. Um dos objetivos do trabalho é divulgar o índice de UV-B, que é um número sem dimensões que visa definir quantitativamente se o sol está forte ou fraco. É um número de 0 a 16. No inverno, em S.Paulo, por exemplo, o índice é da ordem de 5, e no verão da ordem de 12.
Quais os Problemas Decorrentes da Destruição da Camada de Ozônio?
O ciclo de destruição do ozônio estratosférico por radiação UVB desempenha um papel importante em favor da vida, pois diminui a quantidade de radiação UV que chega até superfície do planeta. A radiação UV, que bronzeia, seca e envelhece a pele, é prejudicial aos animais e plantas, principalmente porque pode danificar o DNA (ácido desoxirribonucléico). Essa molécula contém informações genéticas necessárias para reprodução e manutenção saudável dos seres vivos.
Danos causados ao DNA por exposição excessiva à radiação UV, aumentam a probabilidade de ocorrer uma mutação indesejável durante a reprodução celular, levando eventualmente a um crescimento tumoroso como, por exemplo, o câncer de pele. A destruição da Camada de Ozônio multiplicaria estes efeitos.
O Que é o Efeito Antropogênico?
É a alteração da concentração de ozônio na atmosfera por compostos manufaturados, resultante de atividades humanas e que, através de reações químicas provocam a sua destruição.
O cloro proveniente dos CFCs e o bromo proveniente dos halônios são dois dos mais importantes elementos químicos associados com a destruição do ozônio. Os CFCs são substâncias derivadas dos hidrocarbonetos, em que os átomos de hidrogênio estão substituídos por átomos de cloro e flúor. Como os elementos cloro e flúor, juntamente com o bromo e o iodo encontram-se no grupo dos elementos conhecidos como halogênios, são também, denominados halocarbonetos. Comercialmente são conhecidos como Freons . Outro grupo de substâncias também derivadas dos hidrocarbonetos, conhecidas por halônios, contém bromo bem como cloro e/ou flúor. Tanto os CFCs como os halônios podem causar a destruição do ozônio.
Os halônios, apesar de liberados na atmosfera em quantidades menores que os CFCs, respondem por uma fração significativa da destruição do ozônio. Infelizmente seu potencial de destruição de ozônio é maior que o dos CFCs.
As moléculas de CFC, ou Freons, passam intactas pela troposfera. Quando passam por esta parte, desembocam na estratosfera, onde os raios UV do sol estão em maior quantidade. Esses raios quebram as partículas de CFCs liberando o átomo de Cl que por sua vez rompe a molécula de ozônio, formando monóxido de cloro e oxigênio. Mas, a reação não pára por aí, havendo então uma destruição em cadeia, ou seja, a molécula de monóxido de cloro reage com um átomo de oxigênio livre regenerando o Cl e produzindo O2.
O escudo que protege as pessoas das radiações solares é atacado a todo momento por gases de metano, enxofre e monóxido de carbono, mas os estragos maiores são procados pelos halogênios (flúor, cloro, bromo).
Para se ter uma idéia do estrago possível, apenas um átomo de cloro pode teoricamente decompor mais de cem mil moléculas de ozônio, ao longo dos anos.
Vulcões: Uma ameaça à camada de ozônio?
Apesar de a destruição de ozônio na Antártida ter dimensões enormes, foi relativamente fácil para os cientistas entenderem a sua origem. No resto do planeta, porém, o incessante movimento da atmosfera dificulta a tarefa de descobrir se quaisquer mudanças no teor de ozônio decorre de flutuações dinâmicas ou de destruição química; por isso ainda não se conseguiu compreender exatamente como a diminuição do teor de ozônio na estratosfera vem sendo acelerado.
Já se sabe que as quantidades de CFCs liberadas por atividades humanas no entanto, são ínfimas se comparadas com as originadas de fontes naturais.
A produção anual de CFCs no mundo em 1991, foi de 1,1 milhão de toneladas, contendo 750 mil toneladas de cloro. Nesse total, segundo estimativas, cerca de 1% (7,5 mil toneladas) escapem para a baixo troposfera e, eventualmente cheguem à camada de ozônio e o destruam. Uma molécula de CFC demora cerca de cinco anos para atingir a estratosfera. A baixa troposfera ainda recebe por ano cerca de 600 milhões de toneladas liberadas pelos oceanos e outros 36 milhões de toneladas injetadas (na forma de HCl) apenas por vulcões difusivos (que estão continuamente fumegando e afetam apenas o meio ambiente local) . A estimativa de cloro liberada por vulcões difusivos é a mais aceita mas é bastante conservadora, pois alguns autores calculam essas injeção em 200 à 250 milhões de toneladas anuais. Jás os vulcões explosivos (que apresentam erupções repentinas e violentas e, afetam o meio ambiente em escala global) podem lançar, de uma só vez alguns milhões de toneladas de cloro diretamente na estratosfera.
De acordo com alguns cientistas apenas 1% da quantidade de cloro ejetada por vulcões explosivos chega à estratosfera. Admitindo este percentual para a erupção do Monte Pinatubo, foram introduzidas na estratosfera 45 mil toneladas do composto, ou seja, seis vezes a quantidade de CFCs liberada por ano. Embora alguns cientistas aceitem que o Pinatubo seja o responsável, em 1992 foram observadas reduções na concentração de ozônio entre 9 e 14% em algumas regiões, com média global diária entre 2 e 3% abaixo da mínima observada por satélites nos últimos 13 anos. Passando o efeito da erupção, no início de 1994, a camada de ozônio voltou a apresentar valores de concentrações iguais às condições pré-Pinatubo.
No passado, a atividade vulcânica foi muito mais intensa, injetando muito cloro diretamente na estratosfera. Se a fotoquímica estratosférica fosse tão simples como querem alguns modeladores teóricos, certamente uma erupção como a do Tambora, em 1815, algumas centenas de vezes maior que a do Pinatubo, teria destruído a camada de ozônio muito antes dos CFCs existirem. Na verdade, não há evidências de redução da camada de ozônio quando séries mais longas de dados sobre sua concentração são usadas, existe apenas a variação natural da concentração do gás, que depende, entre outros fatores, da atividade solar e das quantidades de cloro, flúor e bromo injetados na estratosfera, principalmente por vulcões.
Existem na Antártida doze vulcões ativos, e só o Monte Erebus (difusivo-explosivo) ejeta em média 1.230 toneladas de cloro e 480 de flúor por dia. Anualmente, portanto, o Erebus ejeta cerca de 450 mil toneladas de cloro. Isso significa que a quantidade de cloro lançada na atmosfera Antártica apenas por esse vulcão é sessenta vezes maior que a liberada pelo uso de CFCs. Apesar disso, a camada de ozônio sobre a Antártida retorna aos níveis normais quando o vórtice circunpolar desaparece, no início da primavera austral.
Efeitos do vórtice Polar
Em todo o mundo, as massas de ar circulam, sendo que um poluente lançado no Brasil, pode ir parar na Europa devido às correntes de convecção. Na Antártida, por sua vez, devido ao rigoroso inverno de seis meses, essa circulação de ar não ocorre, e então se formam círculos de convecção exclusivos daquela área, chamados de vórtex ou vórtice polar.
O vórtice isola a atmosfera Antártica e impede a entrada de ozônio, essencialmente produzida sobre os trópicos e transportado até lá pelos ventos. Assim, os poluentes atraídos durante o verão, ficam retidos na Antártida até que sobem para a estratosfera.
Em setembro, com o início da primavera, os compostos acumulados começam a dissociar-se, iniciando então uma destruição em larga escala do ozônio local, situação que se perpetua até novembro, quando a circulação se modifica, com a entrada de ar oriundo de outras regiões e a constante recomposição da camada local de ozônio.
Fonte: bohr.quimica.ufpr.br
Camada de Ozônio
Acima vemos o buraca na camada de ozônio situado na Antártida
É uma camada formada pelo O3 (gás ozônio) nas partes altas da atmosfera, cerca de 15 a 50Km acima da Terra, ela protege a terra dos raios UV(ultra violeta) que podem causar câncer. Nas ultimas décadas com a liberação de gases como o CFC (Clorofluorcarbono) que reagem com o ozônio, a camada vem ficando cada vez menos espessa, o que as pessoas chamam de "buraco". Assim ele perde grande parte da sua capacidade de proteção contra os raios UV. Desde 1979 a camada de ozônio se tornou 4% mais fina, o principal causador foi o CFC.
Conseqüências do buraco na Camada de Ozônio:
As principais conseqüência para o homem é o aumento nos numero de câncer de pele, o enfraquecimento do sistema imunológico, ele causa também o envelhecimento da pele e mutações. O UV também pode atrapalhar o desenvolvimento de plantas e animais principalmente fauna e flora marinha, assim pode causar extinção de varias espécies vivas.
Na Antártida, altos níveis de raios ultravioleta estão impedindo que o plâncton realize a fotossíntese ( produção de alimento que usa a luz do Sol), o que interrompe as cadeias alimentares no mar.
A Solução do problema:
A solução é diminuir a liberação de gases que destroem a camada de ozônio, assim você pode ajudar comprando produtos que não contenham CFC, geralmente sprays, a aparelhos de refrigeração e extintores de incêndio, os que não contém CFC geralmente tem um selo. Desde que o protocolo de Montreal foi assinado em 1987 a produção mundial de CFC diminuiu 77% e vamos chegar a sua eliminação. Esse talvez seja a maior história de sucesso internacional.
Fonte: geocities.yahoo.com.br
camada de ozônio
A camada de ozônio é uma região da atmosfera, onde se acumula 1 parte de ozônio para cada 1 milhão de partes de oxigênio.Ela possui 30 mil metros de espessura.
Função
Sua importância é que a camada forma uma barreira a terra, bloqueando a penetração das radiações ultra-violetas do sol. Sem a camada de ozônio não seria possível a vida na terra , pois ela retem 95% das radiações ultravioletas.
Ultravioleta
Raio gerado pelo sol, mais agressivo que o raio infra vermelho, em dias de muito sol em dias de muito sol provoca queimaduras e provavelmente são os causadores dos vários tipos de câncer de pele existentes nos humanos.
Cálculos da academia de ciências dos Estados Unidos estimam que com a diminuição de 1% da camada de ozônio, 10 mil novos casos de câncer de pele ocorrerão nos Estados Unidos.
O que é ozônio
O ozônio é uma forma de oxigênio em que a molécula é constituída de três átomos (O3 ) no lugar de dois (O2 ) do oxigênio normal.
Fonte: www.camadadeozonio2000.cjb.net
CAMADA DE OZÔNIO
ESTRATOSFERA
Situada na estratosfera, entre 20 e 35 km de altitude da superfície terrestre, é uma camada de gás com cerca de 15 km de espessura que funciona como um filtro que protege a Terra da radiação ultravioleta emitida pelo Sol. O ozônio é um gás rarefeito cujas moléculas são formadas por três átomos de oxigênio.
