|       A célula     bacteriana típica apresenta as seguintes características:        |      
  |               |       ·                        Cápsula – algumas bactérias segregam uma substância     mucilaginosa por fora da parede celular, cuja presença ajuda a proteger do     ataque de glóbulos brancos e outros microrganismos;        |      
  |               |       ·                        Parede celular       Estrutura     que dá forma, suporte e proteção á célula. A presença de parede celular     impede que a célula rebente em meios hipotônicos, mas não a protege de     meios hipertônicos, onde a perda de água causa a morte.       Parede celular bacteriana é     formada por polissacarídeos e peptídeos unidos numa molécula designada peptidoglicano. Um dos modos de atuação dos     antibióticos é evitar a construção correta da parede celular.       A estrutura exata da parede     varia ligeiramente, permitindo a classificação em bactérias Gram + (coram de violeta) e bactérias Gram – (coram de rosa), onde se incluem as mais     resistentes aos antibióticos e, por esse motivo, as mais perigosas para o     Homem.       A diferença de coloração     revela uma estrutura que permite explicar a resistência aos antibióticos     das bactérias Gram -, pois estas apresentam uma camada de lipopolissacarídeos por cima da camada de     peptidoglicano, que é retirada pela lavagem com álcool da técnica Gram. Por     este motivo estas bactérias apenas revelam o segundo corante;        |      
  |               |       ·                        Flagelos – quando as bactérias são capazes de movimento,     este geralmente decorre da presença de um ou mais flagelos de estrutura     simples, constituídos exclusivamente por flagelina,     e que giram dentro de um anel fixo, por vezes até 15 mil rotações por     minuto. Os flagelos não estão envolvidos pela membrana plasmática;        |      
  |               |       ·                        Pili (Pêlo Sexual) e fímbrias – estruturas semelhantes     a cílios, muito numerosas e curtas, de     constituição protéica semelhante à dos flagelos. Pensa-se que estarão     relacionadas com a fixação ao substrato e movimentos de substâncias, de e     para o citoplasma e com a conjugação;        |      
  |               |       ·                        Membrana plasmática – com a composição e estrutura habituais destas     estruturas (bicamada fosfolípidica entremeada com proteínas), pode formar     invaginações em cuja superfície se encontram enzimas respiratórias – mesossomas – ou pigmentos     fotossintéticos – lamelas internas ou fotossintéticas;        |      
  |               |       ·                        Citoplasma – contém enzimas, ribossomos e inclusões de     reservas, mas sem organitos organizados e individualizados;        |      
  |               |       ·                        Material genético – composto por uma simples     molécula de DNA circular, sem proteínas, localizado numa zona do     citoplasma, não envolvida por membrana, designada nucleóide.       Além do cromossoma     bacteriano, muitas bactérias possuem plasmídeos,     pequenos anéis de DNA soltos no citoplasma, contendo um ou dois genes,     geralmente codificando a resistência a antibióticos ou reacções metabólicas     invulgares.       Modo de Nutrição       |      
  |               |       As bactérias podem ser heterotróficas     (realizando absorção) ou autotróficas     (realizando fotossíntese ou quimiossíntese). Além disso, podem estabelecer     numerosos tipos de relações tróficas, nomeadamente saprofitismo     (degradar matéria orgânica morta), mutualismo,     comensalismo ou parasitismo     (obrigatório ou facultativo).       Um dos produtos resultantes     da fotossíntese, o oxigênio molecular, é um dos fatores que mais condiciona     a vida das bactérias.       Relativamente ao efeito da presença de O2 no meio, estes     organismos podem ser:       · Aeróbios obrigatórios – utilizam O2 no metabolismo,     obtendo energia através da respiração aeróbia, pelo que não podem viver sem     esta molécula;       · Aeróbios facultativos – quando existe O2 no meio podem     utilizá-lo, mas na sua ausência realizam fermentação;       · Anaeróbios obrigatórios – morrem em presença de O2.       O azoto é constituinte de     moléculas essenciais à vida, mas é quimicamente inerte, o que impede a sua     utilização direta pela maioria dos organismos. As plantas apenas o podem     usar sob a forma de nitratos, passando-o para os heterotróficos sob a forma     de compostos azotados orgânicos.       