quarta-feira, 26 de março de 2008

Por que apenas o suor das axilas cheira mal?



Dúvida do aluno Renato Sidney (2ª Série B do Colégio Encanto)

Por que apenas o suor das axilas cheira mal?

A transpiração é um mecanismo que serve para regular a temperatura do nosso corpo, evitando que ele suba muito acima da faixa entre 36° e 36,8° C. Quando calor externo (um dia de verão) ou interno (exercício) faz com que nossa temperatura corporal chegue aos 37° C, as glândulas sudoríparas entram em ação produzindo o suor, que sai na pele por orifícios chamados poros. A evaporação do suor remove o calor da pele, impedindo que a temperatura do corpo continue se elevando.

A sudorese – que é o termo técnico para transpiração – também pode ser disparada por nosso estado emocional. Quando uma pessoa está nervosa ou com medo, aumenta a atividade do sistema nervoso simpático (1), que põe as glândulas sudoríparas pra trabalhar. Diz-se que esse é um suor frio porque essa transpiração não se relaciona diretamente com a refrigeração do corpo. A atividade nervosa simpática também muda a resistência elétrica da pele. A detecção dessa variação é uma das bases dos detectores de mentiras.

O suor é composto basicamente de água e cloreto de sódio (Na Cl). Quando a água evapora, o cloreto de sódio fica na pele. Dado que ele nada mais é do que sal, isso explica porque a pele fica salgada após um bom suadouro. Um fator importante na determinação da taxa de evaporação do suor é a umidade do ar. O ar muito úmido obviamente já contém muita água e, por isso, não pode absorver muita mais. Em ambientes quentes e úmidos, qualquer movimento nos deixa molhados de suor. Num deserto, suaríamos do mesmo jeito, mas logo ficaríamos secos.

O corpo humano tem cerca de 2,6 milhões de glândulas sudoríparas espalhadas por toda a pele, exceto nos lábios, mamilos e órgãos genitais externos. Essas glândulas são de dois tipos: écrinas e apócrinas (2). As écrinas são mais numerosas e se distribuem por todo o corpo, especialmente na palma das mãos, na sola dos pés e na testa. As apócrinas ficam tipicamente nas axilas e na região anal-genital. O suor que elas secretam contém proteínas e gorduras, cuja digestão pelas bactérias da pele produz o cheiro característico conhecido como CC (3). Ou seja, diferentemente do que se pensa, o suor “comum” não tem cheiro.

As glândulas dos pés são écrinas, mas, mesmo assim, muitos pés cheiram mal. De novo, as culpadas são as bactérias, que, ao digerirem o suor, excretem substâncias nauseabundas. A peculiaridade dos pés reside no fato de que eles vivam fechados em meias e sapatos, num ambiente escuro e quente que as bactérias adoram e que dificulta a evaporação do suor.

(1) Numa simplificação grosseira que daria urticária a um médico, pode-se dizer que o sistema nervoso autônomo (esse eu não vou explicar) divide-se em dois subsistemas em perpétua busca do equilíbrio: o sistema simpático “manda fazer” e o parassimpático “manda parar”. O simpático contrai um músculo e o parassimpático o relaxa; o simpático te manda correr quando surge uma cobra, o parassimpático manda parar quando ela sumiu.

(2) As glândulas mamárias (as mamas) são consideradas glândulas apócrinas modificadas e especializadas. Ou seja, o leite materno é um suor enriquecido.

(3) Havia nos EUA, nos anos 1940, um sabonete de muito sucesso chamado Lifebuoy (“laifbuói”) cujo fabricante anunciava ser ele capaz de eliminar o BO (“body odor”). Quando esse sabonete veio para o Brasil, depois da II Guerra Mundial, o BO foi traduzido para CC (“cheiro de corpo”).

Fonte: http://z004.ig.com.br/ig/10/53/365237/blig/japensounisso/2007_11.html




Outras respostas:



Você já parou para pensar o por quê suamos?

Você até poderia responder que é a maneira que o nosso organismo encontra para reduzir o calor corpóreo e nisso você está certo. Mas, você sabe como isso acontece?

Pois bem, a membrana plasmática é fundamental nessa história!

Todos sabemos que uma das características das células vivas é sua capacidade de controlar o que entra e sai do seu interior e isso é feito através da membrana celular, ou seja, é a característica e composição da membrana que permite esse fenômeno.

Quando uma pessoa realiza atividades normais, a membrana de suas cnão permite que muita água entre ou saia. Porém, quando realizamos exercícios físicos, poros especiais formados por proteínas da membrana celular conhecidas como aquaporinas, abrem-se, assim como outros canais que possibilitam a passagem de íons (como sódio, potássio etc.), que participam na formação do suor.

Com essas aberturas, água e íons atravessam as células até atingir o ducto das glândulas sudoríparas, chegando à superfície da pele (ver esquema), possibilitando assim, a excreção do suor.

As membranas são estruturas dinâmicas que realizam papéis fisiológicos permitindo a interação entre as células e, com moléculas do ambiente, regulando o tráfego iônico e molecular dentro e fora da célula, conhecido como permeabilidade seletiva. Essa permeabilidade é uma importante característica da vida.

As pessoas que vivem em regiões quentes, adquirem um maior número de glândulas sudoríparas do que as que vivem em regiões frias. Tente pensar sobre este fato e, através das informações aqui contidas comente com os seus colegas como isso ocorre.

Fonte nº 02: www.ufmt.br/bionet/curiosidades/15.09.04/suor.htm


Segundo a Wikipédia:


Suor (às vezes também chamado de transpiração) é a perda de fluido líquido, consistido principalmente de cloreto de sódio e uréia em solução, que é secretado pelas glândulas sudoríparas na pele de mamíferos.

Nos humanos, o suor é uma forma de excretar dejetos de nitrogênio, mas é também, e fundamentalmente, formas de regular a temperatura. A evaporação de suor da superfície da pele tem um efeito refrescante. Então, na água quente, ou quando o indivíduo sente calor por causa de exercício, mais suor é produzido. Suor é aumentado por nervosismo e náusea e diminuido por resfriados.
A transpiração excessiva também é chamada de hiperidrose ou hiper-hidrose.
Animais com poucas glândulas de suor, como os cachorros, conseguem resultados similares ofegando, evaporando água do revestimento molhado da cavidade oral e faringe.


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