Em 1985, o cientista inglês John Farman faz o primeiro alerta sobre a redução da camada de ozônio em decorrência da ação de poluentes no planeta. A diminuição da camada permite que a radiação ultravioleta chegue à Terra com maior intensidade. Esse tipo de radiação é nociva à saúde e provoca principalmente câncer de pele e doenças oculares, como a catarata. Em 1987, a Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos) confirma que o escudo protetor vem perdendo espessura, sobretudo nos pólos. Os estudos da Nasa indicam também a existência de um buraco de cerca de 7 milhões de km² sobre a Antártica. Em setembro de 1995, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulga que o buraco na camada de ozônio sobre o continente antártico já atinge cerca de 10 milhões de km², área equivalente à Europa.
CFC – O cloro presente nos compostos de clorofluorcarbonetos (CFC) é identificado como o principal poluente responsável pela redução da camada de ozônio. O CFC é utilizado como propelente em algumas espécies de sprays, espuma de plástico, fôrmas e bandejas de plástico poroso, chips de computadores, solventes utilizados pela indústria eletrônica e, principalmente, em aparelhos de refrigeração, como geladeira e ar-condicionado.
Em 1987, representantes de 24 países reunidos no Canadá assinam o Protocolo de Montreal, comprometendo-se a reduzir pela metade a produção de CFC até 1999. Em junho de 1990, a Organização das Nações Unidas (ONU) determina o fim gradativo da produção de CFC até o ano 2010. No mesmo ano, é criado o Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e Consumo das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio, que pretende eliminar até 2001 a utilização de CFC no país.
Fonte: www.brasilescola.com
Camada de Ozônio
A Camada de Ozônio é uma concentração de gás ozônio situada na alta atmosfera, entre 10 e 50 Km da superfície da Terra. Ela funciona como um filtro solar, protegendo todos os seres vivos dos danos causados pela radiação ultravioleta do Sol. A absorção do UV-B por essa espécie de escudo cria uma fonte de calor, desempenhando um papel fundamental na temperatura do planeta.
Mas algumas substâncias produzidas pelo homem, como os gases CFCs ( utilizados durante anos em geladeiras, condicionadores de ar, sprays etc), vêm atacando essa camada protetora, levando a uma diminuição desse filtro. O resultado é que uma quantidade muito maior de raios UV-B está chegando à Terra.
A redução da Camada de Ozônio provoca efeitos nocivos para a saúde humana e para o meio ambiente.
Nos seres humanos, a exposição a longo prazo ao UV-B está associada ao risco de dano à visão, à supressão do sistema imunológico e ao desenvolvimento do câncer de pele.
Os animais também sofrem as consequências com o aumento do UV-B. Os raios ultravioletas prejudicam os estágios iniciais do desenvolvimento de peixes, camarões, caranguejos e outras formas de vida aquáticas e reduz a produtividade do fitoplâncton, base da cadeia alimentar aquática.
Por que a Camada de Ozônio está sendo degradada?
Há um consenso mundial sobre a teoria de que o cloro contido nas substâncias químicas artificiais liberadas na atmosfera, é responsável pela destruição do ozônio na estratosfera. Uma grande parte desses compostos são constituídos pelos Clorofuorcabonos (CFCs - 11, 12, 113, 114 e 115), brometo de metila e halons (agentes de extintores de incêndio - 1211, 1301, 2402). Substâncias contidas em erupções vulcânicas ou mesmo nos oceanos também agridem a camada, mas nesse caso a natureza sempre demonstrou fôlego para se recompor. Os CFCs, desenvolvidos em 1928, foram utilizados durante anos em geladeiras, condicionadores de ar, sistemas de refrigeração, isolantes térmicos e sprays.
A estrutura estável desses produtos químicos permite atacar a Camada de Ozônio. Sem sofrer modificações, a intensa radiação UV-B destrói as ligações químicas, liberando o cloro que separa um átomo da molécula de ozônio, transformando em oxigênio. O cloro atua como catalizador, levando a cabo essa destruição sem sofrer nenhuma mudança permanente, de maneira a poder continuar repetindo o processo. Estima-se que uma única molécula de CFC teria a capacidade de destruir até cem mil moléculas de ozônio.
Os mais perigosos produtos têm vida longa. O CFC-11 dura em média 50 anos, o CFC-12 em média 102 anos e o CFC-113 em média 85 anos. Portanto, as emissões dessas substâncias químicas influenciarão no processo de esgotamento da Camada de Ozônio durante muitos anos.
Já o brometo de metila, é uma substância (gás) utilizada para a fumigação de solos, visando a eliminação de fungos, bactérias e patógenos. Também tem um grande potencial de destruição da Camada de Ozônio.
Os gases Halons são utilizados principalmente para o combate a incêndios.
Todas essas substâncias são utilizadas principalmente nos seguintes setores:
- Refrigeração e serviços
- Solventes e esterilizantes
- Extinção de Incêndio
- Agrícola
- Aerossóis (indústria farmacêutica)
- Espumas
A cada primavera, no hemisfério Sul, aparece um "buraco" na Camada de Ozônio sobre a Antártida tão grande como a superfície dos Estados Unidos (20 a 25 milhões de km2). O "buraco" não é na realidade um buraco, e sim uma região que contém uma concentração baixa de ozônio. Esse termo tecnicamente incorreto dá uma idéia a opinião pública sobre a dimensão e gravidade da situação. O problema é pior nessa parte do globo devido às temperaturas baixas e à presença de nuvens polares estratosféricas (menos de -80ºC) que retêm cloro e bromo. Com o retorno da primavera e o descongelamento das nuvens, esses elementos são liberados e reagirão com o ozônio.
O que o Brasil está fazendo?
No Brasil, as primeiras ações de restrição às SDO ocorreram no âmbito da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, com a edição da Portaria SNVS nº 01, de 10.08.88, que definia instruções para os rótulos de embalagens de aerossóis que não contivessem CFC e, logo em seguida, com a Portaria nº 534, de 19.09.88, que proibia, em todo o País, a fabricação e a comercialização de produtos cosméticos, de higiene, perfumes e saneantes domissanitários, sob a forma de aerossóis, que tivessem propelentes à base de CFC.
A adesão do Brasil à Convenção de Viena e ao Protocolo de Montreal, além dos ajustes estabelecidos na reunião de Londres, se deu em 19 de março de 1990 (Decreto nº. 9.280 de 07.06.90). Essa adesão forçou a elaboração de diversas normas e o estabelecimento de um plano de eliminação do uso de um agrotóxico, o brometo de metila, além da defesa de projetos nacionais no Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal.
De acordo com o que foi estabelecido no Protocolo de Montreal, o Brasil como um país em desenvolvimento, terá até o ano 2010 para eliminar a produção e consumo das SDO, por meio da conversão industrial e tecnologias livres. Entretanto, o Brasil resolveu diminuir o prazo para acabar com o CFC. Uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabeleceu como data limite, o ano de 2007, para banir as importações dos CFCs - produto este que não é mais produzido no Brasil desde 1999.
Em 11 de março de 1993, o IBAMA baixou a Portaria nº 27 estabelecendo a obrigatoriedade do cadastramento junto ao Instituto de todas as empresas produtoras, importadoras, exportadoras, comercializadoras e/ou usuárias de SDO. Apesar de contar com mais de seiscentas empresas sob controle, aquele órgão detectou a necessidade de aperfeiçoamento e sistematização de seu Cadastro, baixando a Portaria IBAMA nº 29, em 02 de maio de 1995, que determina o fornecimento dos quantitativos anuais de cada empresa que manipule mais de uma tonelada anual de SDO até a eliminação, permitindo, com isso, o atendimento as compromisso das Partes em fornecer, anualmente, os dados estatísticos brasileiros ao Secretariado do Protocolo.
Outra iniciativa do Governo foi a elaboração do Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e do Consumo das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio - PBCO, encaminhado em julho de 1994 (e atualizado em 1999), ao Secretariado do Protocolo de Montreal. O PBCO contempla um conjunto de ações de cunho normativo, científico, tecnológico e econômico, centrado nos projetos de conversão industrial e de diagnóstico de todos os segmentos produtores e usuários, definindo estratégias para a eliminação da produção e do consumo das SDO.
O PBCO prevê, da parte do Governo, o estabelecimento de política que defina reduções das cotas de produção de SDO para todas as empresas produtoras locais. Além disso, contempla estratégias de limitação gradual e proibição de importações de SDO, bem como a proposição do aumento de taxas federais/estaduais aplicáveis às mesmas.
Outras ações mais específicas compreendem:
- proibição da fabricação, importação, exportação e comercialização no mercado interno de novos produtos que contenham SDO
- estímulo à substituição e o desencorajamento ao uso de SDO
- incentivo tributário para estimular consumidores a adotarem tecnologias alternativas etiquetagem (selo) para substâncias não danosas à Camada de Ozônio
- criação de linhas de crédito para estimular projetos de conversão industrial para pequenas e médias empresas
- procedimentos regulatórios complementares para produção e importação de SDO
- programas de treinamento de técnicos e certificação de estabelecimentos de reparos em equipamentos de refrigeração
- programas específicos de conscientização para pequenas indústrias e empresas de serviços
- regulamentação para coibir as emissões voluntárias e fugitivas durante a manutenção ou operação de equipamentos contendo SDO
- programa de garantia de qualidade para gases reciclados e substâncias alternativas.
O que o mundo está fazendo?
Em 1839, foi descoberto o ozônio por C. F. Schonbein.
Em 1860, começa-se a medir o ozônio superficial em certos lugares.
Em 1913, foi provado que a maior quantidade de ozônio está na atmosfera.
Em 1920, foi realizada a primeira medida quantitativa de ozônio total.
Em 1972, trata-se do tema do ozônio na Conferência sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, e se cria o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA.
Em 1974, Sherwood Rowland e Mario Molina da Universidade da Califórnia em Berkeley publicam um artigo, sugerindo que os CFCs poderiam desempenhar um papel fundamental na destruição do ozônio na estratosfera.
Em 1977, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNEP) criou um comitê para estudar a Camada de Ozônio.
Em 1978, os EUA, o Canadá, a Suécia e a Noruega baniram o uso de CFCs em aerossóis.
Em 1981, UNEP começou uma negociação intergovernamental para proteger a Camada de Ozônio.
Depois de 1982, o consumo de CFCs voltou a crescer. Os governos acordaram em estudar, trocar informações e proteger a Camada de Ozônio através da Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio (1985).
Em 1987, através do Protocolo de Montreal, 46 governos acordaram uma redução de 50% na produção e consumo de CFCs até o ano 2000 e congelamento ("freeze") da produção e consumo de halons até 1992. Foram desenvolvidas substâncias alternativas não destruidoras da Camada de Ozônio, ou pelo menos com um potencial de destruição muito menor do que as antigas. Começou-se a fazer uso de água, dióxido de carbono, hidrocarbonos, além de HCFCs.