Os animais dependem das     plantas para se alimentarem (direta ou indiretamente), mas as plantas, por     sua vez, dependem dos procariontes para a sua nutrição. Toda a vida na terra     não seria possível sem a fixação biológica de azoto e a correspondente     desnitrificação (que devolve o azoto ao ar, impedindo que o azoto do solo     seja lixiviado para os oceanos, o que seria o fim da vida na Terra).       A conversão do azoto, que     forma cerca de 80% da atmosfera, em nitratos (uma forma de disponível para     as reações biológicas) é a chamada fixação do azoto, um processo     crucial para todos os ecossistemas do planeta.       De todos os organismos     existentes no planeta, somente alguns gêneros bacterianos são capazes de     fixar o azoto atmosférico, nomeadamente as simbióticas Rhizobium e Bradyrhizobium,     que formam nódulos nas raízes de leguminosas. Para além deles, outro grupo     de bactérias filamentosas (actinomicetes) também forma nódulos, mas em     árvores (como os amieiros), arbustos e algumas ervas perenes, contribuindo     igualmente para a acumulação de azoto no solo.       Muitas outras bactérias vivem     regularmente associadas a raízes e folhas de plantas, onde aproveitam o     exsudado glicídico da fotossíntese e fornecem azoto em formas utilizáveis.     Outras bactérias, de vida livre como os gêneros Anabaena e Nostoc,     também fixam azoto, nomeadamente cianobactérias, responsáveis por mais de     25% fixado no oceano. Estas cianobactérias realizam a fixação de azoto em     células especializadas designadas heterocistos,     que mantêm a enzima nitrogenase isolada do     excesso de oxigênio atmosférico. Outras cianobactérias simbióticas, como as     que fazem parte de líquenes, aumentam significativamente a capacidade de     colonização de ambientes agrestes.       O azoto é fixado através de     uma série de etapas realizadas por vários tipos de organismos. Alguns fazem     o processo de amonificação para degradar     aminoácidos em amônia (NH4+).     O amoníaco (NH3) é convertido a nitrito (NO2-) e este a nitratos (NO3-) por     bactérias quimioautotróficas, num processo designado nitrificação.       Várias outras bactérias são     capazes de reverter o processo – desnitrificação     -, convertendo nitratos a nitritos e a amônia, levando eventualmente a     azoto, que se liberta do solo e regressa à atmosfera       Cianobactérias       |      
  |               |       A maioria das bactérias     fotossintéticas é designada cianobactérias,     e foram conhecidas por algas azuis durante longos anos. Este grupo de     bactérias colonizou meios muito diversificados, devido á sua elevada     auto-suficiência, embora a maioria seja de água doce.       Este tipo de bactéria terá     surgido na Terra há cerca de 3000 M.a., como o provam os estromatólitos encontrados na Austrália, que     se calcula serem já fotossintéticos, embora talvez não libertassem ainda oxigênio.      As cianobactérias dominaram     completamente a evolução biológica durante mais de 2000 M.a., atingindo     enorme sucesso. Provavelmente terão sido as responsáveis pela reinstalação     e proliferação de formas heterotróficas nos oceanos primitivos, pois seriam     elas próprias importantes fontes de alimento.       Caracterização das     cianobactérias       |      
  |               |       Geralmente as cianobactérias têm vida livre mas podem estabelecer simbiose com     outros organismos ou formar colônias filamentosas, por vezes envolvidas por     uma cápsula mucilaginosa.            As cianobactérias são maiores     que os restantes procariontes, não apresentam órgãos locomotores, e     realizam fotossíntese com o auxílio de pigmentos fotossintéticos variados,     como a clorofila a, os carotenóides (pigmentos amarelos), a ficocianina (pigmento azul) e a ficoeritrina (pigmento vermelho).       Estes pigmentos distinguem-nas     das restantes bactérias fotossintéticas pois estas dependem da bacterioclorofila para realizar este importante     processo.       Outra importante diferença     reside no facto de as cianobactérias apresentarem lamelas     internas, invaginações da membrana plasmática onde se localizam os     pigmentos e as enzimas fotossintéticas. Estas lamelas são consideradas percussores     dos tilacóides vegetais e não existem nas restantes bactérias     fotossintéticas.       Um dos produtos resultantes     da fotossíntese, o oxigênio molecular, é um dos fatores que mais condiciona     a vida das bactérias.      