Em 1990, através da Emenda de Londres, os países-membros do Protocolo de Montreal acordaram em banir completamente ("phase-out") os CFCs até o ano 2000 e estabelecer o Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal a fim de ajudar técnica e financeiramente os países em desenvolvimento, dentre outras providências. Foram alocados, inicialmente, US$240 milhões no triênio 1991-1993.
Em 1992, através da Emenda de Copenhague, foi decidido que os países desenvolvidos fariam o "phase-out" dos HCFCs até 2030, o "freeze" do brometo de metila até 1995 e o "phase-out" de CFCs seria antecipado para 1996.
Em 1993, na reunião dos países-membros, em Bangkok, foi acordado o reabastecimento do Fundo Multilateral - US$455 milhões para 1994-1996.
Em 1994, foi realizado o "phase-out" de halons nos países industrializados.
Em 1995, a Federação Russa e alguns outros países relataram incapacidade de realizar o "phase-out" até 1996 por causa de problemas internos. Os países em desenvolvimento acordaram em realizar o "phase-out" de brometo de metila até 2010.
Diante da importância do tema, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou, em 23 de janeiro de 1995, resolução proclamando o dia 16 de setembro como o "Dia Internacional para a Proteção da Camada de Ozônio".
Em 1996, a reunião dos países-membros, em Costa Rica, aprovou o reabastecimento do Fundo Multilateral - US$466 milhões para 1997-1999.
Em 1997, através da Emenda de Montreal, os países industrializados acordaram em realizar o phase-out do brometo de metila até 2005. Os países em desenvolvimento vão realizar o mesmo até 2015. Também foi introduzida a licença para importação e exportação de CFCs.
Em 1999, a reunião dos países membros, na China, aprovou o reabastecimento do Fundo Multilateral - US$ 440 milhões para o triênio 2000 - 2002. Ao todo, os países em desenvolvimento já receberam do Protocolo cerca de US$ 1,6 bilhões de dólares, tendo financiado cerca de 2.000 projetos de investimento, estimulando de forma substancial a transição global por tecnologias livres de Substâncias que destroem a Camada de Ozônio (SDOs).
Até 14 de junho de 2001, os acordos foram ratificados pelos países como se segue:
Convenção de Viena - 175 países-membros
Protocolo de Montreal - 175 países-membros
Emendas de Londres - 145 países-membros
Emendas de Copenhague - 120 países-membros
Emendas de Montreal - 56 países-membros
Emendas de Beijing - 6 países-membros
Apesar das emissões de CFCs terem declinado, as concentrações estratosféricas estão crescendo (apesar de estarem declinando na parte inferior da atmosfera) porque os CFCs de longa-vida emitidos anos atrás continuam a aumentar na estratosfera. Os cientistas preveêm que a destruição da Camada de Ozônio alcançará o seu pior ponto durante os próximos anos, e então, gradualmente começará a sua recuperação, retornando ao normal perto do ano 2050, se completarmos a implementação do Protocolo de Montreal.
Sem o Protocolo, em 2050 a destruição da Camada de Ozônio teria crescido pelo menos 50% no hemisfério norte e 70% no hemisfério sul, cerca de 10 vezes pior que os níveis atuais. O resultado seria o dobro de radiação UV-B alcançando a Terra no hemisfério norte e o quádruplo no sul. A quantidade de substâncias químicas que destroem a Camada de Ozônio (SDO) na atmosfera seria 5 vezes maior. A implicação disso seria desastrosa: 19 milhões a mais de casos de câncer não-melanoma, 1.5 milhões de casos de câncer melanoma e 130 milhões a mais de casos de catarata.
Em 1986, o total de consumo de CFCs no mundo era de aproximadamente 1.1 milhões de toneladas; em 1997 esse consumo baixou para 146.000 toneladas.
O sucesso da proteção à Camada de Ozônio só esta sendo possível, por um lado, porque a ciência e a indústria foram capazes de desenvolver e comercializar alternativas para as substâncias destruidoras do ozônio, e por outro lado, principalmente, porque a sociedade tem tido uma conscientização crescente e exigido da indústria novos procedimentos.
Plano Nacional de Eliminação CFCs
O objetivo desse plano é auxiliar o Governo do Brasil a cumprir os compromissos, estabelecidos pelo Protocolo de Montreal, de eliminação do consumo de CFCs até 2007. Para alcançar este objetivo o Plano propõe:
Utilizar uma combinação de politicas, normas e apoio financeiro para subsidiar o custo de eliminação do setor industrial, dos setores de serviços de refrigeraçao e ar condicionado, e certos setores de usuários finais;
Promover o treinamento de refrigeristas,responsáveis pelas atividades de assistência técnica para o recolhimento/reciclagem , incluindo a reposição de CFCs durante o reparo dos equipamentos, para minimizar e finalmente eliminar a importação destas substâncias;
Desenvolver os componentes de assistência técnica necessários para fortalecer a capacidae da indústria e das agências envolvidas de realizar atividades de investimento, regulamentação e a concientização e participaçaõ do público;
Propõe uma unidade de implementação, incluindo um programa de monitoramento, para assegurar a implementação bem sucedida e eficaz do plano.
O Brasil está em fase de cumprimento do Protocolo de Montreal e está juridicamente obrigado a cumprir os compromissos no âmbito do Protocolo de Montreal e de suas emendas subsequentes.
Dentre as ações a serem desenvolvidas nesse setor, está em curso o treinamento de refrigeristas e o treinamento de oficiais de alfândega. A coordenação dessa atividades está sendo feita pelo Ministério do Meio Ambiente e a execução pelo GTZ / SENAI. As demais atividades previstas no Plano Nacional de Eliminação de CFCs estão sendo executadas pela agência implementadora selecionada- PNUD, sob a coordenação do MMA.
Ações que podemos fazer
Agências envolvidas na elaboração de projetos
O setor industrial é de grande importância e tem sido nele que os planos de eliminação dos CFCs tem centrado esforços no mundo todo, mas todos nós podemos e devemos participar na proteção da Camada de Ozônio. Assim como o Governo Brasileiro, diversos países tem feito campanhas de conscientização para garantir que conheçamos cada vez mais as dimensões do problema e como participar da proteção da Camada de Ozônio, e além de garantir os cuidados com a nossa saúde.
O Ministério do Meio Ambiente apresenta uma lista de ações e procedimentos que você cidadão pode fazer.
Refrigeradores
Não utilize objetos pontiagudos ou cortantes para limpeza do congelador. Desta forma, evitará a perfuração da tubulação que contém o CFC, e conseqüentemente a liberação deste gás para a atmosfera;
Ao solicitar um técnico para efetuar reparos na sua geladeira, pergunte se ele é cadastrado no IBAMA, pois esta é a unica forma de garantir que ele trabalha dentro da lei, dê preferência aos técnicos que tenham curso de boas práticas em refrigeração.
Ar condicionados
Ligue o ar condicionado do seu carro pelo menos uma vez por semana, cerca de cinco minutos, para evitar o ressecamento dos anéis de vedação do sistema e diminuir o vazamento do gás CFC;
O ar condicionado de sua residência, deve ter uma manutenção regular por técnicos qualificados, afim de evitar possíveis vazamentos. Em suma, os procedimentos adotados devem ser os mesmos adotados em relação às geladeiras.
Fonte: www.consciencia.net
Camada de Ozônio
A Camada de Ozônio é uma concentração de gás ozônio situada na alta atmosfera, entre 10 e 50 Km da superfície da Terra. Ela funciona como um filtro solar, protegendo todos os seres vivos dos danos causados pela radiação ultravioleta do Sol. A absorção do UV-B por essa espécie de escudo cria uma fonte de calor, desempenhando um papel fundamental na temperatura do planeta.
Mas algumas substâncias produzidas pelo homem, como os gases CFCs ( utilizados durante anos em geladeiras, condicionadores de ar, sprays etc), vêm atacando essa camada protetora, levando a uma diminuição desse filtro. O resultado é que uma quantidade muito maior de raios UV-B está chegando à Terra.
A redução da Camada de Ozônio provoca efeitos nocivos para a saúde humana e para o meio ambiente.
Nos seres humanos, a exposição a longo prazo ao UV-B está associada ao risco de dano à visão, à supressão do sistema imunológico e ao desenvolvimento do câncer de pele.
Os animais também sofrem as consequências com o aumento do UV-B. Os raios ultravioletas prejudicam os estágios iniciais do desenvolvimento de peixes, camarões, carangueijos e outras formas de vida aquáticas e reduz a produtividade do fitoplâncton, base da cadeia alimentar aquática.
Fonte: www.mma.gov.br
Camada de Ozônio
A camada de ozônio situada na Ozonosfera a uma altitude de aproximadamente 25 mil metros acima da crosta terrestre.
É indispensável à vida porque impede os perigosos raios ultravioletas de atingirem a superfície da Terra, tão prejudiciais à vida vegetal e animal.
O ar da atmosférica, ao nível do mar, apresenta em média um PPM (parte por milhão) de ozônio, mas a uma altitude de 25 Km, existe uma camada mais concentrada de ozônio.
Esta camada contém cerca de seis PPM de ozônio; é ela que protege a Terra da maior parte da irradiação solar de luz ultravioleta danificam os tecidos vivos.
Sem essa camada protetora de ozônio, os vegetais e animais provavelmente não sobreviveriam na Terra.
O ozônio (O3) é uma forma de oxigênio composto por três átomos em vez de dois. Forma-se quando as moléculas de oxigênio (O2) são cindidas e separadas pelos raios ultravioleta na alta atmosfera.
Os dois átomos livres de oxigênio (O) resultantes dessa reação rapidamente ligam-se a outras moléculas para formar o ozônio.
Este processo é reversível; os raios UV também rompem o ozônio formando O2 e O, criando assim, um equilíbrio natural entre O3, O2 e O.
A luz é indispensável à vida na Terra, contudo alguns tipos de luz são prejudiciais consoante o seu comprimento de onda.
A atmosfera absorve a maior parte das radiações ultravioleta, de alta energia, mas deixa passar algumas radiações da gama UV-B que são biologicamente nocivas.
Algumas formas de vida criaram maneiras de se protegeram da exposição aos raios UV, mas as alterações do espectro e da intensidade luminosa decorrente da diminuição da camada de ozônio poderão, no entanto, ser altamente prejudiciais.
Com o uso freqüente de clorofluorcarbonos.
Conhecidos como CFCs, aos poucos a camada de ozônio vai sendo destruída.
Isso faz aumentar a radiação ultravioleta que chega à superfície da Terra.
Os CFCs são usados como gás de refrigeração, desodorantes, aparelhos de ar condicionado, inseticidas, etc.
O CFC sobe lentamente para as zonas superiores além da camada de ozônio, onde, por ação dos raios ultravioleta, rompe-se, desprendendo cloro.
Esse cloro, mais denso que o ar daquelas alturas, cai e, ao passar pela camada de ozônio, reage com ele produzindo óxidos de cloro e oxigênio, que posteriormente se decompõem.
Outros gases que destroem a camada de ozônio são o tetracloreto de carbono, utilizado como solvente e o metilclorofórmio, também solvente, usado na produção de cola e etiquetadores.
No mês de Outubro foi anunciado pela NASA o novo record do burraco da camada de Ozônio que proteje a terra. O buraco esta com tres vezes e meia o tamanho do Brasil, são 29,5 milhões de quilometros quadrados, ou seja a camada de ozônio segundo cientistas já foi destruida 70% e os outros 30% restantes até 2015 poderá chegar a ZERO, impossibilitando a vida vegetal e animal no planeta.
Os cientistas também apontam soluções para reverter esse quadro, mas temos de agir rápido para colocar em prática os processos e procedimentos para reverter a destrição total da camada de ozônio.
Esse é um grande motivo para você vestir a camisa de nossa campanha para deixar O BRASIL + VERDE QUE AMARELO
Fonte: www.ciaeco.com.br
Camada de Ozônio
O que é ozônio?
Ozônio é uma substância química natural da atmosfera terrestre. É um gás que se forma de 3 átomos de oxigênio atômico. Seu símbolo é O3.
O que é camada de ozônio?
A camada de ozônio é uma região da atmosfera terrestre, em torno de 25 a 30 km de altura, onde a concentração do gás ozônio é maior.
Qual a importância da camada de ozônio?
A camada de ozônio tem importância fundamental para a vida no planeta Terra. É ela que absorve a radiação UV-B do Sol, e assim não permite que esta radiação, prejudicial à vida, chegue até a superfície da Terra.
O que é radiação UV-B?
Radiação em geral é a energia que vem do Sol. Esta energia é distribuída em vários comprimentos de onda: desde o infra-vermelho até o ultra-violeta (UV), passando pelo visível, onde a energia é máxima. Na parte do UV, existe o UV-C, que é totalmente absorvido na atmosfera terrestre; o UV-A, que não é absorvido pela atmosfera; e o UV-B, que é absorvido pela camada de ozônio.
Porque a radiação UV-B é tão importante?
A radiação UV-B é responsável por inúmeras sequelas nos seres vivos. O câncer de pele é a doença mais citada pelos médicos. Mas tem efeitos indesejáveis também na visão, onde pode produzir catarata, e tem influência negativa no DNA das células, diminuindo as defesas naturais do organismo.
A camada de ozônio está diminuindo?
Sim, a camada de ozônio está sendo atacada por substâncias químicas produzidas pelo Homem moderno. Estas substâncias, sintetizadas em laboratório, são conhecidas pelo nome coletivo de CFC (cloro-fluor-carbonetos). Uma das componentes destas substâncias é o cloro, que ataca e destrói o ozônio na estratosfera.
O que é o Buraco na camada de ozônio?
O Buraco na Camada de ozônio é um fenômeno que só acontece na Antártica, isto é, na região do Polo Sul. É um fenômeno cíclico. É uma destruição violenta de ozônio na atmosfera, durante a primavera de cada ano, quando mais da metade da camada é destruída. Nestas ocasiões, a radiação UV-B aumenta muito. Por estar distante do Brasil, não nos afeta diretamente, embora tenha influências indiretas de interesse científico.
O UV-B está aumentando?
É um fato, registrado por medidas em vários locais do mundo, que a camada de ozônio está diminuindo, numa taxa média anual de 4% por década. Como a camada é o único filtro natural protetor contra a radiação UV-B, esta radiação deve aumentar nos próximos anos.
A radiação UV-B está sendo monitorada em todo o mundo, inclusive no Brasil pelo INPE. Ainda não há evidências concretas mostrando um aumento do UV-B nos últimos anos. Mas tudo leva a crer, teoricamente, de que a radiação UV-B deverá aumentar nos próximos anos.
É perigoso ficar no sol?
Não é perigoso ficar no sol, a não ser em casos exagerados. Existem hoje meios de se determinar para cada pessoa, o tempo que pode ficar exposto ao sol sem se queimar, e sem o risco de ter câncer de pele no futuro.
O que é o Índice de UV-B?
O índice de UV-B é um número, numa escala de 0 a 16, que indica a intensidade do sol num determinado instante, ou num determinado dia (valor máximo). É determinado, no Brasil, pelo INPE, e tem base numa rede de medidores de radiação UV-B espalhados no Brasil de modo a cobrir o país de maneira adequada.
Para que serve o ìndice de UV-B?
O índice de UV-B indica a intensidade do Sol na faixa do UV-B, e serve para orientar cada pessoa, dependendo de seu biotipo, quanto tempo pode ficar no Sol sem se queimar, isto é, quanto tempo, em minutos, pode ficar exposto à radiação UV-B com a sua própria resistência interna, sem prejudicar a sua saúde.
Como determinar o biotipo da pessoa?
Na questão relativa ao índice de UV-B, é mais fácil dividir a sensibilidade da pele humana da pessoa em quatro grupos. Cada pessoa pode facilmente identificar-se dentro de cada um deles. O mais sensível é o tipo A, que tem a pele muito branca; o mais resistente é o tipo D, aquele que tem a pele negra; além destes extremos há dois casos intermediários, o tipo B, que é o moreno claro; e o moreno escuro, tipo C.
Como achar os tempos de exposição permissíveis?
O tempo de exposição permissível ao Sol, sem queimar, foi determinado por médicos dermatologistas através de experiências com pessoas. Os valores em minutos, para cada um dos biotipos, constam da tabela especial composta pelo Laboratório de ozônio do INPE.
O Índice UV-B é um número numa escala de 0 a 16 que mede o risco do efeito biológico de eritema sobre a pele humana exposta à radiação solar: quanto maior o Índice UV-B, maior é o risco. O eritema é o envermelhecer da pele devido a exposição à radiação UV-B. A exposição em excesso causa queimadura na pele e a longo prazo pode causar câncer de pele entre outros males.
Há 4 tipos de pele no que se refere aos efeitos de eritema e queimadura devido a exposição à radiação UV-B conforme mostra a tabela abaixo.
Tipo de pele em função do efeito de eritema produzido pela radiação UV-B
Essa variedade de tipos de pele faz com que para um dado valor de Índice UV-B, obtido na figura abaixo, o tempo máximo de exposição varie conforme mostra a TABELA DE EXPOSIÇÃO SEGURA AO SOL
Como aumentar os tempos para ficar no Sol?
O exame da Tabela de exposição mostra que os tempos que cada pessoa pode ficar ao Sol sem se queimar é relativamente pequeno, de alguns minutos. Mas é perfeitamente possível ficar mais tempo no Sol, com alguns cuidados que protegerão adequadamente, como o uso do guarda-sol, de chapéu, camiseta, óculos, etc. No entanto, a maneira tecnologicamente mais correta de se proteger do Sol nos nossos dias, é através do uso de protetores solares químicos, disponíveis no mercado, e produzidas por empresas competentes. Deve-se passar estes filtros solares mais de uma vez durante o banho de sol.
Quantas vezes aumenta a proteção com os filtros?
Os filtros solares normalmente vêm com uma indicação numérica, bem visível, estampada no frasco, por exemplo, 15. Este é o chamado fator de proteção. Ele indica quantas vezes mais, em minutos, a pessoa pode ficar ao Sol, com total proteção. Assim, se a Tabela de exposição indica, para um certo índice de UV-B, que o tempo de exposição é de 5 minutos, com o protetor de fator 15, a pessoa poderá ficar 15X5=75 minutos ao Sol.
Qual o filtro solar que a pessoa deve usar?
Isto depende de quanto tempo pretende ficar ao Sol. Mas os fatores de proteção mais altos, nem sempre são necessários. Como regra geral, deve-se recomendar o fator de proteção 15, que é muito eficaz, mais barato, e normalmente é suficiente para proteger o banhista médio. Para casos específicos, consulte o seu médico.
Nossos pais não se preocupavam tanto com o Sol, porque nós precisamos?
Por que o meio ambiente em que vivemos está mudando. A camada de ozônio está mudando. Nas próximas décadas mais ozônio vai ser destruído, e tudo leva a crer que o UV-B vai aumentar. Por isto é importante que todos tomem mais cuidado. É uma questão de saúde. Quem abusar vai sofrer as consequencias.
Fonte: www.dge.inpe.br
Camada de Ozônio
Gases produzidos pelo homem podem destruir a camada de ozônio que filtra os raios nocivos UVB.
RISCO DE OCORRÊNCIA: a emissão de gases nocivos diminuiu desde a década de 90
Todo mundo sabe que acima de nossas cabeças existe uma grande quantidade de gases, a que damos o nome de atmosfera.
Suas principais funções são:
1. Presença do oxigênio
2. Sem o invólucro gasoso todo o calor irradiado pelo Sol se dissiparia no espaço exterior
3. Graças a sua composição, a atmosfera filtra as radiações ionizantes, em uma região chamada de ionosfera, as ondas ultravioletas, na região da estratosfera, que contém Ozônio (20 a 35Km de altura)
4. Desintegra meteoritos pelo atrito
5. Por efeito de convecção é mantido o equilíbrio térmico na superfície terrestre.
6. É a pressão atmosférica que mantém nosso sangue no interior do corpo em perfeito equilíbrio com a pressão interna. Camada de ozônio, Camada de ozônio, Camada de ozônio, Camada de ozônio, UVA, UVA, UVA, UVB, UVC, UVC
A atmosfera da Terra é formada por diversas camadas de diferentes densidades de gases, sendo os gases mais abundantes o Nitrogênio (78%), Oxigênio (21%) , Argônio (0,9%) e o Gás Carbônico (0,03%).
O gás mais importante para nós sem dúvida é o oxigênio, fundamental para os nossos processos bioquímicos que nos mantém vivos. Porém existem organismos na face da Terra que não precisam de oxigênio para sobreviver. São os chamados seres Anaeróbicos, que utilizam agentes oxidantes como o sulfato e o nitrato para obter energia.
Camadas da atmosfera da Terra
Mas existe um parente próximo do oxigênio que esta presente na atmosfera e também é de extrema importância para todos os seres vivos. É o gás ozônio (O3 – lembrando que oxigênio é O2) que ocupa principalmente uma faixa entre 20 e 35 Km de altitude, em uma região conhecida como estratosfera.
Ele absorve uma porção da radiação ultravioleta que vem do Sol e é nociva aos seres vivos, chamada ultravioleta-B (UVB).Camada de ozônio, Camada de ozônio, Camada de ozônio, Camada de ozônio, UVA, UVA, UVA, UVB, UVC, UVC
O Sol emite 3 tipos de radiações: ultravioleta (UVA, UVB e UVC), luz visível e infravermelho.