        |                    |            Esporulação É vulgar as bactérias     formarem esporos     resistentes, forma sob a qual ultrapassam condições pouco adequadas á sua     sobrevivência (como a presença de antibióticos, entre outras).       A célula em esporulação forma uma parede espessa e sofre uma     elevada desidratação, ficando em animação suspensa durante longos períodos     de tempo (por vezes dezenas de anos).       Os esporos bacterianos são     muito resistentes ao calor, não sendo geralmente destruídos pela ebulição,     pelo que se utiliza um autoclave (com     temperatura da água de 120ºC e pressão de duas atmosferas) para garantir a     destruição dos esporos mais resistentes. Quando, nos enlatados, não há     higiene, esporos bacterianos podem causar o botulismo,     doença potencialmente fatal.       As bactérias multiplicam-se     rapidamente, assexuadamente por bipartição, formando conjuntos de     clones que são designados por colônias, cuja cor e propriedades     químicas ajudam á sua classificação.       Esta enorme capacidade     reprodutora faz das bactérias um excelente material biológico na     investigação genética, pois um elevado número de gerações em pouco tempo     permite alterações importantes no fundo genético destas populações.      Reprodução Sexuada       |      
  |               |       A reprodução sexuada também existe, sendo a conseqüência     da transferência de segmentos de DNA de uma célula doadora (macho) para uma     célula receptora (fêmea).       Após a transferência, ocorre     a recombinação entre o DNA recebido e o cromossoma bacteriano, originando     novas combinações de genes, que serão passadas às bactérias-filhas.       A passagem de segmentos de     DNA entre bactérias pode ocorrer de vários modos:        |      
  |               |       ·                        Transformação – bactéria absorve moléculas     de DNA dispersas nomeio, provenientes de outras bactérias mortas, por     exemplo;        |      
  |                    - Transdução – vírus ou plasmídeos          podem servir de vectores para a passagem de segmentos de DNA entre          bactérias vivas; 
        |      
  |                   |       Atualmente muitos     autores consideraram oportuna a separação das Arqueobactérias     (bactérias primitivas) das chamadas Eubactérias (bactérias verdadeiras).       Com base em     estudos bioquímicos (seqüências de RNA ribossômico, ausência de ácido     murâmico na parede, composição lipídica da membrana), concluiu-se que há     mais de 3000 M.a. terá ocorrido uma divergência na evolução dos organismos     procariotas, tendo surgido duas linhagens distintas. Até este momento não     foi identificada recombinação genética neste grupo de organismos. O ramo     que originou as Arqueobactérias teria, mais tarde, originado os eucariotas.           Considera-se que     as arqueobactérias atuais pouca alteração sofreram, em relação aos seus     ancestrais. Estes procariontes vivem em locais com condições extremamente     adversas para outros seres vivos, provavelmente semelhantes ás que     existiriam na Terra primitiva.       As     arqueobactérias podem ser divididas em três grandes grupos principais:      Halófilas       |      
  |               |       Vivem em concentrações salinas extremas, dezenas de vezes mais     salgadas que a água do mar, em locais como salinas, lagos de sal ou soda,     etc. A sua temperatura ótima é entre 35 e 50ºC.       Estas bactérias são autotróficas,     mas o seu mecanismo de produção de ATP é radicalmente diferente do habitual     pois utilizam um pigmento vermelho único - bacteriorrodopsina - que     funciona como uma bomba de prótons (como os da fosforilação oxidativa nas     mitocôndrias) que lhes permite obter energia;       Metanogéneas       |      