O Sol emite os raios UVB nocivos aos seres vivos
A radiação ultravioleta-A compõe de 90 a 95% da energia ultravioleta do espectro solar. Não causa queimaduras na pele (bronzeamento), mas causa o envelhecimento precose.
A radiação ultravioleta-B representa uma ínfima parte da radiação solar, mas o seu estrago é grande. Ela é a grande responsável pelo bronzeamento e aparecimento de câncer, principalmente o de pele. Você utiliza protetor solar para bloquear os raios UVB que passam pela camada de oxônio. Agora imagine: a camada de ozônio filtra quase toda a radiação UVB, deixa passar só um pouco, e mesmo assim o numero de pessoas com câncer de pele aumenta sempre! Imagine se não existir camada de ozônio? Ninguém mais vai poder sair no sol!
A radiação ultravioleta-C fica completamente retida na camada de ozônio e não oferece perigo para seres humanos.
As ondas ultravioletas são uma forma de radiação excitante, que faz com que elétrons se desloquem para órbitas mais afastadas do núcleo. Existe ainda a radiação ionizante, que converte átomos em íons pois são capazes de arrancar elétrons dos átomos. Raios Cósmicos (Raio Y), Raios Gama (veja matéria sobre o assunto) e Raios X são exemplos de radiações ionizantes. Na atmosfera, a 4º camada de baixo para cima, que se estende de 80 a 400Km de altura esta a chamada Ionosfera, região recheada de íons que sofreram ação de radiações ionizantes, evitando que estes perigosos raios atinjam a superfície da Terra.Radiação eletromagnética, Radiação eletromagnética, Radiação eletromagnética, Radiação eletromagnética, Camada de Ozônio, Camada de Ozônio, UVA, UVA, UVB UVC, UVC, UVC
Então, como já vimos a radiação ionizante fica retida na camada da atmosfera terrestre chamada de ionosfera, evitando perigo para os seres vivos. A UVB fica retida na camada de ozônio.
Mas, em 1928, pesquisadores da General Motors inventaram um gás que combinava cloro, flúor e carbono. Chamado de CFC, ele logo ganhou aplicações na indústria de refrigeradores e sprays e se disseminou pelo mundo.
Foi só entre as décadas de 70 e 80 que os pesquisadores descobriram que todo o gás emitido desde então havia se espalhado pela atmosfera e estava destruindo a camada de ozônio. A descoberta, em 1985, de um enorme buraco sobre a Antártida fez a comunidade internacional se mexer. Em 1988, no protocolo de Montreal, o CFC foi finalmente banido.
Em setembro de 1981, o buraco no ozônio era ainda bem pequeno (repare a cor azul-claro sobre a Antártica). Doze anos depois, em 1993, a situação era nitidamente mais grave. Apesar das restrições ao uso de clorofluorcarbonos em todo o mundo, em setembro de 2000 o buraco atingiu seu maior tamanho. Toda a mancha azul-escura e azul-clara é o buraco na camada de ozônio, equivalente a mais de três vezes a área do Brasil. Os pontos azuis-escuros, marcados com as setas, representam as áreas em que a concentração de ozônio está bem abaixo de 150 Dobson, nível de altíssimo perigo para os seres vivos. O problema é tão sério que o filtro solar da Terra ganhou uma data especial: 16 de setembro é Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio.
Atualmente, o buraco continua a crescer, mas o futuro já não é tão sombrio. “Ganhamos uma enorme batalha”, diz Volker Kirchhoff, chefe do laboratório de ozônio do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Mas a guerra ainda não esta vencida. “O CFC foi substituído por substâncias que também afetam a camada de ozônio. O que fizemos foi dar mais um prazo à humanidade”, diz o professor.
Fonte: www.sobrenatural.org
Camada de Ozônio
A camada de ozônio é uma região da atmosfera, onde se acumula 1 parte de ozônio para cada 1 milhão de partes de oxigênio.
Ela possui 30 mil metros de espessura.
Função
Sua importância é que a camada forma uma barreira a terra, bloqueando a penetração das radiações ultra-violetas do sol. Sem a camada de ozônio não seria possível a vida na terra , pois ela retem 95% das radiações ultravioletas.
Ultravioleta
Raio gerado pelo sol, mais agressivo que o raio infra vermelho, em dias de muito sol em dias de muito sol provoca queimaduras e provavelmente são os causadores dos vários tipos de câncer de pele existentes nos humanos.
Cálculos da academia de ciências dos Estados Unidos estimam que com a diminuição de 1% da camada de ozônio, 10 mil novos casos de câncer de pele ocorrerão nos Estados Unidos.
O que é ozônio
O ozônio é uma forma de oxigênio em que a molécula é constituída de três átomos (O3 ) no lugar de dois (O2 ) do oxigênio normal.
Buraco na camada de ozônio
Buraco na camada de ozônio é um termo popular usado para definir uma área em que o ozônio se encontra em menos concentração que o esperado. O buraco na camada de ozônio é um grande problema para a humanidade atualmente. Desde a década dos anos 80 vem sida constatada uma queda da concentração do ozônio sobre a Antártica, em uma área de 60% da concentração normal. Recentemente foram encontradas novas áreas com baixa concentração de ozônio, agora também no hemisfério norte.
Conseqüências do buraco
Quanto menos ozônio houver na estratosfera, maior será a incidência de radiações ultravioleta sobre a terra. Como essas radiações são extremamente nocivas para o tecido cutâneo humano, uma grave conseqüência de seu aumento é a maior incidência dos vários tipos de câncer de pele, entre eles o carcinoma de células basais, ou basocelular e o melanoma. Cálculos da academia de ciências do EUA estimam que a diminuição de 1% da camada de ozônio pode gerar 10 mil novos casos de câncer de pele só nos americanos.
Na Grã-bretanha uma pesquisa provou que o aumento das radiações ultravioletas eleva a ocorrência dos casos de catarata e de outros. O excesso de UVs afeta a fotossíntese, processo pelo qual os vegetais fabricam o oxigênio e alimento a partir do dióxido de carbono e da água do ambiente. Com isso a planta demora a crescer, tem folhas pequenas, suas sementes perdem qualidade e ela fica mais exposta ao ataque das pragas; como resultado ocorre redução das safras agrícolas. É possível ainda que as Uvs destruam o filoplâncton, grande responsável pela produção de oxigênio do mundo e alimento de muitas espécies marítima; e por fim as radiações poderiam modificar a distribuição térmica e a circulação do ar no planeta, e a decorrência desse conjunto de alterações seria reações e aceleração de alguns processos metabólicos e de decomposição que produzem metado, monóxido e dióxido de carbono, o que poderia agravar o efeito estufa.
Monóxido de nitrogênio
A formação de monóxido de nitrogênio na estratosfera se deve principalmente a circulação de aviões supersônicos, que trafegam na região, ou próximo a ela. Dados constatados indicam que 1 hora de vôo pode gerar uma tonelada de monóxido de nitrogênio.
Clorofluorcarbonos
Os fluorcarbonos (fc) consistem de uma classe de compostos muito diversificada que em sua estrutura contem átomos de carbono e flúor. Essa classe também abriga os compostos que comprovadamente tem uma ação danosa a camada de ozônio, os principais são os clorofluorcarbonos (CFCs) tipo 11, 12, 113, 114, e 115 e os bromoclorofluorcarbonos (BrCFCs) tipos halon 1301, halon 1211 e halon 2402.
Os CFCs são utilizados em aerossóis pressurizados nos quais atuam como prepelentes, em compressores pela industria de refrigeração, em processo de expansão de espumas e na limpeza de aparelhos eletrônicos. Os BrCFCs são usados principalmente em extintores de incêndio.
A industria tem muitos motivos para usar esses gases: eles são baratos, tem baixíssima toxidade, não são inflamáveis nem corrosíveis e possuem certa estabilidade química na baixa atmosfera. E essa ultima característica que permite aos CFCs subirem intactos até a estratosfera , onde reagem com as moléculas de ozônio.
A destruição da camada de ozônio ocorre quando os CFCs chegando a estratosfera intactos se quebram em varias partículas liberando o átomo de cloro, ele por sua vez rompe a molécula de ozônio formando monóxido de cloro e oxigênio.
O cloro libera o oxigênio que se liga a outro átomo de oxigênio e o átomo de cloro passa a destruir a outra molécula de ozônio; formando uma reação em cadeia.
Os CFCs são apontados como os principais redutores da camada de ozônio. Em paises como no Brasil e EUA esse gases já são proibidos em aerossóis. Nesses casos eles estão sendo trocados pelo propaso ou pelo butano. O problema é encontrar alternativas de substituição em industrias como a de refrigeração, (geladeira, aparelhos de ar-condicionado e congeladores) de espuma plástica (isopor) e outras...
Conseqüências do buraco
Quanto menos ozônio houver na estratosfera, maior será a incidência de radiações ultravioleta sobre a terra. Como essas radiações são extremamente nocivas para o tecido cutâneo humano, uma grave conseqüência de seu aumento é a maior incidência dos vários tipos de câncer de pele, entre eles o carcinoma de células basais, ou basocelular e o melanoma. Cálculos da academia de ciências do EUA estimam que a diminuição de 1% da camada de ozônio pode gerar 10 mil novos casos de câncer de pele só nos americanos.
Na Grã-bretanha uma pesquisa provou que o aumento das radiações ultravioletas eleva a ocorrência dos casos de catarata e de outros. O excesso de UVs afeta a fotossíntese, processo pelo qual os vegetais fabricam o oxigênio e alimento a partir do dióxido de carbono e da água do ambiente. Com isso a planta demora a crescer, tem folhas pequenas, suas sementes perdem qualidade e ela fica mais exposta ao ataque das pragas; como resultado ocorre redução das safras agrícolas. É possível ainda que as Uvs destruam o filoplâncton, grande responsável pela produção de oxigênio do mundo e alimento de muitas espécies marítima; e por fim as radiações poderiam modificar a distribuição térmica e a circulação do ar no planeta, e a decorrência desse conjunto de alterações seria reações e aceleração de alguns processos metabólicos e de decomposição que produzem metado, monóxido e dióxido de carbono, o que poderia agravar o efeito estufa.
Antártida
A Antártida é a região mais afetada pela destruição da camada de ozônio, principalmente no mês de setembro no qual metade da concentração de ozônio é sugada da atmosfera deixando uma área de 31 milhões quilômetros quadrados a mercê dos raios ultravioletas.
Isso acontece na Antártida porque o ar de lá , devido ao rigoroso inverno, não circula pelo mundo , como o ar dos outros lugares. Foi constatado que na Antártida a concentração de monóxido de cloro é 100 vezes maior do que em qualquer parte do mundo.
A figura abaixo mostra a variação do buraco na Antártida ano a ano, de 1979 até 1992. Observa-se um crescimento contínuo durante a década de 80, com ligeira redução de suas dimensões nos anos de 1986 e 1988. A partir de 1989, porém, o buraco não se reduz mais
Fonte: cadeozio.cjb.net
Camada de Ozônio
A Camada de Ozônio encontra-se na estratosfera, entre 15 e 50 Km, em forma de um escudo fino natural da Terra, que protege todos os seres vivos dos danos causados pela radiação ultravioleta(UV) do Sol, ela retém 95% das radiações ultravioletas. É uma região da atmosfera, onde se acumula 1 (uma) parte de ozônio para cada 1 milhão de partes de oxigênio.
As moléculas de ozônio (O3) consistem de 3 átomos de oxigênio. Esse gás é extremamente raro na atmosfera, representando somente 3 entre as 10 milhões de moléculas no ar. 90% do ozônio existe na estratosfera, entre 10 e 50 km acima da Terra.Devido à alta reatividade, a concentração de ozônio é resultado de um equilíbrio entre a sua produção e destruição, gerando camadas de alta e baixa concentração que atingem níveis máximos numa faixa de 30 Km de altura, chamada Camada de Ozônio . Raios ultravioleta em excesso, principalmente na faixa do UV-B (280 a 320 nanômetros de comprimento de onda), que atinjam a superfície terrestre, podem acarretar sérios prejuízos à saúde do homem e ao meio ambiente em geral. Quando os raios UV incidem sobre uma molécula de ozônio, esta energia extra rompe as ligações entre os átomos, liberando uma molécula de O2 e um átomo de Oxigênio livre.
.O3(g) + hn --> O(g) + O2(g)
Nesta reação demonstramos que o Ozônio é consumido naturalmente como também é produzido na presença de um catalisador, havendo um equilíbrio.
Por que a Camada de Ozônio está sendo degradada?
O ozônio doa, com facilidade, moléculas de oxigênio para espécies de radicais livres como o nitrogênio, hidrogênio, bromo e cloro. Esses compostos ocorrem naturalmente na estratosfera a partir de fontes como o solo, vapores d'água e oceanos.
Ex.:
O3(g) +X --> XO + O2(g)
Onde X pode ser O, NO, OH, Br ou Cl..
A destruição do ozônio acontece de forma natural e equilibrada, mas substâncias estranhas podem acelerar e desequilibrar esse processo gerando assim os buracos na camada de ozônio.
Há um consenso mundial sobre a teoria de que o cloro que contém as substâncias químicas artificiais liberadas na atmosfera, é responsável pela destruição do ozônio na estratosfera. Uma grande parte desses compostos são constituídos pelos Clorofluorcabonos (CFCs - 11, 12, 113, 114 e 115), brometo de metila e halons (agentes de extintores de incêndio - 1211, 1301, 2402). Substâncias contidas em erupções vulcânicas ou mesmo nos oceanos também agridem a camada, mas nesse caso a natureza sempre demonstrou fôlego para se recompor. Os CFCs, inventados em 1928, foram utilizados durante anos em geladeiras, condicionadores de ar, sistemas de refrigeração, isolantes térmicos e sprays.
Substâncias com CFCs e BrFCs podem atravessar intactas as camadas mais baixas da atmosfera e se acumularem nas camadas superiores onde a radiação UV é suficientemente forte para decompor as moléculas liberando bromo e cloro em quantidade suficiente para atacar a camada de ozônio. Sem sofrer modificações, a intensa radiação UV-C destrói as ligações químicas, liberando o cloro que separa um átomo da molécula de ozônio, transformando em oxigênio.
O cloro atua como catalisador, levando a cabo essa destruição sem sofrer nenhuma mudança permanente, de maneira a poder continuar repetindo o processo. Estima-se que uma única molécula de CFC teria a capacidade de destruir até cem mil moléculas de ozônio.
Perto da superfície da terra clorofluorcarbonos são relativamente inofensivos porque não reagem espontaneamente. São insolúveis em água, não podendo ser "lavados" pela chuva. Está comprovado que sua estabilidade é o que o torna mais perigoso, porque ele atravessa a atmosfera intacto, acumulando-se na estratosfera, onde pode ser decomposto pelos raios UV.
Na estratosfera, a radiação UV de alta energia ocasiona a fotodecomposição das moléculas de CFCs liberando átomos de cloro que é um poderoso catalisador da destruição do ozônio. Inicialmente os átomos de cloro livres, reagem com compostos instáveis contendo oxigênio, como exemplo o ozônio, formando monóxido de cloro (ClO).
Ex.:
.Cl + O3(g) --> -- ClO(g) + O2(g)
O monóxido de cloro reage com átomos de oxigênio, produzindo moléculas de O2 e novamente, átomos de cloro. O átomo de cloro regenerado inicia um novo ciclo de destruição, portanto, um único átomo de cloro pode ser capaz de destruir até cem mil moléculas de ozônio.
Ex.:
.ClO(g) + O --> Cl + O2(g) .
Os mais perigosos produtos têm vida longa. O CFC-11 dura em média 50 anos, o CFC-12 em média 102 anos e o CFC-113 em média 85 anos. Portanto, as emissões dessas substâncias químicas influirão no processo de esgotamento da Camada de Ozônio durante muitos anos.
Já o brometo de metila, é uma substância (gás) utilizada para a fumigação de solos, visando a eliminação de fungos, bactérias e patógenos. Também tem um grande potencial de destruição da Camada de Ozônio.
Os gases Halons são utilizados principalmente para o combate a incêndios.
O Monóxido de nitrogênio-A formação de monóxido de nitrogênio na estratosfera se deve principalmente a circulação de aviões supersônicos, que trafegam na região, ou próximo a ela. Dados constatados indicam que 1 hora de vôo pode gerar uma tonelada de monóxido de nitrogênio.
Essas substâncias são utilizadas principalmente nos seguintes setores:
- Refrigeração e serviços
- Solventes
- Extinção de Incêndio
- Agrícola
- Aerossóis
- Espumas
Os CFCs são apontados como os principais redutores da camada de ozônio. Em paises como no Brasil e EUA esses gases já são proibidos em aerossóis. Nesses casos eles estão sendo trocados pelo propaso ou pelo butano. O problema é encontrar alternativas de substituição em industrias como a de refrigeração, (geladeira, aparelhos de ar-condicionado e congeladores) de espuma plástica (isopor) e outras.
Quais os Problemas Decorrentes da Destruição da Camada de Ozônio?
O ciclo de destruição do ozônio estratosférico por radiação UVB desempenha um papel importante em favor da vida, pois diminui a quantidade de radiação UV que chega até superfície do planeta. A radiação UV, que bronzeia, seca e envelhece a pele, é prejudicial aos animais e plantas, principalmente porque pode danificar o DNA (ácido desoxirribonucléico). Essa molécula contém informações genéticas necessárias para reprodução e manutenção saudável dos seres vivos.
Danos causados ao DNA por exposição excessiva à radiação UV, aumentam a probabilidade de ocorrer uma mutação indesejável durante a reprodução celular, levando eventualmente a um crescimento tumoroso como, por exemplo, o câncer de pele. A destruição da Camada de Ozônio multiplicaria estes efeitos
Além de queimaduras , catarata, fragilização do sistema imunológico, redução das colheitas, degradação do ecossistema dos oceanos e redução da pesca. Se essa camada desaparecesse, a radiação ultravioleta do Sol esterilizaria a superfície do globo e aniquilaria toda a vida terrestre. Dada a magnitude dos riscos, foi impulsionada a adoção de medidas imediatas a nível mundial para a proteção da Camada de Ozônio
Quanto menos ozônio houver na estratosfera, maior será a incidência de radiações ultravioleta sobre a terra. Como essas radiações são extremamente nocivas para o tecido cutâneo humano, uma grave conseqüência de seu aumento é a maior incidência dos vários tipos de câncer de pele, entre eles o carcinoma de células basais, ou basocelular e o melanoma. Cálculos da academia de ciências do EUA estimam que a diminuição de 1% da camada de ozônio pode gerar 10 mil novos casos de câncer de pele só nos americanos.
Na Grã-bretanha uma pesquisa provou que o aumento das radiações ultravioletas eleva a ocorrência dos casos de catarata e de outros. O excesso de UVs afeta a fotossíntese, processo pelo qual os vegetais fabricam o oxigênio e alimento a partir do dióxido de carbono e da água do ambiente. Com isso a planta demora a crescer, tem folhas pequenas, suas sementes perdem qualidade e ela fica mais exposta ao ataque das pragas; como resultado ocorre redução das safras agrícolas. É possível ainda que as Uvs destruam o filoplâncton, grande responsável pela produção de oxigênio do mundo e alimento de muitas espécies marítimas; e por fim as radiações poderiam modificar a distribuição térmica e a circulação do ar no planeta, e a decorrência desse conjunto de alterações seria reações e aceleração de alguns processos metabólicos e de decomposição que produzem metado, monóxido e dióxido de carbono, o que poderia agravar o efeito estufa.
Buraco na camada de ozônio
Buraco na camada de ozônio é um termo popular usado para definir uma área em que o ozônio se encontra em menos concentração que o esperado. O buraco na camada de ozônio é um grande problema para a humanidade atualmente. Desde a década dos anos 80 vem sida constatada uma queda da concentração do ozônio sobre a Antártica, em uma área de 60% da concentração normal. Recentemente foram encontradas novas áreas com baixa concentração de ozônio, agora também no hemisfério norte.
Antártida
O ozônio sempre foi mais concentrado nos pólos do que no equador, e nos pólos ele também se situa numa altitude mais baixa. Por essa razão, as regiões dos pólos são consideradas propícias para a monitoração da densidade da camada de ozônio.
A Antártida é a região mais afetada pela destruição da camada de ozônio, principalmente no mês de setembro no qual metade da concentração de ozônio é sugada da atmosfera deixando uma área de 31 milhões quilômetros quadrados a mercê dos raios ultravioletas.
A cada primavera, no hemisfério Sul, aparece um "buraco" na Camada de Ozônio sobre a Antártida tão grande como a superfície dos Estados Unidos (20 a 25 milhões de km2). O problema é pior nessa parte do globo devido à atmosfera muito fria e à presença de nuvens polares estratosféricas (menos de -80ºC) que retêm cloro e bromo. Com o retorno da primavera e o descongelamento das nuvens, esses elementos são liberados e reagirão com o ozônio.
Em todo o mundo, as massas de ar circulam, sendo que um poluente lançado no Brasil, pode ir parar na Europa devido às correntes de convecção. Na Antártida, por sua vez, devido ao rigoroso inverno de seis meses, essa circulação de ar não ocorre, e então se formam círculos de convecção exclusivos daquela área, chamados de vórtex ou vórtice polar.