  |               |       Este grupo de     bactérias foi o primeiro a ser reconhecido como único. Vivem em pântanos,     no fundo dos oceanos, estações de tratamento de esgotos e no tubo digestivo     de algumas espécies de insetos e vertebrados     herbívoros, onde produzem metano (CH4) como resultado da     degradação da celulose.       As reservas de     gás natural que conhecemos são o resultado do metabolismo anaeróbio     obrigatório e produtor de metano de bactérias deste tipo no passado.     Algumas conseguem produzir metano a partir de CO2 e H2,     obtendo energia desse processo.       O gênero Methanosarcina     consegue fixar azoto atmosférico, capacidade que se julgava única das     eubactérias;       Termoacidófilas       |      
  |               |       Vivem em zonas de águas termais ácidas, com temperaturas ótimas entre     70 e 150ºC e valores de ph ótimo perto do 1. Na sua grande maioria metabolizam     enxofre: podem ser autotróficas, obtendo energia da formação do ácido     sulfídrico (H2S) a partir do enxofre, ou heterotróficas.       Importância     ecológica dos procariontes       |      
  |               |       Os procariontes     vivem e exploram todo o tipo de ecossistema, desde o solo, a água e mesmo o     interior do corpo de outros organismos, onde podem coexistir de forma     neutra, benevolente ou parasítica com os tecidos do hospedeiro.       O metabolismo de     azoto é crucial para a vida na Terra, como se verá, e outros procariontes     têm papel semelhante nos ciclos do enxofre e do carbono.       No passado, as     cianobactérias tiveram um papel igualmente dramático no planeta, pois a sua     fotossíntese gerou oxigênio que transformou uma atmosfera redutora em     oxidante. O resultado foi o desaparecimento de um enorme leque de espécies     que não toleravam o oxigênio, mas também permitiu a evolução da respiração     aeróbia e a subseqüente explosão de vida eucarionte.       Os procariontes     vivem em conjunto com os eucariontes de muitas formas, de fato as     mitocôndrias e os cloroplastos são considerados derivados de procariontes     de vida livre. Muitos mais tarde do ponto de vista evolutivo, as plantas     continuam a fazer simbioses com bactérias nos seus nódulos radiculares e     animais contêm uma variedade de bactérias e arqueobactérias no seu sistema     digestivo.       As vacas, por     exemplo, como a maioria dos animais, não consegue produzir a enzima     celulase, mas bactérias que vivem num compartimento especial do seu tubo     digestivo – rúmen – permitem-lhes digerir o seu alimento. O Homem utiliza     produtos do metabolismo bacteriano da sua flora intestinal, como as     vitaminas K e B12.       Uma pequena     minoria dos procariontes são patogênicos e todos são bactérias. Existem     dois tipos de toxinas bacterianas:       · Endotoxinas – libertadas quando     algumas bactérias Gram – rebentam, são lipopolissacarídeos que fazem parte     da membrana externa que compõem a sua parede celular. Este tipo de toxina     raramente é fatal, mas causam febre, vômitos e diarréia. Estão nesta     situação Salmonella e Escherichia;       · Exotoxinas – trata-se de     proteínas libertadas por bactérias vivas e em multiplicação. São altamente     tóxicas (freqüentemente fatais) para o hospedeiro,  mas não produzem febre. Doenças causadas     por este tipo de toxina incluem o tétano (Clostridium tetani),     botulismo (Clostridium botulinum), a cólera (Vibrio cholerae)     e a peste (Yersinia pestis).       No entanto, é     preciso voltar a lembrar que apenas uma minoria dos procariontes são patogênicos,     enquanto muitas outras são fundamentais para a nossa vida.       Utilizamos muitas     espécies de bactérias e algumas arqueobactérias em aplicações tão diversas     como a produção de queijo, o tratamento de esgotos e a produção industrial     de uma espantosa variedade de antibióticos, vitaminas, solventes orgânicos e     outros químicos.        |      
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2 comentários:
ela é de ++++++++++ adoreiiiii me ajudou muito na matéria e escrevi tudinho a mao so isso q ñ gostei mas é uma maravilha
meu prof falou q se tivesse nota 100 q eu ia tirar um 100 amei
a dorei me ajudou muito na matéria o meu professor falou q se existisse nota100 q teria medado 100 pq fui otima.. e os alunos me pediram o site e passei
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