O vórtice isola a atmosfera Antártica e impede a entrada de ozônio, essencialmente produzida sobre os trópicos e transportado até lá pelos ventos. Assim, os poluentes atraídos durante o verão, ficam retidos na Antártida até que sobem para a estratosfera.
Em setembro, com o início da primavera, os compostos acumulados começam a dissociar-se, iniciando então uma destruição em larga escala do ozônio local, situação que se perpetua até novembro, quando a circulação se modifica, com a entrada de ar oriundo de outras regiões e a constante recomposição da camada local de ozônio.
(C.O.2) Foi constatado que na Antártida a concentração de monóxido de cloro é 100 vezes maior do que em qualquer parte do mundo
Desde 1957 são feitas medições na camada de ozônio acima da Antártida e os valores considerados normais variam de 300 a 500 dobsons. No ano de 1982, porém, o cientista Joe Farman, juntamente com outros pesquisadores da British Antartic Survey, observaram pela primeira vez estranhos desaparecimentos de ozônio no ar sobre a Antártida. Como estavam usando um equipamento já um tanto antigo, e os dados que estavam coletando não tinham precedentes, em vista da grande diminuição da concentração do gás (cerca de 20% de redução na camada de ozônio), acharam por bem aguardar e fazer novas medições em outra época, com um aparelho mais moderno, antes de tornar público um fato tão alarmante. Além disso, o satélite Nimbus 7, lançado em 1978 com a função justamente de monitorar a camada de ozônio, não havia até então detectado nada de anormal sobre a Antártida.
Joe Farman e seus colegas continuaram medindo o ozônio na Antártida nos dois anos seguintes, no período da primavera, e constataram não só que a camada de ozônio continuava diminuindo como ainda que essa redução tornava-se cada vez maior. Agora estavam usando um novo equipamento, o qual lhes indicou, em 1984, uma redução de 30% na camada de ozônio, valor este confirmado por uma outra estação terrestre situada a 1.600 km de distância. Nos anos seguintes a concentração de ozônio continuou a cair na época da primavera e, em 1987, verificou-se que 50% do ozônio estratosférico havia sido destruído, antes que uma recuperação parcial ocorresse com a chegada do verão antártico.
O satélite Nimbus 7 não havia detectado as primeiras reduções na camada de ozônio por uma razão muito simples: ele não havia sido programado para detectar níveis de ozônio tão baixos. Valores abaixo de 200 dobsons eram considerados erros de leitura, e por isso não eram levados em conta…
Os cientistas não podiam prever que uma alteração tão drástica na ordem natural pudesse ocorrer, e por essa razão não haviam considerado essa hipótese.
Num artigo científico escrito em 1987, Joe Farman declarou:
"Antes de 1985 todos os químicos atmosféricos pensavam que estavam no caminho certo de compreenderem o ozônio. As observações e os modelos propostos se harmonizavam. Mudanças observadas e previstas eram de menos de 1% por década. Entretanto, sobre a Antártida a destruição é hoje em dia superior a 50%, e isto por um período entre 30 e 40 dias a cada ano."
Naquela época Joe Farman ainda não podia imaginar que a destruição ainda aumentaria muito mais nos próximos anos, que o buraco se alargaria, que sua ocorrência não ficaria restrita a alguns dias por ano, que apareceria um segundo buraco no Ártico e que surgiriam outros pontos no globo com decréscimo do nível de ozônio.
De fato, já mesmo em 1987 foram detectadas ocorrências menores, apelidadas de "mini-buracos", que apareceram próximos à região polar. O próprio buraco antártico apresentou variações inconcebíveis naquele ano: em outubro havia desaparecido nada menos que 97,5% do ozônio detectado em agosto, na altitude de 16,5 km.
Em seu livro O Buraco no Céu, publicado em 1988, John Gribbin afirma que mesmo que não houvesse sido detectado o buraco no ozônio na Antártida, os anos de 1986 e 1987 já teriam dado motivos de sobra para preocupação. Medições de satélite indicaram, já naquela época, uma "impressionante diminuição geral na concentração de ozônio estratosférico ao redor do globo." Essa redução já havia alcançado o sul da América do Sul, Austrália e Nova Zelândia, esta última com um decréscimo de 20%. A Suíça também mostrou preocupação na época, quando medições feitas com instrumentos em terra revelaram um estreitamento da camada de ozônio sobre o país.
Em 1991, a NASA anunciou que o ozônio estratosférico sobre a Antártida havia atingido o nível mais baixo até então registrado: 110 dobsons para um nível esperado de 500 dobsons. Também em 1991, o Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (PNUMA) revelou que, pela primeira vez, estava-se produzindo uma perda importante do ozônio tanto na primavera como no verão, e tanto no hemisfério norte como no hemisfério sul, em latitudes altas e médias. Este fato fez crescer a apreensão geral, já que no verão os raios solares são muito mais perigosos que no inverno.
Em 1992 verificou-se que se havia formado um buraco também sobre o Ártico, com uma redução de 20% do ozônio. O novo buraco do Ártico não só permaneceu como continuou aumentando: nos três primeiros meses de 1996 ele cresceu mais de 30%, estabelecendo um novo recorde.
Ainda em 1992 os pesquisadores constataram que a destruição estava se generalizando mais ainda, ocorrendo de forma global desde a Antártida até o Ártico, nos trópicos e nas regiões de latitudes médias, com uma redução variando entre 10% e 15%. A partir daquela época, os habitantes das ilhas Falklands/Malvinas passaram a ficar exposto ao buraco todo o ano durante o mês de outubro.
Em setembro de 1994, 226 cientistas de 29 países entregaram à OMM(Organização Meteorológica Mundial), um relatório onde afirmavam que de 1992 a 1994 haviam sido registrados "níveis recordes" de destruição da camada de ozônio.
Em 1995 a OMM avisou que o buraco na camada de ozônio na Antártida havia atingido o tamanho recorde de 10 milhões de km², área aproximadamente igual a da Europa." Em novembro daquele ano, também de acordo com a OMM, o buraco apresentava a maior área já registrada para aquela época do ano, em seu movimento cíclico de expansão e redução: 20 milhões de km². Entre setembro e outubro de 1996, o tamanho da destruição era de nada menos que 22 milhões de km²...
O efeito imediato da redução da camada de ozônio é o aumento da nociva radiação ultravioleta UV-B. No ano de 1993, o Dr. Paul Epstein, da Universidade de Harvard, alertava que em razão do aumento da radiação ultravioleta, o bacilo do cólera poderia estar sofrendo mutações mais aceleradas, adquirindo fatores resistentes a antibióticos presentes nos gigantescos blocos de algas flutuantes nos mares.
Em 1995, o Instituto Scripps de Oceanografia de San Diego, Califórnia, informou que partes da América do Norte e Europa Central, o Mediterrâneo, a África do Sul, a Argentina e o Chile já estavam sendo submetidos a aumentos significativos de irradiação.
Em 1996 o buraco sobre o hemisfério norte começou dois meses mais cedo e foi o mais profundo e duradouro até então observado. Em março daquele ano, o assessor especial da Organização Meteorológica Mundial, Romen Boykov, alertou: "Não estamos falando de regiões desérticas, mas de regiões povoadas, onde os níveis de radiação duplicaram. Isso é muito preocupante!" Boykov fazia referência agora à redução constatada de 45% de ozônio em um terço do hemisfério norte.
Apesar da gravidade da situação, nenhuma matéria sobre o assunto foi publicada nas revistas Science e Nature, os periódicos científicos mais importantes do mundo. Este fato não passou despercebido ao pesquisador Jim Scanlon. Segundo ele, os investidores são muito suscetíveis a notícias "não otimistas", e os grandes jornais procuram filtrar informações que possam ser consideradas negativas para os negócios. Jim Scanlon afirmou que o buraco na Antártida é reportado com grande nível de detalhe porque afeta relativamente poucas pessoas, em regiões isoladas. Já o buraco no Ártico não é reportado porque afeta cerca de 80 milhões de pessoas no hemisfério norte.
Os dados disponíveis em 1996 indicavam que a média anual de radiação ultravioleta no hemisfério norte estava aumentando 6,8% por década, incluindo áreas da Inglaterra, Alemanha, Rússia e Escandinávia. No hemisfério sul, a taxa de crescimento da radiação era de 9,9% por década, atingindo o sul da Argentina e do Chile. O cientista atmosférico Jay Herman avisou: "O aumento da radiação UV-B é maior nas latitudes altas e médias, onde a maioria das pessoas mora e onde a maior parte da agricultura ocorre." No Brasil, no início de 1997, chegava a notícia de que sobre os Estados do Nordeste o nível de radiação ultravioleta havia aumentado 40% em comparação com igual período de 1996…
Em março de 1997 as coisas pioraram. Sobre a Argentina e o Chile surgiu um novo buraco, dissociado do existente sobre o pólo Sul e cobrindo extensas áreas de ambos os países, incluindo as capitais Buenos Aires e Santiago. Foram registradas medições de 180 e 210 dobsons. De acordo com o jornalista argentino Uki Goñi, a população da Argentina não foi convenientemente alertada pelo Departamento do Clima. Os responsáveis disseram que o episódio tinha "apenas interesse científico", e que a população não deveria ficar alarmada... Goñi informou também que na latitude equivalente do hemisfério norte teria surgido um buraco semelhante, sobre Washington ou Roma.
Enquanto surgia o novo buraco sobre a Argentina e o Chile, o pioneiro sobre o pólo Sul aparecia mais cedo. O ozônio começou a decrescer já em março, registrando-se um nível de 225 dobsons; em maio o buraco sobre a Antártida já estava completamente formado. Era a primeira vez que isto acontecia.
No Ártico a situação não era melhor. O Dr. Pawan K. Bhartia, cientista do projeto TOMS (Total Ozone Mapping Spectromer) avisava que estavam sendo detectados os mais baixos valores já medidos de ozônio nos meses de março e abril: 219 dobsons. Os dados de satélite indicavam que a área afetada estendia-se por 5,3 milhões de quilômetros quadrados.
A figura abaixo mostra a variação do buraco na Antártida ano a ano, de 1979 até 1992. Observa-se um crescimento contínuo durante a década de 80, com ligeira redução de suas dimensões nos anos de 1986 e 1988. A partir de 1989, porém, o buraco não se reduz mais.
O que o mundo está fazendo?
Em 1839, foi descoberto o ozônio por C. F. Schonbein.
Em 1860, começa-se a medir o ozônio superficial em certos lugares.
Em 1913, foi provado que a maior quantidade de ozônio está na atmosfera.
Em 1920, foi realizada a primeira medida quantitativa de ozônio total.
Em 1972, trata-se do tema do ozônio na Conferência sobre o Meio Ambiente em Estocolmo, e se cria o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA.
Em 1974, Sherwood Rowland e Mario Molina da Universidade da Califórnia em Berkeley publicam um artigo, sugerindo que os CFCs poderiam desempenhar um papel fundamental na destruição do ozônio na estratosfera.
Em 1977, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (UNEP) criou um comitê para estudar a Camada de Ozônio.
Em 1978, os EUA, o Canadá, a Suécia e a Noruega baniram o uso de CFCs em aerossóis.
Em 1981, UNEP começou uma negociação intergovernamental para proteger a Camada de Ozônio.
Depois de 1982, o consumo de CFCs voltou a crescer. Os governos acordaram em estudar, trocar informações e proteger a Camada de Ozônio através da Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio (1985).
Em 1987, através do Protocolo de Montreal, 46 governos acordaram uma redução de 50% na produção e consumo de CFCs até o ano 2000 e congelamento ("freeze") da produção e consumo de halons até 1992. Foram desenvolvidas substâncias alternativas não destruidoras da Camada de Ozônio, ou pelo menos com um potencial de destruição muito menor do que as antigas. Começou-se a fazer uso de água, dióxido de carbono, hidrocarbonos, além de HCFCs.
Em 1990, através da Emenda de Londres, os países-membros do Protocolo de Montreal acordaram em banir completamente ("phase-out") os CFCs até o ano 2000 e estabelecer o Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal a fim de ajudar técnica e financeiramente os países em desenvolvimento, dentre outras providências. Foram alocados, inicialmente, US$240 milhões no triênio 1991-1993.
Em 1992, através da Emenda de Copenhague, foi decidido que os países desenvolvidos fariam o "phase-out" dos HCFCs até 2030, o "freeze" do brometo de metila até 1995 e o "phase-out" de CFCs seria antecipado para 1996.
Em 1993, na reunião dos países-membros, em Bangkok, foi acordado o reabastecimento do Fundo Multilateral - US$455 milhões para 1994-1996.
Em 1994, foi realizado o "phase-out" de halons nos países industrializados.
Em 1995, a Federação Russa e alguns outros países relataram incapacidade de realizar o "phase-out" até 1996 por causa de problemas internos. Os países em desenvolvimento acordaram em realizar o "phase-out" de brometo de metila até 2010.
Diante da importância do tema, a Assembléia Geral das Nações Unidas adotou, em 23 de janeiro de 1995, resolução proclamando o dia 16 de setembro como o "Dia Internacional para a Proteção da Camada de Ozônio".
Em 1996, a reunião dos países-membros, em Costa Rica, aprovou o reabastecimento do Fundo Multilateral - US$466 milhões para 1997-1999.
Em 1997, através da Emenda de Montreal, os países industrializados acordaram em realizar o phase-out do brometo de metila até 2005. Os países em desenvolvimento vão realizar o mesmo até 2015. Também foi introduzida a licença para importação e exportação de CFCs.
Em 1999, a reunião dos países membros, na China, aprovou o reabastecimento do Fundo Multilateral - US$ 440 milhões para o triênio 2000 - 2002. Ao todo, os países em desenvolvimento já receberam do Protocolo cerca de US$ 1,6 bilhões de dólares, tendo financiado cerca de 2.000 projetos de investimento, estimulando de forma substancial a transição global por tecnologias livres de Substâncias que destroem a Camada de Ozônio (SDOs).
Até 14 de junho de 2001, os acordos foram ratificados pelos países como se segue:
- Convenção de Viena - 175 países-membros
- Protocolo de Montreal - 175 países-membros
- Emendas de Londres - 145 países-membros
- Emendas de Copenhague - 120 países-membros
- Emendas de Montreal- 56 países-membros
- Emendas de Beijing- 6 países-membros
Apesar das emissões de CFCs terem declinado, as concentrações estratosféricas estão crescendo (apesar de estarem declinando na parte inferior da atmosfera) porque os CFCs de longa-vida emitidos anos atrás continuam a aumentar na estratosfera. Os cientistas preveêm que a destruição da Camada de Ozônio alcançará o seu pior ponto durante os próximos anos, e então, gradualmente começará a sua recuperação, retornando ao normal perto do ano 2050, se completarmos a implementação do Protocolo de Montreal.
Sem o Protocolo, em 2050 a destruição da Camada de Ozônio teria crescido pelo menos 50% no hemisfério norte e 70% no hemisfério sul, cerca de 10 vezes pior que os níveis atuais. O resultado seria o dobro de radiação UV-B alcançando a Terra no hemisfério norte e o quádruplo no sul. A quantidade de substâncias químicas que destroem a Camada de Ozônio (SDO) na atmosfera seria 5 vezes maior. A implicação disso seria desastrosa: 19 milhões a mais de casos de câncer não-melanoma, 1.5 milhões de casos de câncer melanoma e 130 milhões a mais de casos de catarata.
Em 1986, o total de consumo de CFCs no mundo era de aproximadamente 1.1 milhões de toneladas; em 1997 esse consumo baixou para 146.000 toneladas.
O sucesso da proteção à Camada de Ozônio só esta sendo possível, por um lado, porque a ciência e a indústria foram capazes de desenvolver e comercializar alternativas para as substâncias destruidoras do ozônio, e por outro lado, principalmente, porque a sociedade tem tido uma conscientização crescente e exigido da indústria novos procedimentos
O que o Brasil está fazendo?
A camada de ozônio na estratosfera brasileira é relativamente estável, oscilando positivamente (crescimento) e negativamente (diminuição) em torno de 5% .
Isso acontece por dois motivos: 1º os ventos alísios e contralísios das latitudes tropicais facilitam a dispersão de poluentes a caminho da estratosfera. E em 2º porque o consumo é baixo, cerca de 80 gramas por habitante ao ano. Contra 1 a 1,3 quilos nos paises desenvolvidos.
Sabendo que os agentes destruidores da camada de ozônio provêm de produtos caros (por exemplo, geladeira), adquiridos, portanto, pelas classes de maior poder aquisitivo, podemos tomá-los como indicadores do processo de desenvolvimento. A baixa participação brasileira na emissão de clorofluorcarbonos pode ser explicada, então, pelo menor consumo daqueles produtos pela maior parte da população. Para entrar na era do consumo moderno, que caracteriza as sociedades avançadas, o Brasil teve de promover uma forte concentração de renda nacional. Mesmo assim só conseguiu implantar a modernização numa classe média restrita, miniatura daquelas sociedades avançadas.
No Brasil, as primeiras ações de restrição às SDO( Substâncias que destroem a Camada de Ozônio ). Ocorreram no âmbito da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, com a edição da Portaria SNVS nº 01, de 10.08.88, que definia instruções para os rótulos de embalagens de aerossóis que não contivessem CFC e, logo em seguida, com a Portaria nº 534, de 19.09.88, que proibia, em todo o País, a fabricação e a comercialização de produtos cosméticos, de higiene, perfumes e saneantes domissanitários, sob a forma de aerossóis, que tivessem propelentes à base de CFC.
A adesão do Brasil à Convenção de Viena e ao Protocolo de Montreal, além dos ajustes estabelecidos na reunião de Londres, se deu em 19 de março de 1990 (Decreto nº. 9.280 de 07.06.90). Essa adesão forçou a elaboração de diversas normas e o estabelecimento de um plano de eliminação do uso de um agrotóxico, o brometo de metila, além da defesa de projetos nacionais no Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal.
De acordo com o que foi estabelecido no Protocolo de Montreal, o Brasil como um país em desenvolvimento, terá até o ano 2010 para eliminar a produção e consumo das SDO, por meio da conversão industrial e tecnologias livres. Entretanto, o Brasil resolveu diminuir o prazo para acabar com o CFC. Uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) estabeleceu como data limite, o ano de 2007, para banir as importações dos CFCs - produto este que não é mais produzido no Brasil desde 1999.
Em 11 de março de 1993, o IBAMA baixou a Portaria nº 27 estabelecendo a obrigatoriedade do cadastramento junto ao Instituto de todas as empresas produtoras, importadoras, exportadoras, comercializadoras e/ou usuárias de SDO. Apesar de contar com mais de seiscentas empresas sob controle, aquele órgão detectou a necessidade de aperfeiçoamento e sistematização de seu Cadastro, baixando a Portaria IBAMA nº 29, em 02 de maio de 1995, que determina o fornecimento dos quantitativos anuais de cada empresa que manipule mais de uma tonelada anual de SDO até a eliminação, permitindo, com isso, o atendimento as compromisso das Partes em fornecer, anualmente, os dados estatísticos brasileiros ao Secretariado do Protocolo.
Outra iniciativa do Governo foi a elaboração do Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e do Consumo das Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio - PBCO, encaminhado em julho de 1994 (e atualizado em 1999), ao Secretariado do Protocolo de Montreal. O PBCO contempla um conjunto de ações de cunho normativo, científico, tecnológico e econômico, centrado nos projetos de conversão industrial e de diagnóstico de todos os segmentos produtores e usuários, definindo estratégias para a eliminação da produção e do consumo das SDO.
O PBCO prevê, da parte do Governo, o estabelecimento de política que defina reduções das cotas de produção de SDO para todas as empresas produtoras locais. Além disso, contempla estratégias de limitação gradual e proibição de importações de SDO, bem como a proposição do aumento de taxas federais/estaduais aplicáveis às mesmas.
Outras ações mais específicas compreendem:
- proibição da fabricação, importação, exportação e comercialização no mercado interno de novos produtos que contenham SDO;
- estímulo à substituição e o desencorajamento ao uso de SDO;
- incentivo tributário para estimular consumidores a adotarem tecnologias alternativas;
- etiquetagem (selo) para substâncias não danosas à Camada de Ozônio;
- criação de linhas de crédito para estimular projetos de conversão industrial para pequenas e médias empresas;
- procedimentos regulatórios complementares para produção e importação de SDO;
- programas de treinamento de técnicos e certificação de estabelecimentos de reparos em equipamentos de refrigeração;
- programas específicos de conscientização para pequenas indústrias e empresas de serviços;
- regulamentação para coibir as emissões voluntárias e fugitivas durante a manutenção ou operação de equipamentos contendo SDO
- programa de garantia de qualidade para gases reciclados e substâncias alternativas.
A camada de ozônio tem, pois, uma importância crucial para a vida na Terra. Sua destruição equivale a uma redução da capacidade imunológica do planeta.
O grande empecilho para se tomar qualquer providência quanto ao buraco na camada de ozônio é que tende haver um consenso universal, já que isso atinge e necessita a colaboração de todos.
Já foram tentados vários acordos para a extinção do uso de freons, mas não foi chegado a um consenso para a extinção total.
Mesmo com a extinção total do uso de freons, demoraria 40 anos para eles serem completamente decepados do ambiente, pois eles têm vida longa e sobem lentamente para a estratosfera.
Fonte: www.ambienteterra.com.br
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